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    São Gonçalo, no Rio, tem o primeiro saque da crise de abastecimento de Bolsonaro-Guedes (VÍDEO)

    Um supermercado em São Gonçalo (RJ) foi alvo do primeiro saque na era bolsonarista, nesta terça-feira. Ex-ministro Aloizio Mercadante afirmou que o governo Bolsonaro não tem plano para "atender o consumo interno e matar a fome do povo". Para Guilherme Boulos, o Brasil está "à beira de uma convulsão social"

    Jair Bolsonaro com Paulo Guedes e mercado sendo saqueado (Foto: Reuters | Reprodução)
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    247 - Um supermercado foi saqueado no bairro Santa Luzia, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Um grupo ficou indignado com o aumento do preço de alguns produtos, invadiu o estabelecimento e levou mercadorias, além de ter quebrado vidraças do local nesta terça-feira (15). Estabelecimentos comerciais vizinhos ao local fecharam as portas. Homens e mulheres atiraram pedras contra o mercado. Assista a um curto vídeo sobre o saque abaixo. 

    De acordo com o jornal O Dia, "nas redes sociais, circula a informação de que a ação teria sido orquestrada por traficantes da região. A Polícia Militar, no entanto, não confirma essa versão. Segundo a corporação, equipes do 7º BPM (São Gonçalo), foram informadas sobre um roubo envolvendo o estabelecimento comercial. Os policiais reforçam o policiamento no local para evitar novas invasões". 

    De acordo com o ex-ministro Aloizio Mercadante em entrevista à TV 247,  “estamos enfrentando uma situação dramática no Brasil”, ao falar sobre a crise alimentar que o Brasil enfrenta. Em alguns supermercados, o pacote de 5 quilos de arroz já ultrapassa o valor de R$ 40,00 no País e pode ser parcelado em 8 vezes no cartão de crédito. Ele ainda apontou que itens essenciais da cesta básica como feijão e farinha de trigo também já estão sem estoque.

    O ex-ministro informou que 90% da área plantada hoje no Brasil é de soja e milho, "esmagando a agricultura familiar na produção de itens que são essenciais, como arroz e feijão". "A preocupação é apenas em atender o mercado externo, não existe nenhum plano de atender o consumo interno e matar a fome do povo", acrescentou.

    Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos afirmou que o Brasil está "à beira de uma convulsão social".


    Leia a íntegra da matéria publicada pelo Brasil 247:

    “Estamos enfrentando uma situação dramática no Brasil”. Essa é constatação do ex-ministro Aloizio Mercadante ao descrever a crise alimentar que o Brasil enfrenta. Ele explicou que o governo acabou com os estoques de arroz do país, aumentou as exportações do item e descumpre a lei regulatória que garante segurança alimentar para população. 

    Em alguns supermercados, o pacote de 5 quilos de arroz já ultrapassa o valor de R$40,00 e pode ser parcelado em 8 vezes no cartão de crédito. 

    Em entrevista concedida à TV 247 nesta quinta-feira (10), Mercadante explicou que, “em 2013, tínhamos 944 toneladas de arroz estocados, em 2015, mais de 1 milhão de toneladas. Hoje, são apenas 22 toneladas, não garante uma semana de consumo no país, ou seja, não existe mais estoque”. 

    Ele ainda apontou que itens essenciais da cesta básica como feijão e farinha de trigo também já estão sem estoque. 

    O ex-ministro informou que 90% da área plantada hoje no Brasil é de soja e milho, “esmagando a agricultura familiar na produção de itens que são essenciais, como arroz e feijão”. “A preocupação é apenas em atender o mercado externo, não existe nenhum plano de atender o consumo interno e matar a fome do povo”, acrescentou.

    De acordo com Mercadante, o governo “jogou nos braços do mercado a regulamentação do preço da cesta básica”. “Então o povo ficou entre o pescoço e a guilhotina. As pessoas são obrigadas a comer e não tem oferta, volume, estoque ou importação desses alimentos”. 

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