Lindbergh após atentado perto do STF: 'Bolsonaro está introduzindo o terrorismo na vida das pessoas e na cena política nacional'
O parlamentar também relacionou as explosões em Brasília com os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023
247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) denunciou nesta quinta-feira (14) uma conexão entre Jair Bolsonaro (PL) e o atentado em Brasília (DF), onde um homem-bomba identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, fez pelo menos 2 explosões perto do Supremo Tribunal Federal e da Câmara dos Deputados nesta quarta (13).
Em vídeo divulgado na rede social X, o parlamentar destacou que as bombas jogadas na capital federal não podem ser interpretadas como um ato isolado, porque aliados de Bolsonaro já vêm nos últimos anos fazendo investidas verbais ou materiais contra o Judiciário brasileiro.
"Antes do 8 de janeiro, queriam jogar uma bomba no Aeroporto de Brasília. Infelizmente o Bolsonaro está introduzindo o terrorismo na ida e na cena política nacional. Esse delinquente. É muito grave. Não pode aceitar nenhum tipo de anistia", afirmou Lindbergh.
O STF já emitiu pelo menos 226 condenações das 1.390 denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). >>> Assista ao momento exato em que terrorista bolsonarista se explode ao tentar atacar o STF (vídeo)
Bolsonarista de Santa Catarina, Francisco Wanderley Luiz morreu no atentado e, segundo investigadores, foi o responsável pelas duas bombas jogadas em Brasília (DF), perto do Supremo Tribunal Federal e da Câmara. Conhecido como Tiu França, ele chegou a ser candidato a vereador pelo município de Rio do Sul (SC). A Polícia Federal investigado o caso.
No vídeo, Lindbergh recordou outro atentado na capital federal. Em dezembro de 2022, George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza foram condenados à prisão por colocar dinamite em um caminhão-tanque carregado de combustível, próximo ao Aeroporto de Brasília. Os três se conheceram durante as manifestações contrárias ao resultado das eleições presidenciais, em frente ao Quartel-General do Exército, que resultaram nos atos golpistas.
Em 2023, a 8ª Vara Criminal de Brasília condenou, nesta quarta-feira, 17/8, mais um envolvido no caso da bomba colocada em caminhão de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília. Wellington Macedo de Souza foi condenado a 6 anos de prisão, em regime inicial fechado, e multa. Os demais envolvidos, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, já tinham sido condenados, respectivamente, a 9 anos e 4 meses de prisão, e a 5 anos e 4 meses, ambos também em regime inicial fechado.
Em 2024, a PFiniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), com o objetivo de ter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O inquérito segue em andamento.
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