Lula volta a criticar privatização da Eletrobras: 'empresa extraordinária, de interesses de segurança nacional'
"Foi privatizada em nome da 'honestidade', em nome de que é preciso acabar com o Estado", pontuou o presidente
247 - Em evento nesta sexta-feira (19) em São José dos Campos (SP), para anúncio de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) à exportação de aeronaves produzidas pela Embraer, o presidente Lula (PT) voltou a criticar a privatização da Eletrobras, citando o caráter estratégico da empresa.
"A Eletrobras, uma empresa extraordinária, de interesses de segurança nacional, uma empresa que era modelo, exemplo, foi privatizada em nome da 'honestidade', em nome de que é preciso acabar com o Estado", lamentou.
Em seguida, ele citou a disparada nos salários dos diretores da companhia: "um diretor da Eletrobras quando ela era pública ganhava R$ 60 mil por mês. Aí privatizaram, botaram um bando de gente lá. Sabe para quanto foi o salário do diretor-presidente? R$ 360 mil por mês, numa demonstração do que conseguem fazer com a indústria brasileira".
O presidente também falou sobre os planos do governo Jair Bolsonaro (PL) para vender a Embraer e comemorou o fato de a gestão passada não ter tido êxito neste ponto. "Todo país que se preza, que tem noção de nação, que se respeita, tem coisas que são ‘imexíveis’. Eu fiquei muito triste quando eu acompanhava pela imprensa que o governo estava facilitando a venda da Embraer para a Boeing e que a Embraer ia ficar com menos gente aqui e que a Boeing ia produzir o avião. Eu fiquei imaginando como pode um país que tem uma empresa da magnitude da Embraer, com engenharia formada aqui nesse país, a terceira empresa de aviação do mundo, como pode alguém achar que é só vender e que tudo vai melhorar? Até quando a sociedade brasileira vai acreditar nessas coisas? Graças a Deus não deu certo e a Embraer está aqui outra vez".
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