Estudantes da USP desmontam acampamento pró-Palestina
Estudantes pediram a implantação de um cessar-fogo na Faixa de Gaza e também reivindicaram o fim dos convênios que a USP mantém com centros de pesquisa e universidades israelenses
247 - Os alunos da Universidade de São Paulo (USP) encerraram na quinta-feira (9) o acampamento que haviam erguido na terça-feira (7) no campus do Butantã, zona oeste de São Paulo, em protesto contra a guerra na Faixa de Gaza. Segundo o Metrópoles, a decisão foi tomada durante uma reunião realizada pelo comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino da USP (ESPP), que organizou o movimento.
Desde a sua concepção na terça-feira (7), o acampamento ocupou o pátio do edifício da História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) com cerca de 25 barracas, onde os alunos passaram os últimos dias em demonstração de solidariedade ao povo palestino.
“O acampamento precisava cumprir essa função importante de ser vanguarda, de mostrar que é possível. Ele foi um espaço muito mais simbólico de resistência do que, de fato, uma coisa para tentarmos expandir para toda a universidade ou para outras universidades”, disse Erik José de Souza, aluno do quarto ano de Ciências Sociais na USP.
Além de exigir o cessar-fogo na Faixa de Gaza, os estudantes também reivindicaram o fim dos convênios que a USP mantém com centros de pesquisa e universidades israelenses. Erik destacou que o tema será levado para discussões com a gestão da universidade. Ainda de acordo com a reportagem, “o movimento estudantil também avalia a realização de um plebiscito de consulta sobre o assunto”.
A universidade não se posicionou sobre a demanda de encerramento dos convênios proposta pelos estudantes. Por sua vez, a direção da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas afirmou que vê com normalidade as manifestações dos alunos e ressaltou que "o respeito à livre manifestação" é uma característica da USP e da FFLCH.
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