Polícia investiga caso de jovem congolês que foi espancado até a morte após cobrar pagamento no Rio
Moise Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, trabalhava num quiosque de praia e cobrou o gerente do local o pagamento de duas diárias atrasadas
247 - A polícia investiga o assassinato do jovem congolês Moise Mugenyi Kabagambe, 24, que foi espancando até a morte por cerca de 15 minutos em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na segunda-feira (24).
Os agressores - cinco - utilizaram pedaços de pau e um taco de baseball para bater no rapaz.
Tudo foi flagrado por câmeras de segurança. Segundo a Polícia Civil, as imagens estão sendo avaliadas para identificação dos suspeitos.
Moise nasceu na República do Congo e chegou ainda criança ao Brasil, acompanhado dos irmãos, todos refugiados políticos. O jovem trabalhava no quiosque como ajudante de cozinha e teria sido agredido após cobrar do o pagamento por duas diárias atrasadas.
Primo de Moise, Yannick Iluanga Kamanda disse ao Extra que teve acesso às imagens e que o primo chegou até a ter as pernas e os braços amarrados durante a agressão. "Num primeiro momento, o meu primo é visto reclamando por que ele queria receber. Em determinado momento, os ânimos se acirraram e o gerente pega um pedaço de madeira. O meu primo corre para se defender com uma cadeira. O gerente vai embora e em seguida volta com cinco pessoas e pegam o meu primo na covardia. Um rapaz dá um mata-leão (chave de pescoço) nele e os outros quatro se revezam em bater", disse. " Ele apanhava e as pessoas se revezavam para bater. Não satisfeitos, eles amararam os braços e as pernas dele e continuaram batendo. O meu primo ficou desacordado e mesmo assim ele espancavam ele. Só depois de um tempo , eles viram que ele estava desacordado e deixaram ele jogado na areia", acrescentou.
O laudo do Instituto Médico Legal mostra que os pulmões do jovem tinham áreas hemorrágicas de contusão e também vestígios de broncoaspiração de sangue. A causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar.
Moise foi enterrado no domingo (30).
“Meu filho cresceu aqui, estudou aqui. Os amigos dele são brasileiros. Mas hoje é vergonha. Morreu no Brasil. Só tristeza”, declarou a mãe de Moise, Ivana Lay.
A embaixada do Congo já cobrou respostas das autoridades brasileiras.
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