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PM produz relatório para embasar declaração de Tarcísio sobre suposto "salve" do PCC pró-Boulos

Documento pretende sustentar afirmação do governador de São Paulo sobre suposto apoio da facção ao candidato. Tarcísio já é alvo da Justiça Eleitoral

Tarcísio de Freitas (Foto: Francisco Cepeda/Governo do Estado de SP)

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247 - A Polícia Militar de São Paulo está finalizando um relatório com o objetivo de dar embasamento à recente declaração do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre um suposto “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC) em apoio a Guilherme Boulos (Psol), informa o Metrópoles. A declaração foi feita durante o segundo turno das eleições municipais em 27 de outubro, quando Tarcísio sugeriu que membros da facção estavam orientando eleitores a votar contra o então prefeito Ricardo Nunes (MDB), que buscava a reeleição. 

O comentário do governador gerou repercussão imediata, levando Boulos a registrar uma queixa-crime na Justiça Eleitoral, acusando Tarcísio de “agir deliberadamente para influenciar o resultado da eleição”. A ação será analisada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques, designado como relator do caso. A equipe de defesa de Tarcísio aposta no relatório da PM como peça chave, visando comprovar que a alegação de apoio do PCC ao candidato do Psol se baseou em informações obtidas por setores de Inteligência.

O documento da PM incluirá detalhes de manuscritos supostamente interceptados em penitenciárias paulistas onde lideranças da facção estão detidas, como a Penitenciária II de Presidente Venceslau. Um dos manuscritos, datado de setembro, teria sido apreendido na Penitenciária I de Guareí, além de outros no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros e na Penitenciária de Riolândia. A análise dos investigadores sugere que as mensagens continham instruções para mobilizar eleitores a apoiar Guilherme Boulos, supostamente em razão de pautas que o candidato poderia defender em favor dos detentos e da facção.  

A divulgação dessas informações e a utilização do relatório como estratégia de defesa pela equipe do governador reforçam o contexto de disputa judicial e o peso que a questão da segurança pública ganhou no período eleitoral de São Paulo. 

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