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    Lula: Moro e Dallagnol cometeram atos de bandidagem

    Em entrevista exclusiva à TV 247, o ex-presidente Lula afirmou que o atual ministro da Justiça e o procurador da Lava Jato não deveriam estar soltos. Lula falou ainda sobre uma eventual candidatura e que irá conversar com o povo quando deixar a prisão. Assista

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    Guilherme Levorato, 247 - O ex-presidente Lula, em entrevista exclusiva à TV 247 na última quinta-feira, reafirmou aos jornalistas Mauro Lopes, Paulo Moreira Leite e Pepe Escobar que não sairá da prisão sem sua inocência provada. Lula também disse que Moro e Dallagnol cometeram atos de “bandidagem” e falou sobre ser candidato à presidência em 2022. Lula afirmou que não aceita sair de seu encarceramento para usar tornozeleira eletrônica e esbravejou: “não quero mea culpa”. “Eu não quero sair daqui com mea culpa, eu quero sair daqui com 100% da minha inocência, não diga que: ‘vamos tirar o coitadinho porque ele está velho’. Não estou velho! ‘Vamos colocar uma tornozeleira nele’. Não sou pombo! Coloque neles a tornozeleira!”. Sobre o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, o ex-presidente falou que ambos não deveriam estar soltos e que cometeram atos de “bandidagem”.   “Quem recebe dinheiro do Estado, quem presta um concurso, quem está para servir à sociedade e faz a canalhice e a bandidagem que eles fizeram não merecem estar soltos. Agora, eu espero que a Suprema Corte, em algum momento, tomada da sabedoria de tanto estudo que as pessoas tiveram, lendo a Constituição, as pessoas façam um julgamento justo”.  

    Lula presidente?   

    Questionado sobre sua possível candidatura à presidência da República em 2022, Lula disse que espera não precisar ser um dos presidenciáveis e destacou o ex-candidato Fernando Haddad e o governador do Maranhão, Flávio Dino, como opções ao Palácio do Planalto.   “Eu espero que não, espero que o Brasil produza alternativas. Temos gente boa, temos governadores importantes do PT, temos o Flávio Dino, Fernando Haddad, que pode se transformar em uma grande liderança deste país. Espero que a gente crie alternativas e que não precise ser o Lula o candidato outra vez”. O ex-presidente voltou a falar sobre o papel do chefe do Executivo que, segundo ele, é único: cuidar do povo brasileiro. “Eu espero que tenha gente nova, espero que a gente seja capaz de produzir quadros e mais quadros e que eu me contente em ser um cabo eleitoral e viver tranquilo vendo o brasil ter um presidente que cuide desse povo. Só tem uma coisa para a gente fazer neste país: cuidar do povo. O povo brasileiro tem o direito de tomar café da manhã, de almoçar, de jantar, de trabalhar, de ter acesso a cultura, de poder descansar umas férias, de poder comprar um presente no Natal, é elementar”.    

    Força política    

    Lula afirmou que não abre mão de sua força política e que, ao sair da prisão, irá conversar com a população brasileira e desmentir as declarações que o Jornal Nacional fala sobre ele.   “Uma coisa que eu não abro mão é de ter força política. Eu sempre dizia no PT e no sindicato o seguinte: quem quiser vir para o meu lugar só tem um jeito: trabalhar mais do que eu. Quando eu sair daqui o Moro se prepare, o Dallagnol se prepare e o Bolsonaro que se prepare porque eu vou para a rua e vou conversar com o povo brasileiro, vou discutir. Eu sei que é um trabalho árduo de convencer o povo brasileiro de muitas coisas, eu tenho quantas horas de Jornal Nacional dizendo que eu sou bandido e dizendo que o Moro é bandido?”.  O ex-presidente reafirmou que não é possível “acabar com o Lula” porque Lula já é uma ideia. “O que eles ficam muito nervosos é como é que eles não conseguiram destruir o Lula ainda? Não vão destruir porque o Lula não é o Lula, eu já falei para eles. O Lula representa uma ideia de ascensão que esse povo pobre aprendeu a ter, as pessoas aprenderam a comer três vezes ao dia, aprenderam a ter um trabalho registrado com carteira profissional”.   

    Ódio   

    Sobre harmonia e ódio, Lula fez uma bonita declaração ao comentar que recebeu notícias de que famílias brasileiras estavam brigando por conta de opiniões divergentes acerca de política. “Essa sociedade precisa viver. Um presidente que destampa a panela de pressão do ódio e deixa evaporar o ódio, nós precisamos de paz, de tranquilidade, de harmonia. Este país sempre foi um país alegre, um país harmônico. Hoje recebi informações aqui dentro de que a família não se reúne mais, de que filho não vai mais almoçar na casa do pai, que irmão não se encontra mais com irmão porque estão discordando da política. Não é para isso que a política foi feita, nem no Brasil nem no mundo”. 

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