Radar foi retirado meses antes de acidente fatal na BR-116
Tragédia em Teófilo Otoni (MG) deixa mais de 30 mortos; falta de fiscalização no trecho preocupa autoridades e população
247 - Um grave acidente ocorrido na madrugada deste sábado (21) na altura do KM 285 da BR-116, em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni (MG), deixou, ate o momento, 38 mortos e reacendeu debates sobre a segurança nas rodovias brasileiras. Segundo apuração da Inter TV, o trecho da rodovia onde ocorreu a colisão era monitorado por um radar que limitava a velocidade a 60 km/h, mas o equipamento foi removido meses atrás devido à documentação vencida, destaca o G1.
A colisão envolveu um ônibus, uma carreta e um carro e aconteceu por volta das 3h30. O ônibus, que saiu de São Paulo na sexta-feira (20) com destino a Vitória da Conquista (BA), teve um pneu estourado, o que levou o motorista a perder o controle e colidir com a carreta. Um carro que vinha atrás também se envolveu no acidente. Após o impacto, o ônibus pegou fogo, causando a maior parte das mortes.
Ainda de acordo com a reportagem, o radar removido no trecho do acidente fazia parte de uma série de equipamentos retirados da BR-116 por problemas na documentação. Desde então, a ausência de fiscalização eletrônica tem sido apontada como um fator de risco, especialmente em áreas críticas.
Nos últimos dias, pelo menos três acidentes fatais ocorreram em pontos onde radares foram desativados. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que os novos equipamentos devem ser instalados em 2025, após a contratação de uma nova empresa para a gestão dos radares.
O trânsito na rodovia ficou totalmente interditado por cerca de seis horas. A pista foi liberada no fim da manhã, mas segue operando em esquema de "pare e siga", devido aos trabalhos de remoção dos veículos e limpeza do local.
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