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Psol entra com ação para impedir cerimônia em homenagem a Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal de São Paulo

Representantes do Psol argumentam que o prefeito Ricardo Nunes estaria utilizando o evento, em ano eleitoral, para benefício próprio

Michelle Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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247 - A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), em conjunto com a ativista Amanda Paschoal, ingressou com uma ação popular na Justiça com o objetivo de impedir a realização da cerimônia de entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal da capital paulista, informa o g1. A deputada solicita que o evento seja vetado, sob pena de aplicação de multa no valor de R$ 100 mil por descumprimento. Além disso, o vereador Celso Giannazi, o deputado Carlos Giannazi e a deputada Luciene Cavalcanti, todos do Psol, requereram à Procuradoria de Justiça do Patrimônio Público e Social do Estado de São Paulo uma investigação sobre os fatos, alegando possíveis motivações eleitoreiras por parte do prefeito da cidade.

No documento apresentado à Justiça, os representantes do Psol argumentam que o prefeito estaria utilizando o evento para benefício próprio, configurando assim um possível crime contra a administração pública de peculato. Diante disso, solicitam a imediata vedação da cerimônia.

Estas medidas surgem em resposta à aprovação pela Prefeitura de São Paulo do uso do Theatro Municipal para a realização da homenagem a Michelle Bolsonaro. O vereador Rinaldi Digilio (União Brasil), autor da solicitação e responsável pelo projeto aprovado em novembro de 2023, confirmou a realização do evento para o dia 25 de março, às 20h. Vale ressaltar que a entrega de títulos honoríficos, como o de cidadão paulistano, geralmente ocorre em cerimônias realizadas na própria Câmara Municipal. No entanto, o presidente da Casa, vereador Milton Leite (União Brasil), alegou que o espaço não comportaria o número de convidados.

Por sua vez, Rinaldi Digilio justificou a escolha do Theatro Municipal afirmando que é difícil realizar honrarias na Câmara em ano eleitoral e que buscou uma alternativa viável para o evento. A lei não impede a entrega de honrarias em ano eleitoral.

O prefeito Ricardo Nunes minimizou as questões levantadas e afirmou que a Câmara e outras entidades frequentemente solicitam o uso do Theatro Municipal e concedem se não houver espetáculos agendados. Ele ainda confirmou sua presença no evento, caso seja convidado. Até o momento, o Theatro Municipal se recusou a fornecer informações sobre a reserva do espaço.

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