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    Mercadante: 'novo instrumento para financiar a indústria, Letras de Crédito do Agronegócio reduzirão os juros do BNDES'

    'Só ela nos permitirá reduzir todas as taxas de juros do banco', afirmou o presidente da instituição

    Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira (28), em Brasília (DF) que as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são um "instrumento novo para financiar a indústria". "Só ela nos permitirá reduzir todas as taxas de juros do BNDES". De acordo com o dirigente, a expectativa de redução da taxa atual do Banco é da ordem de 1 ponto percentual. De acordo com a instituição bancária, LCA é título de crédito, "de emissão de instituições financeiras públicas ou privadas, que conferem direito de penhor sobre os direitos creditórios do agronegócio a elas vinculados".

    "O BNDES realiza leilões de LCAs perante instituições habilitadas em plataformas eletrônicas de negociação. Ao adquirir LCAs do BNDES, o seu titular estará aderindo e ficará vinculado a todas as disposições contidas no Regulamento Aplicável às Emissões de Letras de Crédito do Agronegócio".

    O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) implementou, em janeiro deste ano, a política pública Nova Indústria Brasil (NIB). No âmbito do Plano Mais Produção, R$ 300 bilhões serão destinados ao setor, até 2026, sendo R$ 250 bilhões recursos do BNDES para financiamento contínuo à indústria em quatro eixos principais: produtividade, inovação, exportação e verde.

    No âmbito do plano, até abril de 2024, o BNDES já aprovou R$ 103,6 bilhões para 83,6 mil operações do setor industrial. Os dados estão disponíveis na plataforma Painel do Plano Mais Produção, que reúne informações sobre projetos aprovados e o montante desembolsado pelo Banco. Já as aprovações de crédito do BNDES para a indústria, no primeiro trimestre de 2024, cresceram 189% (R$ 6,9 bilhões), segundo dados do desempenho operacional do Banco, divulgado no início do mês.

    "Os bancos públicos, com capital paciente, em que o interesse não é o lucro imediato, são parceiros fundamentais no processo de dar mais competitividade ao financiamento da indústria", disse Mercadante, em cerimônia na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

    "Sem inovação, não há chance na economia contemporânea. Aumentamos em 160% as inovações, porque temos a TR de 2% de juros ao ano", disse. Ele também agradeceu aos deputados pela aprovação na Câmara da LCD. “Como a agricultura tem a LCA e o Plano Safra, o setor imobiliário tem a LCI, e a indústria não tem um instrumento para se financiar?", ponderou.

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