Casos de covid-19 disparam em Santa Catarina, onde Bolsonaro passou férias
Estado registrou aumento de 560% de novos casos da doença provocada pelo coronavírus no espaço de uma semana
Rede Brasil Atual - Em uma semana, os casos de covid-19 em Santa Catarina aumentaram 560%. O governo estadual estima que 206 municípios possuem casos ativos. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (4), com os resultados de testes realizados, o estado deve registar 2.883 casos novos entre 2 e 11 de janeiro, com uma média 288 por dia.
Entre os motivos da alta de casos estão a chegada da variante ômicron ao estado, o aumento da população local devido à temporada de verão e a normalização dos sistemas de notificação. De acordo com a epidemiologista Alexandra Boing, professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e doutora em Saúde Coletiva, a nova cepa está “varrendo” o estado.
“Florianópolis tem 1.071 casos confirmados nas últimas 24 horas e já nota sobrecarga dos serviços”, tuitou ela, que também criticou a falta de medidas do governo estadual. “(Eles) esperam agravamento da doença e sobrecarga hospitalar. Esquecem da covid longa e das perdas desnecessárias”, acrescentou a especialista.
Atualmente, Santa Catarina possui regramentos flexíveis sobre o uso de máscaras, determinando sua obrigatoriedade apenas em ambientes fechados ou em locais abertos em que haja aglomeração. Questionado pela TV Globo se o estado poderia aumentar restrições, o secretário de Saúde, André Motta Ribeiro disse não haver essa possibilidade no momento.
Alta geral
Na última segunda-feira (3), o mundo registrou recorde de 2,4 milhões de casos de covid-19 no período de 24 horas. Os Estados Unidos lideram a nova onda, com mais de 1 milhão em apenas um dia, também recorde desde o início da pandemia.
Além disso, pelo menos três estados do Brasil têm registros de pacientes que apresentaram coinfecção de covid-19 e do vírus de gripe influenza, o que tem sido chamado de “flurona”. No país, foram noticiados casos das duas infecções nos estados de Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo. Outros países também registraram o fenômeno, detectado pela primeira vez nos Estados Unidos durante o primeiro ano da pandemia de coronavírus.
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