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    Gleisi detona BC após manutenção da Selic em 10,5%: "não há justificativa técnica, econômica e moral"

    "Não será fazendo o jogo do mercado e dos especuladores que a direção do BC vai conquistar credibilidade, nem hoje nem nunca", apontou a parlamentar

    Gleisi Hoffmann, Lula e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Reuters | Marcelo Camargo/Agência Brasil | José Cruz/Agência Brasil)

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    247 - A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou duramente a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano. A parlamentar usou suas redes sociais para expressar sua indignação, destacando que a decisão não encontra respaldo em argumentos técnicos, econômicos ou morais.

    "Não há justificativa técnica, econômica e muito menos moral para manter a taxa básica de juros em 10,5%, quando nem as mais exageradas especulações colocam em risco a banda da meta de inflação. E não será fazendo o jogo do mercado e dos especuladores que a direção do BC vai conquistar credibilidade, nem hoje nem nunca", escreveu Gleisi Hoffmann em seu perfil no Twitter.

    A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a Selic, interrompendo assim o ciclo de afrouxamento monetário iniciado em agosto do ano passado, foi unânime entre os membros do Comitê. Em comunicado, o Copom justificou a medida destacando o cenário global incerto e a resiliência da atividade econômica doméstica, além da elevação das projeções de inflação e das expectativas desancoradas que, segundo o Comitê, demandam maior cautela.

    "O Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela", informou o Copom.

    A diretoria do Banco Central argumentou que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente para consolidar tanto o processo de desinflação quanto a ancoragem das expectativas em torno das metas estabelecidas.

    A crítica de Gleisi Hoffmann se soma a de outros parlamentares do Partido dos Trabalhadores. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) também manifestou sua insatisfação com a decisão do Copom. "Não há justificativa técnica para o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central, manter a taxa de juros em 10,50% ao ano", afirmou Lindbergh, caracterizando a decisão como "irresponsável".

    Para o parlamentar, a medida do Banco Central tem o objetivo de prejudicar o governo Lula e impedir o crescimento econômico do país. "Campos Neto tem o intuito claro de sabotar o governo Lula, de travar o crescimento da economia", declarou Lindbergh, acusando o presidente do Banco Central de ser um "político bolsonarista".

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