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    Lindbergh diz que revelações da PF são "estarrecedoras" e cobra rapidez para punir golpistas

    Deputado também defendeu mudanças na Constituição para "separar definitivamente os militares da política"

    Lindbergh Farias | Jair Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | REUTERS/Bernadett Szabo)

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    247 - O vice-líder da bancada do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), qualificou como “estarrecedoras” as revelações do inquérito da Polícia Federal que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, em 2022, com a participação direta de Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar apontou Bolsonaro como um dos principais articuladores da trama golpista, cuja intenção era interromper o processo democrático e até assassinar figuras chave do governo eleito, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

    Lindbergh convocou a Justiça a agir rapidamente e punir não só Bolsonaro, mas também os 36 outros membros da quadrilha golpista, que incluem tanto militares quanto civis, todos indiciados pela Polícia Federal. O deputado também defendeu mudanças na Constituição para “separar definitivamente os militares da política”, como uma forma de fortalecer a democracia e prevenir novas tentativas de golpes no futuro.

    Ao se referir ao extenso relatório da Polícia Federal, que conta com mais de 800 páginas, Lindbergh destacou que o sigilo do documento foi recentemente levantado pelo ministro Alexandre de Moraes, permitindo o acesso a detalhes sobre a atuação criminosa. O relatório revela, de maneira inequívoca, a participação de Bolsonaro no planejamento e execução das ações para concretizar o golpe, incluindo a execução de um plano para assassinar as principais figuras do governo e consolidar a crise política e institucional.

    Lindbergh citou especificamente a página 841 do relatório, que afirma que Bolsonaro teve “domínio direto e efetivo dos atos executórios realizados pela organização criminosa”. O deputado afirmou que, além de coordenar as ações, o ex-presidente tinha pleno conhecimento do "Plano Punhal Verde Amarelo", que visava, entre outras coisas, a eliminação de Lula, Alckmin e Moraes.

    Outro ponto destacado por Lindbergh foi uma reunião no dia 12 de novembro de 2022, na casa do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, com a participação de outros membros da quadrilha, para discutir a execução do plano de assassinato de Moraes e ações para impedir a posse de Lula.

    Lindbergh também lembrou a postura antidemocrática de Bolsonaro ao longo de sua carreira, incluindo suas declarações em defesa da ditadura militar e em favor de práticas violentas contra opositores. Ele vinculou Bolsonaro a uma linha dura das Forças Armadas, que, durante a ditadura, foi responsável por numerosos crimes contra os direitos humanos, como assassinatos e desaparecimentos forçados, incluindo o caso do ex-deputado Rubens Paiva, recentemente retratado no filme “Ainda Estou Aqui”.

    Entre os 37 indiciados pela PF, além de Bolsonaro, estão ex-ministros e militares de alta patente, como o general Augusto Heleno. A investigação aponta que esse grupo atuou em seis núcleos distintos, com o objetivo de impedir a posse de Lula e abolir a democracia no Brasil. O relatório agora será analisado pela Procuradoria-Geral da República, que tem um prazo de 15 dias para decidir se apresentará uma denúncia formal ou se arquivará o processo.

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