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    Cinemateca: Mário Frias tenta se esquivar de incêndio e joga culpa na "herança maldita do petismo"

    Secretário Especial de Cultura tentou se esquivar da responsabilidade sobre o incêndio na Cinemateca com o argumento de praxe usado pelos bolsonaristas, mesmo após o MPF revelar que vinha alertando o governo federal sobre o risco há cerca de um ano

    Mario Frias e Cinemateca em chamas (Foto: Isac Nóbrega/PR | Reprodução/TV Globo)

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    247 - O secretário Especial de Cultura, Mário Frias, tentou se esquivar da responsabilidade do governo sobre o incêndio na Cinemateca Brasileira, ocorrido na noite desta quinta-feira (29), com argumento de praxe usado pelos bolsonaristas, ao culpar o PT como o fator da ineficiência da gestão federal.

    Em publicação no Twitter, o secretário especial da cultura rebateu o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que disse que ele e "seu braço-direito", André Porciuncula, estão em Roma, na Itália.

    “O estado que recebemos a Cinemateca é uma das heranças malditas do governo apocalíptico do petismo, que destruiu todo o estado para rapinar o dinheiro público e sustentar uma imensa quadrilha de corrupção e sujeira criminosa. Não tivessem feito isto, teríamos verba para criar mil novas Cinematecas”, escreveu. 

    No entanto, Frias não comentou a respeito do alerta feito pelo Ministério Público Federal, que havia notificado o governo federal para o risco de incêndio na Cinemateca Brasileira, sendo que a última reunião aconteceu há nove dias, em 20 de julho, entre representantes da União, do MPF e do Audiovisual com procuradores.

    O alerta constava em uma ação judicial apresentada pelo MPF-SP contra a União há um ano por abandono da Cinemateca. A promotoria questionava a falta de contrato para gestão da instituição e destaca problemas como risco de incêndio, falta de vigilância, atrasos nas contas de água e luz e de salários. 

    Perdas irreparáveis 

    No prédio, localizado em São Paulo, capital, ficavam gravados 1 milhão de documentos da antiga Embrafilme, como roteiros, artigos em papel, cópias de filmes e documentos antigos. Alguns tinham mais de 100 anos e seriam usados na montagem de um museu sobre o cinema brasileiro. Trata-se do maior acervo audiovisual da América Latina, em cerca de 250 mil rolos de filmes.

    Segundo um ex-funcionário da Cinemateca, foram perdidos no incêndio acervos da TV Tupi, Canal 100, Cinema Mundo e os primeiros registros do cinema brasileiro, feitos pelos Barões do Café. 



     

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