Rogério Correia: 'Brazão vai obstruir a investigação do caso Marielle se não continuar preso' (vídeo)
De acordo com o parlamentar, 'a ultradireita acha que bandido bom é bandido solto'
247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) alertou nesta quarta-feira (10) para um eventual prejuízo das investigações do assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) se o deputado Chiquinho Brazão (ex-União Brasil-RJ) continuar solto.
"Brazão vai obstruir a investigação do caso Marielle se não continuar preso. Ele não pode continuar solto. O Brasil não pode se calar", afirmou o parlamentar em discurso na Câmara dos Deputados. "E agora? A ultradireita vai continuar tentando votar a saidinha do Brazão? Bandido bom, pra eles, é bandido solto para continuar obstruindo a justiça".
O deputado Brazão foi preso no mês passado após ser apontado por investigadores da Polícia Federal como um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora, morta por integrantes do crime organizado em março de 2018 na região central do município do Rio. Também foram presos Domingos Brazão, irmão do parlamentar e ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ), e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro.
Investigadores apuram se o crime foi motivado por causa da atuação parlamentar de Marielle contra a exploração imobiliária de milicianos na capital fluminense. A ex-vereadora denunciava a violência cometida por policiais nas favelas e criticava a atuação de milícias nas periferias.
A ex-parlamentar foi morta em um lugar sem câmeras na região central do Rio. Os milicianos perseguiram por cerca de três a quatro quilômetros o carro onde ela estava.
Algumas pessoas foram presas. Uma delas foi o ex-policial militar Élcio Queiroz, que admitiu ter dirigido o veículo de onde partiram os tiros contra Marielle. De acordo com o delator, outro ex-PM, Ronnie Lessa, que também está detido, foi o responsável pelos disparos.
Segundo a Polícia Federal, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que está preso, atuou na "vigilância" e "acompanhamento" da ex-parlamentar. Queiroz disse que o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, assassinato em 2021, foi quem apresentou a Lessa o "trabalho" de executar Marielle.
O delator Élcio Queiroz afirmou que o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como "Orelha", foi procurado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que trabalham com peças de carros.
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