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Pedágio eletrônico no litoral de SP gera polêmica e reação contra a gestão Tarcísio

Projeto de privatização das rodovias do litoral paulista inclui cobrança automática por trecho percorrido, gerando resistência entre a população e políticos locais

Pedágio em rodovia (Foto: Agência Brasil)

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247 - O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) retomou um projeto que prevê a privatização de rodovias no litoral paulista, incluindo a implantação de pedágios com um diferencial: o sistema eletrônico "free flow", que permitirá a cobrança automática por trecho percorrido, em vez das tradicionais praças de pedágio. A iniciativa, que fazia parte do plano de gestões anteriores, agora traz à tona novas preocupações e gera reações contrárias até mesmo de aliados do governo, destaca o jornal Folha de S. Paulo.

Com o novo sistema, veículos serão identificados pela placa, possibilitando o pagamento da taxa através do site da concessionária. Essa opção também visa atender os veículos que não possuem dispositivos eletrônicos instalados no para-brisa, conhecidos como tags.

O modelo "free flow" já está em testes na rodovia Rio-Santos (BR-101) e na Ayrton Senna, além de ser previsto para ser utilizado no trecho norte do Rodoanel. No litoral sul, a proposta é cobrar um total de R$ 11,70 para percorrer pouco menos de 60 quilômetros, divididos em nove lotes de 6,6 quilômetros, com o preço de R$ 1,30 para acessar cada um.

Esses detalhes foram compartilhados com vereadores da região pelo secretário estadual de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, em uma reunião em Itanhaém no início de julho, sendo confirmados posteriormente por parlamentares do município. Entretanto, as informações já geram resistência entre políticos locais, mesmo entre aqueles que pertencem a partidos aliados ao governo Tarcísio.

Uma das principais preocupações dos moradores é que a rodovia Padre Manoel da Nóbrega atravessa bairros de cidades litorâneas, o que poderia levar à cobrança para atravessar de um lado a outro do mesmo município ou para trajetos básicos, como ir ao supermercado ou ao pronto-socorro. A alternativa de descontos para quem utiliza as pistas com mais frequência não tem sido suficiente para acalmar os ânimos dos críticos.

Em Itanhaém, por exemplo, a cidade teme um aumento no tráfego de veículos no centro, com motoristas buscando evitar o pedágio. Há planos de construir avenidas locais ao lado da rodovia, onde não seria cobrado pedágio, e túneis que atravessariam a estrada por baixo. No entanto, ainda não há previsão para a construção de pontes que conectem essas avenidas locais, o que poderia levar à cobrança pela travessia de uma margem a outra do rio Itanhaém.

A privatização do chamado "Lote Litoral Paulista" também envolve as rodovias Mogi-Bertioga e Mogi-Dutra, que conectam a Baixada Santista à região do Alto Tietê. Apesar de o governo estadual afirmar que o plano está em estudo, três vereadores ouvidos pela Folha relataram que o governo teria garantido que não há mais planos para instalar pedágios na Mogi-Bertioga.

Em 2021 e 2022, a ideia de instalar praças de pedágio nas estradas já provocou protestos de moradores, políticos e associações civis, resultando em recuos do governo estadual na época. A falta de participação dos municípios afetados na discussão do projeto tem gerado mais críticas.

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