Projeto de escolas cívico-militares é aprovado na Alesp; PM de Tarcício agride deputados e prende estudantes (vídeos)
Eduardo Suplicy foi atingido com gás de pimenta durante protesto; No tumulto provocado pelos policiais, a deputada estadual Mônica Seixas também foi agredida
Brasil de Fato - A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) fechou as portas para que estudantes contrários ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 9/2024, de autoria do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que institui o “Programa Escola Cívico-Militar no Estado de São Paulo”, não pudessem acompanhar a votação da matéria.
Revoltados com a medida autoritária, os estudantes tentaram entrar nas galerias da Alesp, mas foram violentamente repreendidos pela Polícia Militar, que apreendeu sete adolescentes. No tumulto provocado pelos policiais, a deputada estadual Mônica Seixas (PSOL) afirma ter sido agredida.
“Fui tentar defender alguns estudantes que faziam manifestação pacífica contra a PEC 92024, que prevê a militarização das escolas públicas, da tropa de choque e sofri violência. É inaceitável que estudantes sejam tratados dessa maneira. Se fazem isso no parlamento, imagina o que farão nas escolas”, afirmou Seixas ao Brasil de Fato.
Em um momento, a Polícia Militar do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) chegou a lançar gás de pimenta contra o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT).
No momento em que os estudantes tentaram acessar às galerias, o espaço estava vazio. A medida foi determinada pelo presidente da Alesp, o deputado estadual André do Prado (PL), que justificou a iniciativa como “medida de segurança” e fugiu dos repórteres, sem responder sobre as apreensões dos adolescentes ou os feridos.
Freitas apresentou o projeto das escolas cívico-militares em março e pretende aprovar o texto ainda no primeiro semestre, para evitar conflito com o calendário da eleição. A base do governo pretende aprovar a matéria ainda nesta terça-feira, em caráter de urgência e sem discussão com a sociedade.
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