Silvio Almeida: entrevista coletiva da polícia depois da chacina em Jacarezinho é “o grau zero da barbárie”
Segundo o advogado e filósofo Silvio Almeida, na coletiva da polícia do Rio “os inimigos foram nomeados sem hesitação. São os defensores de direitos humanos e as instituições que obstaculizam a cruzada em prol das ‘pessoas de bem’. São advogados, juízes, promotores, ativistas, políticos que impedem a ‘justa’ luta contra o crime”
247 - O advogado e filósofo Silvio Almeida, um dos líderes da luta antirracista no país, escreveu na noite desta quinta-feira (6) que a entrevista coletiva da polícia do Rio de Janeiro depois da chacina de Jacarezinho nesta: “Essa ‘coletiva’ foi o grau zero da barbárie (...). O recado foi dado de forma límpida e clara: não haverá lei ou tratado internacional que pare essa gente. Eles já definiram quem merece morrer”.
Para ele, o ocorrido após o massacre em Jacarezinho não foi uma entrevista coletiva, mas um ato de afirmação de poder por parte da polícia civil. Um poder que, fique claro, não se submete a nenhuma lei e que desconhece a Constituição”.
O objetivo da coletiva “evidentemente não era prestar contas e nem justificar as mortes provocadas na mais letal operação policial da história do RJ. Foi um recado, uma mensagem na forma de espetáculo, assinado com o sangue no chão e nas paredes das casas”.
Para o filósofo, “os inimigos foram nomeados sem hesitação. São os defensores de direitos humanos e as instituições que obstaculizam a cruzada em prol das ‘pessoas de bem’. São advogados, juízes, promotores, ativistas, políticos que impedem a ‘justa’ luta contra o crime”.
Veja o que escreveu Silvio Almeida numa sequência de tuítes:
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