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Wellington Dias rebate ataque preconceituoso de Zema aos mais pobres

Governador mineiro culpou o Bolsa Família pela falta de mão de obra: "a pessoa quer um trabalho cheio de pré-requisitos"

Wellington Dias (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

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247 - O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), rebateu duramente as declarações preconceituosas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que relacionou a falta de mão de obra no comércio e varejo ao pagamento do Bolsa Família. Durante a abertura da 36ª SuperMinas Food Show, Zema criticou o programa federal e insinuou que o benefício desestimula os trabalhadores a aceitarem empregos, especialmente aqueles que exigem disponibilidade aos finais de semana.

“Mas o Brasil é um país difícil. Tem mão de obra disponível, porque só em Minas Gerais, de Bolsa Família, temos mais de um milhão de pessoas recebendo que alegam não ter oportunidade de trabalho”, afirmou Zema, em tom crítico.

A fala gerou indignação no governo federal, que considerou a abordagem como preconceituosa e equivocada. Wellington Dias foi rápido ao rebater e esclarecer as mudanças feitas no programa Bolsa Família, destacando que as críticas de Zema ignoram os esforços do governo para combater a pobreza e estimular a inclusão no mercado de trabalho.

“O preconceito prejudica os mais pobres, ainda mais com a disseminação de fake news. O presidente Lula mudou a regra do Bolsa Família para que não se perca o benefício ao conseguir um emprego, o que acontecia no Auxílio Brasil, do governo anterior”, ressaltou Dias. O ministro explicou que a nova configuração do programa permite que, mesmo com uma pessoa da família empregada, o benefício seja mantido. “Em uma família de seis pessoas, se uma tem emprego com carteira assinada e ganha um salário mínimo, o benefício é mantido. Se duas pessoas ganham um salário mínimo, a família ainda recebe 50% do valor. Ou seja, os beneficiários só param de receber o BF [Bolsa Família] quando saem da pobreza”, completou.

Wellington Dias também apresentou dados que contradizem a fala de Zema. “A prova de que nosso trabalho está funcionando é que, em 2023, 71% das vagas de emprego foram ocupadas por beneficiários do Bolsa Família, de acordo com dados do Caged. E, só neste ano, já chegamos a 77%. Não vamos deixar ninguém para trás. Estamos juntos no combate à pobreza!”, enfatizou o ministro.

As críticas de Zema também se estenderam a reclamações sobre a relutância de trabalhadores em aceitar empregos que exigem trabalho aos finais de semana. Ele afirmou que muitos trabalhadores “querem um trabalho cheio de pré-requisitos que nem sempre empresas e setor produtivo conseguem atender”. A fala foi vista como mais um exemplo de uma visão insensível em relação à realidade da classe trabalhadora.

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