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    MC Poze comenta ação policial: "não foi sobre mim, foi sobre minha esposa"

    Mandado de busca e apreensão na casa do cantor investiga sorteios ilegais e atinge também influenciadores

    Poze do Rodo (Foto: Reprodução/Instagram)

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    247 - Na manhã desta sexta-feira (1), o MC Poze do Rodo utilizou suas redes sociais para se manifestar após uma ação da Polícia Civil em sua residência no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A operação, denominada "Rifa Limpa", cumpriu um mandado de busca e apreensão, e, em vídeos publicados no Instagram, Poze buscou tranquilizar seus seguidores, esclarecendo que o foco da investigação não era ele diretamente, mas sua esposa, Vivi Noronha, segundo relata o jornal O Globo

    "Os canas vieram aqui em casa com mandados de busca e apreensão. Eu não fui o indiciado. Não foi sobre mim, foi sobre minha esposa", explicou o MC, que também se encontra sob investigação. Poze relatou que a ação policial resultou na apreensão de joias e veículos em sua residência, afirmando que não tinha envolvimento nos sorteios irregulares em questão: "E eu nem tô no bagulho". Ele ainda comentou que, quando pessoas da periferia começam a ascender financeiramente, geram incômodo, reforçando o sentimento de injustiça social. Em vídeos adicionais, ele mostrou imagens dos automóveis apreendidos, que apelidou de Sábio Jr. e Menor Mal, mencionando que "os carros devem estar com saudade do papai".  

    A operação, segundo a Polícia Civil, tem o objetivo de desmantelar um esquema de sorteios e rifas irregulares promovidos por influenciadores digitais. De acordo com o comunicado oficial, a ação busca apreender documentos e bens, além de verificar o processo de realização dos sorteios e a autenticidade dos prêmios oferecidos aos ganhadores. Além de MC Poze, outros influenciadores conhecidos, como Roger Rodrigues dos Santos (Roginho Dú Ouro), Jonathan Luis Chaves Costa (Jon Jon) e Leandro Medeiros (Lacraia), também foram alvos da operação. No total, foram apreendidos quatro carros avaliados em mais de R$ 1 milhão.

    A Delegacia de Defraudações (DDEF) investiga crimes de jogo de azar, associação criminosa e lavagem de dinheiro, que estariam sendo praticados por influenciadores que utilizam suas redes sociais, com milhares ou até milhões de seguidores, para promover sorteios de forma ilegal. Segundo as autoridades, os sorteios são mascarados com o uso de parâmetros da Loteria Federal, o que gera uma impressão de legalidade para o público. No entanto, o processo carece de auditoria oficial, já que os sorteios são realizados por meio de aplicativos manipulados, onde há indícios de fraude.

    Para realizar sorteios legais, é necessária autorização prévia da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (SECAP), ligada ao Ministério da Fazenda. Além disso, sorteios são permitidos apenas para entidades sem fins lucrativos.

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