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    Secretaria da Justiça de SP abre processo contra Ana Paula Minerato após vazamento de áudio com ataques racistas

    O áudio, que teria sido enviado pela modelo em conversa com o namorado, contém ataques racistas direcionados à cantora Ananda

    Ana Paula Minerato

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    247 - A Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania de São Paulo abriu um procedimento administrativo para apurar um áudio vazado nas redes sociais com declarações racistas atribuídas à modelo Ana Paula Minerato. A informação foi divulgada peloportal G1 nesta segunda-feira (25).

    A investigação está sob responsabilidade da Ouvidoria da Coordenadoria de Políticas para a População Negra (CPPN), que, segundo a pasta, “notificará as partes envolvidas, garantindo o direito de apresentação de defesa preliminar”. 

    Rompimentos após a polêmica

    Após a divulgação do áudio, a Gaviões da Fiel, escola de samba ligada à torcida organizada do Corinthians, anunciou o desligamento imediato de Ana Paula Minerato de todas as suas atividades. Além disso, a rádio Band FM, onde Minerato apresentava um programa diário desde 2018, decidiu rescindir o contrato da modelo.

    O conteúdo do áudio

    O áudio, que teria sido enviado pela modelo em conversa com o namorado, contém ataques racistas direcionados à cantora Ananda, integrante da banda Melanina Carioca. Em um dos trechos, Minerato diz:
    "Empregada do cabelo duro. Você gosta de cabelo duro? Não sabia que você gostava de mina com cabelo duro. Você gosta de mina de cabelo duro? Cabelo duro você gosta? Você gosta de mina de cabelo duro, de neguinha? Você gosta de neguinha? Porque isso aí é neguinha, né. Alguém ali o pai ou a mãe veio da África."

    Abertura do processo e possíveis sanções

    O processo administrativo instaurado pela Secretaria da Justiça tem como base a Lei Estadual 14.187/2010, que regulamenta a apuração de discriminação racial no estado de São Paulo. Entre as possíveis punições estão advertência e multa, cujo valor varia de R$ 17.680,00 a R$ 106.080,00.

    Além da investigação formal, a CPPN destacou que está à disposição da vítima para oferecer acolhimento e orientações.

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