FIEMG critica possível alta dos juros e alerta para impactos negativos na indústria
Última projeção do Relatório Focus do Banco Central para a taxa básica de juros (Selic) em 2024 ficou estável em 11,25%
247 - A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) criticou, em nota nesta segunda-feira (16), as projeções do mercado financeiro de alta na taxa básica de juros, atualmente em 10,50%.
Segundo a entidade, uma alta nos juros na próxima reunião do Copom, marcada para esta terça-feira (17), comprometeria a capacidade produtiva e gerariam impactos negativos para o crescimento da economia.
"A indústria, que já vinha sendo afetada, pode ser ainda mais prejudicada, com a limitação de sua capacidade de investimento e a redução de sua competitividade", diz a nota. Leia a íntegra:
Preocupação quanto à elevação da taxa de juros coloca a economia em alerta
Nas últimas semanas, o relatório Focus do Banco Central revisou sua projeção para a taxa Selic em 2024. A nova expectativa aponta para uma taxa de juros de 11,25%, 0,75 pontos percentuais acima do patamar atual. Esse ajuste sugere que o Comitê de Política Monetária (Copom) irá retomar o ciclo de elevação da Selic já na próxima reunião, que ocorrerá amanhã. Tal cenário coloca a economia em alerta, intensificando a política monetária contracionista.
Ampliar o patamar contracionista da política monetária gera impactos significativos em toda a economia. A capacidade produtiva é seriamente comprometida, desestimulando os investimentos e gerando efeitos sistêmicos. A indústria, que já vinha sendo afetada, pode ser ainda mais prejudicada, com a limitação de sua capacidade de investimento e a redução de sua competitividade. Esses fatores, somados, provocam um impacto profundamente negativo sobre o crescimento econômico, a criação de empregos e a renda da população.
A FIEMG expressa sua profunda preocupação com a possibilidade de elevação na taxa de juros e sinaliza a necessidade de uma abordagem do Copom mais proativa nas próximas reuniões. Uma taxa de juros mais equilibrada e estável é fundamental para permitir que a economia se fortaleça e se recupere. O Banco Central precisa agir com determinação e tomar medidas audaciosas para evitar que a economia brasileira entre em estado de estagnação. A FIEMG reafirma a necessidade de ajustes na política monetária, a fim de promover um ambiente mais favorável ao crescimento econômico sustentável e à geração de empregos.
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
16 de setembro de 2024
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