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MTST ocupa prédio no centro de Porto Alegre para cobrar solução digna para vítimas das enchentes no RS

O movimento se posiciona contra as “cidades temporárias”, solução proposta pela Prefeitura de Porto Alegre para abrigar as vítimas da enchentes

Ocupação do MTST no centro de Porto Alegre (Foto: MTST-RS/Instagram/Divulgação)

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247 - O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou no último sábado (8) o antigo prédio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), no Centro Histórico de Porto Alegre, informa o jornal Sul 21. A ocupação foi batizada com o nome da economista Maria da Conceição Tavares, que faleceu no sábado (8), e tem como objetivo cobrar do poder público uma solução digna para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

O movimento se posiciona contra a solução proposta pela Prefeitura de Porto Alegre, que quer criar “cidades temporárias” com estruturas semelhantes a barracas em espaços da cidades para abrigar as vítimas das cheias que perderam as suas casas. Foram cerca de 160 mil pessoas afetadas na cidade, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus).

Na avaliação do MTST, as cidades temporárias violam uma série de direitos básicos da população, reduzindo o acesso ao transporte público, equipamentos de saúde, assistência social e educação. Outro problema seria o alto risco sanitário em reunir um grande número de pessoas durante o inverno gaúcho, quando a proliferação de doenças respiratórias aumenta.

A solução proposta pelo movimento indica a adaptação de imóveis como o que foi ocupado. “O MTST ocupou para mostrar que a adaptação desses imóveis para moradia popular é possível. Assim como as demais organizações políticas da classe trabalhadora, o nosso movimento provou o potencial de organização coletiva que foi fundamental para as ações de resgate, alimentação e acolhimento de diferentes demandas da população em tempos de eventos climáticos extremos. Queremos juntos construir um futuro digno e com garantia de direitos para toda a sociedade gaúcha”, disse a coordenadora nacional do MTST Cláudia Ávila.

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