Líderes do Centrão resistem a Tarcísio como candidato em 2026 e criticam falta de articulação política

247 - O nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem enfrentado crescentes resistências dentro do Centrão quando o assunto é a sucessão presidencial de 2026. Embora seja considerado um nome competitivo para disputar contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), há duas críticas recorrentes contra ele nos bastidores do grupo político.

A principal delas, segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, é que Tarcísio "joga muito sozinho" e não atende aliados com cargos e demandas apresentadas. O governador tem sido visto como um gestor mais técnico do que político, o que desagrada lideranças que esperam maior abertura para negociações dentro do governo paulista.

Um dos exemplos citados pelos insatisfeitos ocorreu nas eleições municipais de 2024, quando Tarcísio teria ignorado pedidos de partidos aliados para ceder espaço e apoiar candidatos do grupo em determinadas cidades. Esse movimento gerou descontentamento entre caciques do Centrão, que esperavam uma postura mais alinhada à construção de alianças visando 2026.

Além da resistência no bloco, o próprio Jair Bolsonaro tem demonstrado afastamento em relação a Tarcísio como possível candidato presidencial. O ex-presidente, ainda inelegível, defende nos bastidores um projeto em que seu nome apareça na chapa, mesmo sem poder concorrer, e que um vice seja escolhido dentro da própria família.

Esse movimento de Bolsonaro esfria ainda mais a viabilidade de Tarcísio como nome natural do bolsonarismo para 2026, especialmente diante da crescente pressão de aliados por maior articulação política e por um nome que represente o grupo com mais fidelidade.