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Marta Suplicy diz que Boulos é o "herdeiro de Lula" para 2026

"Outro dia eu liguei para o Lula e disse: 'pode ficar tranquilo. Você já tem herdeiro'. E ele deu uma risada gostosa", revelou a ex-prefeita

Marta, Lula e Guilherme Boulos (Foto: Ricardo Stuckert)

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247 - Durante um evento de campanha na terça-feira (22), a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), fez uma declaração que gerou repercussão no cenário político nacional ao afirmar que Guilherme Boulos (Psol) é o "herdeiro de Lula". O comentário foi feito em um evento de apoio à candidatura de Boulos à prefeitura da capital paulista, no Teatro Gazeta, região central da cidade, que reuniu figuras públicas, artistas e intelectuais progressistas, informa o Metrópoles.

Marta destacou que Boulos tem o potencial de dar continuidade ao projeto político de Lula, reforçando a importância da aliança entre Psol e PT. "Outro dia eu liguei para o Lula e disse: 'pode ficar tranquilo. Você já tem herdeiro'. E ele deu uma risada gostosa", revelou a ex-prefeita, recebendo aplausos entusiásticos da plateia. A declaração reforça o vínculo político entre o Psol e o PT, fortalecendo a imagem de Boulos como um dos principais representantes da esquerda no Brasil.

Ao final do evento, Boulos tratou de minimizar a questão sucessória, focando sua fala na disputa municipal. "Isso não é uma discussão para ser feita neste momento. O presidente Lula é a maior liderança que esse país produziu, é presidente do país. Meu foco absoluto é trabalhar para ganhar a Prefeitura de São Paulo e fazer da nossa cidade uma cidade mais justa", afirmou.

Boulos e a mobilização no segundo turno - Atrás nas pesquisas, Boulos aproveitou o evento para incentivar a militância e reforçar a necessidade de união. A pesquisa mais recente, realizada pelp Paraná Pesquisas, indica que o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) lidera a disputa com 51,7% das intenções de voto, enquanto Boulos aparece com 39,6%. "Agora é hora de olho no olho", disse o psolista, lembrando viradas históricas nas eleições municipais, como as de Luiza Erundina, em 1988, e Fernando Haddad, em 2012.

Boulos também enfatizou que a extrema direita busca usar São Paulo como trampolim para o retorno ao poder em 2026, alertando para os riscos de retrocessos. Ele reforçou a importância de uma ampla união para derrotar esse campo político.

Alckmin critica gestão Nunes - O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), presente no evento, aproveitou a oportunidade para criticar a gestão do atual prefeito. "Quebrar governo para tentar ganhar eleição é subestimar a inteligência e a capacidade de julgamento das pessoas", disse, referindo-se ao déficit nas contas da prefeitura sob a gestão de Nunes.

Alckmin, que no primeiro turno apoiou a candidatura de Tabata Amaral (PSB), agora se coloca como um forte defensor de Boulos. Em um gesto simbólico, durante o evento, o vice-presidente exibiu um par de meias com o número 50, em alusão ao Psol. "Eu estou convencido de que o Boulos é a mudança, que tem tudo para fazer o governo mais perto da população e quem ouve mais erra menos", declarou.

Por sua vez, Boulos buscou minimizar as diferenças que teve com Alckmin no passado, quando ambos disputaram a presidência em 2018. Ele ressaltou que, diante da ameaça à democracia representada pela extrema direita, antigas divergências políticas se tornaram irrelevantes. "O Brasil mudou, e quando isso aconteceu, nossas diferenças se tornaram convergências para derrotar um campo antidemocrático", afirmou o candidato.

"Ovo da serpente" e a luta contra a extrema direita - O ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), também presente no evento, foi enfático ao comparar a gestão de Ricardo Nunes ao "ovo da serpente". "Aqui em São Paulo está sendo gestado o ovo da serpente, e a gente vai fazer de tudo para evitar que ele nasça de novo", afirmou França.

A corrida pela Prefeitura de São Paulo se intensifica com a aproximação do segundo turno, e a mobilização de Boulos e seu grupo político busca não apenas uma vitória na capital, mas também sinalizar uma possível liderança para 2026. A aposta de Marta Suplicy em Boulos como sucessor de Lula já abre discussões sobre os rumos da esquerda nos próximos anos.

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