Estratégia de Bolsonaro muda com a ascensão de Pablo Marçal
Prefeito Ricardo Nunes pode perder terreno e vem buscando novas táticas para reiventar a campanha
247 - O apoio de Jair Bolsonaro ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), parece estar em uma encruzilhada, em meio ao crescimento meteórico do coach e candidato de extrema-direita, Pablo Marçal (PRTB), nas pesquisas eleitorais. Marçal, que agora disputa o segundo lugar nas intenções de voto com Nunes, tem desafiado o atual prefeito, que conta com o apoio declarado de Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas.
Bolsonaro vinha reforçando seu apoio a Nunes, mas agora busca mais envolvimento do prefeito no ato de 7 de setembro, na Avenida Paulista, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, apesar de o emedebista já ter confirmado sua presença. O ex-presidente postou um vídeo nesta quarta-feira (28) convocando seus apoiadores para o evento e indicando que "qualquer candidato a prefeito" de São Paulo poderia comparecer, um sinal claro de que também Marçal estaria bem-vindo. Com isso, Bolsonaro poderá, se comparecer, aferir a capacidade de mobilização de ambos. Segundo fontes próximas a Bolsonaro ouvidas pela Folha de São Paulo, a permissão para Marçal participar foi um movimento estratégico após ele solicitar sua presença, o que pode colocar os dois candidatos, Nunes e Marçal, lado a lado no mesmo palanque.
Enquanto isso, Bolsonaro teria orientado, segundo o jornal O Globo, seus aliados a não atacarem Marçal publicamente, uma postura que marca uma mudança em sua estratégia. O crescimento de Marçal nas pesquisas tem gerado temores dentro do círculo bolsonarista de que ele possa se tornar o principal rival de Guilherme Boulos (Psol), que lidera as intenções de voto e conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A possibilidade de um segundo turno entre Marçal e Boulos está se tornando cada vez mais real, o que coloca Bolsonaro em uma posição delicada em relação ao seu apoio a Nunes, que busca agora formas de reiventar sua estratégica e capturar o eleitorado menos extremista de Bolsonaro.
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