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    Gleisi após decisão da Câmara sobre Chiquinho Brazão no caso Marielle: 'o próximo passo é a denúncia e julgamento dos mandantes'

    A presidente do PT afirmou que a "bancada bolsonarista precisa se explicar porque votou para liberação do deputado". "Essa gente está sempre flertando com o errado"

    Gleisi Hoffmann (à esq.) e Marielle Franco (Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara | Mídia Ninja)

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    247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), destacou nesta quarta-feira (10) a importância de Câmara dos Deputados manter a prisão de Chiquinho Brazão (ex-União Brasil-RJ), que vai seguir na cadeia, apontado por investigadores como um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), morte por integrantes do crime organizado em março de 2018 na região central do Rio.

    De acordo com a parlamentar, "o próximo passo é a denúncia e julgamento dos mandantes, para que ninguém fique impune pelo assassinato de Marielle e Anderson". "Importante decisão da Câmara de manter a prisão preventiva do deputado Brazão. A bancada bolsonarista precisa se explicar porque votou para liberação do deputado. Essa gente está sempre flertando com o errado", escreveu a parlamentar em uma de suas redes sociais.

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    Chiquinho Brazão. Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

    A ex-vereadora foi assassinada em um lugar sem câmeras no município do Rio. Antes do homicídio, dois milicianos responsáveis pelo crime perseguiram por cerca de três a quatro quilômetros o carro onde Marielle estava.

    O ex-policial militar Élcio Queiroz admitiu que dirigiu o veículo de onde partiram os tiros contra a então parlamentar, em 2018. De acordo com o delator, outro ex-PM, Ronnie Lessa, foi quem efetuou os disparos. Os dois estão presos.

    O deputado Chiquinho Brazão foi detido no mês passado junto com Domingos Brazão, irmão do parlamentar e ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ). Também foi preso Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro.

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    Da esq. para a dir.: Marielle Franco, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz. Foto: Mídia NINJA | Reprodução

    Segundo a Polícia Federal, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que está preso, atuou na "vigilância" e "acompanhamento" da ex-parlamentar. Queiroz afirmou que o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, assassinato em 2021, foi quem apresentou a Lessa o "trabalho" de matar a ex-vereadora.

    O delator Élcio Queiroz disse que o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como "Orelha", foi procurado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que trabalham com peças de carros.

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