Família denuncia demora de policiais rodoviários no socorro a jovem baleada no Rio
Juliana Rangel, de 26 anos, está em estado gravíssimo após ser atingida por tiros disparados por agentes da PRF
247 - Na noite de Natal, um incidente envolvendo policiais rodoviários federais deixou Juliana Rangel, de 26 anos, em estado gravíssimo após ser baleada na cabeça. O caso, que aconteceu na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, está sendo investigado pela Polícia Federal. Em entrevista, a mãe da jovem, Dayse Rangel, relatou a demora dos agentes em prestar socorro e as circunstâncias trágicas do ocorrido.
Segundo a família, eles viajavam para uma ceia de Natal em Itaipu, Niterói, quando foram surpreendidos por disparos feitos por uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em um depoimento ao g1, Dayse afirmou: "eles não socorreram ela. Quando eu olhei, eles estavam deitados no chão, batendo no chão com a mão na cabeça".
O momento dos disparos - O pai de Juliana, Alexandre Rangel, contou que dirigia na pista de alta velocidade quando percebeu a aproximação da viatura e tentou dar passagem. No entanto, ao invés de ultrapassar, os agentes dispararam contra o carro sem qualquer abordagem prévia. "A gente até falou assim: 'vamos dar passagem para a polícia'. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha".
Juliana foi socorrida e levada ao Hospital Adão Pereira Nunes, onde passou por cirurgia e segue internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). O estado de saúde dela é considerado gravíssimo.
Notas oficiais - A Polícia Rodoviária Federal lamentou o ocorrido e informou que abriu procedimento interno para apurar os fatos. A Coordenação-Geral de Direitos Humanos da PRF acompanha o caso e colabora com a Polícia Federal.
A Polícia Federal, por sua vez, também emitiu um comunicado, confirmando a abertura de inquérito para investigar o episódio. Peritos já realizaram a coleta de depoimentos, perícia no local e apreensão das armas usadas pelos agentes.
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