Viúva de Marielle, Monica Benicio repudia convite negado a casal gay: 'homofobia é crime'
Uma loja em SP negou a dois homossexuais a criação de um convite de casamento
247 - A vereadora do município do Rio de Janeiro Monica Benicio (PSOL) demonstrou repúdio nesta quarta-feira (24) à iniciativa de funcionários da loja Jurgenfeld Ateliê, da cidade de São Paulo (SP), o estabelecimento recusou fazer "convites homossexuais" para um casal gay. A parlamentar é viúva da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), morta por integrantes do crime organizado em março de 2018 num lugar sem câmeras na região central da capital.
"Sempre necessário lembrar que homofobia é crime. Mas, mesmo se não fosse, seria inaceitável qualquer tipo de discriminação com base em sexualidade ou gênero. O casal que teve negada a confecção do seu convite de casamento, por uma papelaria de São Paulo, merece apoio e justiça", escreveu a parlamentar em uma de suas redes sociais.
As denúncias contra discriminação fazem parte de um contexto no qual a homofobia também se reflete em outras estatísticas. De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga organização não governamental (ONG) LGBT da América Latina, 257 pessoas LGBTQIA+ tiveram morte violenta no Brasil em 2023, o que representou uma morte a cada 34 horas.
Pela pesquisa, 127 eram travestis e transgêneros das 257 vítimas, 118 eram gays, 9 lésbicas e 3 bissexuais. Pela primeira vez, a quantidade de mortes de travestis e transexuais ficou acima do número de gays mortos.
Este ano, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou um Comitê de Monitoramento da Estratégia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+, sigla para se referir a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens transexuais, não binárias e demais dissidências sexuais e de gênero.
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