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      Professores de SP protestam contra aulas presenciais: "inaceitável"

      Segundo a nota da Apeoesp, a marcha será a segunda “em defesa da vida e contra a volta às aulas presenciais”. A nota também destacou uma declaração de sua presidente, professora Bebel, que afirmou ser “inaceitável o que o governo Doria vem fazendo com os professores” e destacou a hipocrisia do governo de São Paulo

      Uma das faixas de Educadores em Luta (Foto: Diário Causa Operária)
      Juca Simonard avatar
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      247 - O sindicato dos professores do estado de São Paulo, Apeoesp, um dos maiores da América Latina, anunciou, em nota, que nesta quinta-feira, 4, os professores realizarão uma marcha para protestar contra a volta às aulas presenciais impostas pelo governo João Doria (PSDB) e o prefeito (Bruno Covas). A manifestação será a continuação de um movimento grevista que já realizou diversos protestos nas últimas semanas.

      Segundo a nota da Apeoesp, a marcha será a segunda “em defesa da vida e contra a volta às aulas presenciais”. A nota também destacou uma declaração de sua presidente, a deputada e professora Bebel, que afirmou ser “inaceitável o que o governo Doria vem fazendo com os professores” e destacou a hipocrisia do governo de São Paulo:

      “Após um discurso sobre a necessidade de defender a vida, em tom eleitoral, João Doria anuncia que as escolas continuarão abertas”.

      Confira a nota da Apeoesp na íntegra

      Nesta quinta (4), professores farão uma caminhada em defesa da vida

      O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) realiza nesta quinta-feira (4), a partir das 10h, a segunda caminhada dos professores em defesa da vida e contra a volta às aulas presenciais. A concentração acontece no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, e de lá os docentes, em greve desde 8 de fevereiro, caminharão até a Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República.

      Nesta quarta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que todo o estado vai entrar na fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo, por duas semanas a partir de sábado. Apesar das medidas de restrição, as escolas estaduais continuarão de portas abertas no pior momento da pandemia.

      A presidenta da Apeoesp, a deputada Professora Bebel, vê a decisão do governador com muita indignação. Ela lembra que, ainda nesta semana, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, recomendou que as aulas presenciais fossem interrompidas para evitar a disseminação da covid-19.

      "É inaceitável o que o governo Doria vem fazendo com os professores. Após um discurso sobre a necessidade de defender a vida, em tom eleitoral, João Doria anuncia que as escolas continuarão abertas. E isso no dia seguinte da manifestação de seu secretário de Saúde, frontalmente contra essa medida. Como alguém que diz defender a vida e a ciência desautoriza o secretário que, além de médico, responde pela pasta da Saúde?", questiona Bebel.

      Segundo levantamento da Apeoesp, já foram registrados 24 óbitos e mais de 1.800 casos de infecção nas escolas estaduais. A Secretaria Estadual de Educação, por sua vez, não divulga o número de casos confirmados da doença.

      "Não há sequer transparência com os dados. Nós estamos monitorando e cobrando as autoridades competentes. Sem fechar as escolas, mantendo milhares de professores e funcionários e milhões de estudantes circulando todos os dias, muitos em transportes públicos, Doria e seu secretário de Educação se revelam como são: inimigos da vida", finaliza a deputada.

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