Desembargadores se declaram suspeitos em processo após participarem de jantar com Luciano Hang
A desembargadora Haidée Denise Grinn era relatora de um recurso que envolvia o dono da Havan
247 - A desembargadora Haidée Denise Grin, que participou de um jantar promovido por Luciano Hang, declarou-se suspeita para julgar um recurso envolvendo o empresário, dono das lojas Havan, informa a Folha de S. Paulo. Haidée e mais dez magistrados da Justiça Estadual de Santa Catarina estiveram em um evento organizado por Hang em Brusque.
Haidée era relatora de um recurso protocolado pela defesa do professor Guilherme Howes Neto, morador de Santa Maria (RS), que foi obrigado no início do ano a pagar R$ 20 mil a Hang a título de danos morais. A condenação ocorreu em razão de postagens em redes sociais consideradas difamatórias e ofensivas pelo empresário.
Após ser flagrada no jantar com Hang, a magistrada determinou a redistribuição do processo, "em razão de fato superveniente, consistente no contato estabelecido com uma das partes". "Adoto essa medida para que não paire qualquer dúvida sobre minha imparcialidade no exercício da judicatura", escreveu ela, em despacho assinado em 19 de dezembro.
No dia seguinte, o caso foi redistribuído para o desembargador André Carvalho, que também participou do jantar com Hang. Ele também se declarou suspeito, mas alegou que não conhecia o empresário até o evento.
A assessoria de imprensa de Hang afirmou que o jantar foi parte de "uma visita à restauração da Casa Renaux, construída há 115 anos, que estava destruída e faz parte da história da cidade de Brusque e do estado de Santa Catarina".
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