Hospitais filantrópicos do Paraná adotam energia solar e reduzem custos com eletricidade
Parceria entre Itaipu e Femipa permitirá economia anual de R$ 12 milhões, ampliando investimentos em saúde e beneficiando 80 instituições no estado
247 - Hospitais filantrópicos do Paraná darão um passo significativo rumo à sustentabilidade e à eficiência energética com a adoção da energia solar. Segundo informações divulgadas pela Itaipu Binacional, cerca de 80 instituições serão beneficiadas pelo programa Femipa Energia, desenvolvido em parceria com a Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa). O investimento total de R$ 82 milhões, majoritariamente custeado pela hidrelétrica, proporcionará uma economia estimada de R$ 12 milhões por ano, permitindo a ampliação dos atendimentos à população.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (31), em Londrina (PR), durante cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele destacou que a iniciativa pode servir de modelo para outras regiões do país. “Estamos discutindo com a Caixa (Econômica Federal), que já financia as Santas Casas de diversas formas, uma proposta para dar mais recursos para essas instituições. E este programa da Itaipu é um exemplo de como gerar mais recursos, além de reduzir os impactos das mudanças climáticas e levar a transição energética para a área da saúde”, afirmou.
A parceria integra o programa Itaipu Mais que Energia, que promove ações socioambientais alinhadas ao governo federal em todo o Paraná e em 35 municípios do Mato Grosso do Sul. A redução dos gastos com eletricidade representará aproximadamente 35% da demanda energética dos hospitais participantes. Para garantir o sucesso do projeto, a Itaipu acompanhará os indicadores de geração ao longo dos três primeiros anos, fornecendo dados para futuras iniciativas similares.
Segundo o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, o impacto social e ambiental do projeto é expressivo. “Para a Itaipu, que tem um compromisso social e ambiental muito forte, esse tipo de investimento, além de ocasionar uma redução do consumo da energia da rede, é muito importante. Esses hospitais passam a contar com sua própria energia, uma energia limpa e barata, e com isso, conseguem melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou. O diretor de Coordenação da empresa, Carlos Carboni, complementou: “É um projeto sustentável não apenas do ponto de vista ambiental, mas também econômico e social.”
A Femipa reúne 92 hospitais filantrópicos, dos quais a maioria destina entre 70% e 100% dos atendimentos ao Sistema Único de Saúde (SUS). No estado, essas instituições são responsáveis por mais de 50% dos atendimentos do SUS e por 70% dos serviços de alta complexidade, como oncologia, cardiologia e transplantes. “Portanto, é um investimento para quem mais precisa”, comemorou o presidente da Femipa, Charles London.
O convênio prevê a instalação de 18 megawatts de potência em sistemas fotovoltaicos, volume suficiente para abastecer uma cidade de 60 mil habitantes. Desses, 29 hospitais receberão painéis em telhados ou estacionamentos, com início das obras previsto para abril. Os demais serão atendidos por quatro usinas fotovoltaicas que começarão a ser construídas em junho.
Um dos beneficiados será a Santa Casa de Londrina, que atualmente tem um custo mensal de R$ 350 mil com eletricidade. Com a nova estrutura, esse valor será reduzido em R$ 120 mil, o que permitirá a ampliação dos serviços. “É um recurso que vai ser revertido na melhoria da assistência do SUS e na diminuição do déficit da Santa Casa. Então, é um benefício direto para os pacientes”, afirmou Ana Paula Cantelmo Luz, superintendente e coordenadora do Conselho de Administração da instituição.
O evento contou ainda com a presença de autoridades como o prefeito de Londrina, Tiago Amaral, os deputados federais Lenir de Assis, Luiz Carlos Hauly e Zeca Dirceu, além de representantes do Ministério da Saúde e da Itaipu Binacional. A iniciativa reforça o papel da transição energética na saúde pública e aponta caminhos para que outras instituições possam seguir a mesma trajetória rumo à sustentabilidade.
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