Tabata Amaral pede que Pablo Marçal seja investigado por pagar seguidores para espalhar vídeos

247 - A deputada federal e pré candidata a prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB), enviou uma representação ao Ministério Público Eleitoral em que pede abertura de uma investigação contra Pablo Marçal por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, informa a Folha de S. Paulo. O ex-coach teria pagado seguidores para espalharem vídeos para promover sua pré-candidatura a prefeito.

O documento enviado por Tabata apresenta vídeos em que Marçal incentiva seus seguidores a se inscreverem em uma aplicativo de corte de vídeos e diz que vai remunerar aqueles que tiverem o maior número de visualizações. Ele afirma que estaria pagando em dinheiro e que há quase 5 mil pessoas fazendo cortes de vídeos para ele. A representação também cita uma reportagem do O Globo que mapeou 50 contas favoráveis ao ex-coach com milhões de visualizações e conteúdos com desinformações sobre adversários.

O Núcleo Jornalismo revelou a existência de um canal chamado “Discord do Marçal”, que contava com 112 mil membros e promessa de pagamento em dinheiro para usuários que propagam conteúdos a favor de Marçal. Nas peças ele faz ataques diretos aos adversários, chamando Ricardo Nunes (MDB) de “fraco” e “de esquerda”, e diz que Guilherme Boulos (Psol) cobra aluguel de pessoas que invadem casas. Ele também faz ataques contra Tabata, sugerindo que ela abandonou o pai quando foi para os Estados Unidos para estudar em Harvard, e que a morte dele seria uma consequência disso. 

A lei eleitoral proíbe a contratação de pessoas físicas ou jurídicas para que façam publicações de cunho político-eleitoral em seus perfis nas redes sociais. Além disso, também veda propaganda eleitoral antecipada, seja para divulgação própria ou para criticar os concorrentes. O período de propaganda eleitoral começa em 16 de agosto.