Brasil retoma produção industrial e geração empregos, aponta CNI
Segundo a instituição, "todos os indicadores apontam expectativas mais otimistas quando comparados à média histórica do período"
247 - Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que grandes e médias empresas industriais retomaram o ritmo de produção em março de 2024. O indicador de evolução de produção marcou 51 pontos no terceiro mês deste ano, diferentemente de fevereiro, quando estava em 48,5 pontos. O índice de evolução do número de empregados atingiu 50,4 pontos em março e segue 2 pontos acima da média para o período do ano.
"Todos os indicadores apontam expectativas mais otimistas quando comparados à média histórica do período", afirmou a CNI. Foram entrevistadas 1576 empresas de pequeno, médio e grande porte por mês, entre os dias 1° e 9 de abril de 2024.
A taxa média de desemprego no Brasil foi de 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, "a indústria começou 2024 com o mercado de trabalho aquecido e as pesquisas mostram que essa tendência continua". "Entretanto, apesar das altas na produção e no emprego, a demanda interna ainda é um problema para os empresários industriais".
O indicador de intenção de investimento atingiu 57,0 pontos este mês, após avançar 0,5 ponto em relação a março. Com a alta, o índice está 5,1 pontos acima da média histórica da série (51,9 pontos).
Os dados mostraram que o índice de evolução do preço de matérias-primas aumentou 2 pontos, de 54,8 para 56,8 pontos, e indica uma percepção de alta de preços mais intensa e disseminada.
A falta ou alto custo de matéria-prima retornou ao ranking de principais problemas apontados pela indústria, em terceira posição com 19,6% das respostas. A elevada carga tributária continua em primeiro lugar, apontada por 35,7% dos empresários. Em segundo, segue a demanda interna insuficiente, assinalada por 30,6%. As posições são as mesmas verificadas no final de 2023.
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