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"São quase sete anos de muita dor, de vazio", diz Anielle antes do julgamento dos assassinos de Marielle

Ministério Público pleiteia que Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, apontados como os executores do crime, cumpram até 84 anos de prisão

Anielle (mais destaque) e Marielle Franco (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil I Câmara Municipal do Rio)

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247 - As famílias da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes chegaram juntas ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) nesta quarta-feira (30), dando início ao julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, apontados como os executores do crime que chocou o país.

Vestindo camisetas estampadas com a frase “Justiça para Marielle e Anderson”, os familiares formaram um corredor humano para a entrada do tribunal, atraindo a atenção de um grupo considerável de apoiadores, o que resultou em um pequeno tumulto nas proximidades.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram brutalmente assassinados no dia 14 de março de 2018, na região central do Rio de Janeiro. Desde a prisão dos réus, em 12 de março de 2019, a expectativa por justiça tem mobilizado a sociedade civil e diversas organizações sociais.

"São quase sete anos de muita dor, de vazio, de uma mulher que lutava exatamente contra isso e que foi assassinada da maneira que foi", declarou Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, segundo o g1. Horas antes do júri, as famílias participaram de um ato em frente ao TJRJ, ao lado de mães de vítimas de violência, majoritariamente negras, que exigiam respostas sobre o duplo assassinato.

Com cartazes e girassóis nas mãos, dezenas de manifestantes de movimentos sociais oriundos de regiões como o Complexo do Alemão, Acari, Complexo da Maré, São Gonçalo e Niterói uniram suas vozes em um coro por justiça. O protesto, organizado pelo Instituto Marielle Franco, contou com a presença de diversas organizações de direitos humanos e ativistas sociais.

Os réus, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, já confessaram suas respectivas participações no crime: Lessa admitiu ser o autor dos disparos, enquanto Queiroz reconheceu ter dirigido o veículo utilizado no ataque.

Nesta quarta-feira, durante o júri popular, o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) pleiteará a pena máxima de 84 anos para cada um dos réus. A decisão final ficará nas mãos de sete jurados do Conselho de Sentença, que deverão decidir pela condenação ou absolvição dos acusados.

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