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    CNI: expectativa de demanda, compras de insumos e número de empregados aumenta no setor industrial

    Também houve alta nos índices de satisfação financeira, e com o lucro na indústria. Câmbio e custo de matéria-prima estão entre as principais preocupações

    Indústria (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

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    247 - Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o índice de expectativa de demanda entre representantes do setor industrial brasileira avançou de 56,4 pontos para 57,7 pontos. De acordo com os números, o indicador de expectativa de compras de insumos aumentou de 54,7 pontos para 55,9 pontos; e o de número de empregados avançou de 51,8 pontos para 52,6 pontos. Apenas o índice de expectativa de exportação permaneceu em 52,8 pontos.

    A intenção de investimento da indústria brasileira ficou estável entre junho e julho, ao variar de 57,4 pontos para 57,3 pontos. Essa intenção de investir está em um patamar elevado frente à média histórica de 52 pontos e tem seguido estável em torno desse patamar ao longo do ano.

    As estatísticas apontaram que o índice de satisfação com a situação financeira avançou 0,8 ponto, para 50,3 pontos. O índice de satisfação com o lucro avançou de 44,4 pontos para 45 pontos.

    Preocupações

    A pesquisa com 1.492 empresas de pequeno, médio e grande porte, entre os dias 1° e 9 de julho, apontou que a taxa de câmbio passou da 17ª para a 4ª colocação no ranking de principais problemas enfrentados pela indústria, no segundo trimestre de 2024. De acordo com os números, 19,6% dos representantes das empresas industriais relataram preocupação com o valor do dólar, pois uma parte dos insumos são importados. A moeda norte-americana está acima dos R$ 5.

    No levantamento da CNI, a carga tributária segue em primeiro lugar, com 35,5% das assinalações. Em segundo lugar está a demanda interna insuficiente, com 26,3% de assinalações. E, em terceiro, a falta ou alto custo da matéria-prima, com 23,1%. "É um cenário que acende um alerta, pois afeta a produtividade e a competitividade dos produtos brasileiros", explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

    Segundo os empresários, o preço médio dos insumos aumentou de forma intensa e disseminada neste segundo trimestre. O índice saiu de 56,8 pontos para 61,3 pontos, na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano - e é o maior desde o segundo trimestre de 2022 (66,9 pontos). Na época, a indústria enfrentava uma crise na cadeia de fornecimento por conta da pandemia de Covid-19.

    Produção industrial e emprego

    O índice de evolução do nível de estoques caiu de 48,9 pontos para 48,2 pontos em junho de 2024. Adicionalmente, o índice de estoques efetivo em relação ao planejado foi de 49,2 pontos para 48,6 pontos. Isso indica que os estoques de produtos acabados estão bem abaixo do planejado pelas empresas.

    “Os industriais vão precisar trabalhar mais, produzir mais, para recompor os estoques e atender a demanda do mercado”, afirma Azevedo.

    A produção industrial segue abaixo da linha de 50 pontos, que indica queda. O indicador saiu de 47,4 pontos, em maio, para 48,7 pontos, em junho, e mostra um recuo menor e menos disseminado.

    Já o número de empregados da indústria ficou estável na passagem de maio para junho, o que foge do usual para o período, que costuma registrar queda no número de empregados. O índice de evolução do número de empregados ficou em 50 pontos e indica um mês melhor para o mercado de trabalho industrial do que em 2023, quando o índice estava em 48,6 pontos.

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