Agência Brasil – Os governos do Brasil e do Reino Unido iniciaram ações de cooperação para políticas conjuntas de descarbonização da indústria, o que é considerado fundamental para a proteção do meio ambiente. A parceria busca viabilizar a transição para energia limpa com minerais estratégicos e hidrogênio de baixo carbono, por exemplo. 
A estrutura de cooperação entre os dois países foi chamada de “hub de descarbonização”. Essa ação conjunta <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/meio-ambiente/noticia/2024-11/cop29-fecha-acordo-climatico-e-chefe-da-onu-critica-resultado#:~:text=Os%20participantes%20da%2029%C2%AA%20Confer%C3%AAncia,mitiga%C3%A7%C3%A3o%20da%20crise%20do%20clima.">foi celebrada na COP29</a>, que aconteceu em Baku, no Azerbaijão, em novembro, e deve ser motivo de novas discussões na COP30, em Belém (PA), no ano que vem.
Segundo o economista Clovis Zapata, representante da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), no Brasil, o principal desafio para a descarbonização da indústria no Brasil seria o desenvolvimento de modelos de negócios capazes de difundir tecnologias de baixo carbono aliadas ao crescimento econômico. 
“Incluindo segmentos cujo próprio processo industrial pode ser de difícil descarbonização (como aço, cimento e petroquímicos)”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.
<h2>Investimento</h2>
Um ponto importante seria a necessidade, trazida pelo setor industrial brasileiro, de mais facilitação de investimentos em descarbonização e modernização sustentável da infraestrutura. A parceria entre os governos pretende atrair recursos técnicos e financeiros nacionais e internacionais para projetos e políticas públicas de descarbonização.
“O Reino Unido contribui com financiamento climático, expertise em tecnologias inovadoras e experiência em políticas públicas voltadas para a descarbonização”, afirmou Zapata. 
<h2>Brasil como referência</h2>
De acordo com o representante da Unido, essa colaboração dos europeus complementa iniciativas do Brasil já reconhecidas no desenvolvimento e na utilização de energias renováveis e biocombustíveis. 
Nesses setores, para o economista, o Brasil seria referência global. “Juntos, os dois países podem criar um ambiente mutuamente benéfico de cooperação bilateral que promove soluções inovadoras e replicáveis globalmente, servindo como referência, em especial, para outros países do Sul Global com desenvolvimento semelhante ao Brasil”, explicou. 
O apoio do Reino Unido para o Brasil incluiria investimentos financeiros com a participação de governos, empresas, fundos, instituições financeiras e organizações internacionais.
O representante da Unido diz que o Hub de Descarbonização Industrial já está em operação com chamadas públicas abertas pela própria entidade da ONU para o desenvolvimento de projetos e estudos em segmentos estratégicos.
Confira os <a href="https://www.gov.uk/government/publications/industrial-decarbonisation-hub-brazil-uk-memorandum-of-understanding/f50387db-a12c-49a5-b876-a073b31ad007">termos de acordo</a> entre Brasil e Reino Unido. 
<h2>Descartes </h2>
Outro desafio é que chamam a atenção da comunidade internacional os eventuais problemas de descarte de tecnologias que são utilizadas para implementação de energia limpa, como a solar e a eólica. 
O representante da Unido garantiu que já existem parceiros internacionais com projetos de coleta e tratamento adequado de produtos no final de seu ciclo de vida. “Tanto o Reino Unido como a União Europeia têm uma legislação avançada para estes produtos no final de seu ciclo de vida, e sistemas amplos de coleta e tratamento, que incluem descontaminação e reciclagem”. A ideia é que, em 2025, exista também no Brasil um projeto de cooperação com o governo federal para aprimorar o sistema de tratamento e a reciclagem de materiais e metais críticos.

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Brasil Sustentável

Brasil e Reino Unido fazem parceria para descarbonizar indústrias

247, com Agência Brasil – A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, classificou a COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, como uma “experiência difícil”. A declaração foi feita durante o discurso final neste sábado (23), em uma conferência marcada por negociações tensas e divergências sobre o financiamento climático. “É fundamental, sobretudo após a difícil experiência que estamos tendo aqui em Baku, chegar a um resultado minimamente aceitável para todos nós, diante da emergência que estamos vivendo”, afirmou Marina, destacando a frustração com os impasses entre países ricos e em desenvolvimento.
As discussões sobre o financiamento climático, que deveriam ter sido concluídas na sexta-feira (22), ultrapassaram o prazo devido às divergências sobre as responsabilidades dos países ricos em relação às nações mais vulneráveis. Marina criticou a proposta inicial de US$ 280 bilhões até 2035, que evoluiu para US$ 300 bilhões anuais – ainda distante do valor de US$ 1 trilhão demandado pelos países em desenvolvimento.
“Aqueles que estão em países mais vulneráveis precisam já de mecanismos que permitam adaptação e transição. Esses recursos não são um benefício unilateral, mas uma ação global para enfrentar a crise climática”, reforçou a ministra.
<h3>COP30: a “COP das COPs”</h3>
Marina Silva voltou as atenções para a COP30, marcada para novembro de 2025 em Belém, no Pará. Para ela, o evento será um marco na luta climática global. “Fazer da COP30, no território tão simbólico da Amazônia, o momento da vida para restaurar tudo aquilo que parece que estamos perdendo é um dos maiores desafios que temos pela frente”, afirmou, chamando o encontro de “COP das COPs”.
A escolha da Amazônia como sede reforça o simbolismo do bioma na agenda ambiental internacional. “Será uma oportunidade para reafirmarmos o compromisso com as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e avançarmos em metas concretas para limitar o aquecimento global a 1,5°C”, declarou.
<h3>Posição dos Estados Unidos</h3>
Questionada sobre o impacto da eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2025, Marina expressou preocupação, mas lembrou que a comunidade internacional não interrompeu seus esforços mesmo em momentos de ausência de liderança climática por parte dos EUA. “O convite para que os Estados Unidos se comprometam com a redução de emissões está feito. Não deixamos de avançar, mas a ausência deles é um prejuízo para todos, inclusive para o povo americano, que enfrenta eventos climáticos extremos cada vez mais intensos”, pontuou.
<h3>Créditos de carbono: avanço parcial</h3>
Até o final da plenária, os países presentes na COP29 chegaram a um acordo sobre as regras para um mercado global de créditos de carbono. A iniciativa busca regular a compra e venda de emissões evitadas de dióxido de carbono, promovendo a transição para energias limpas e iniciativas de reflorestamento.
Apesar desse avanço, a insatisfação das delegações de países insulares e de pequenos Estados em desenvolvimento resultou em protestos contra a falta de inclusão de suas demandas no texto final. Marina destacou a importância de trazer todos de volta ao processo: “Assumimos o compromisso de não deixar ninguém para trás. É fundamental que cada grupo veja suas necessidades contempladas”, concluiu.
A COP29, ainda que marcada por dificuldades, reforçou o papel central do Brasil no debate climático global, enquanto o país se prepara para liderar a próxima conferência em um dos biomas mais estratégicos do planeta.

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Meio Ambiente

“Difícil experiência”, avalia Marina Silva sobre os desafios da COP29 em Baku

Por Valerie Volcovici e Gloria Dickie
BAKU (Reuters) - A cúpula do clima COP29 ultrapassou o prazo originalmente estabelecido, nesta sexta-feira, depois que um acordo preliminar propondo que as nações desenvolvidas assumissem a liderança para fornecer 250 bilhões de dólares por ano em financiamento climático até 2035 gerou críticas de todos os lados.
Mostrando algum progresso no final da sexta-feira, a presidência da COP29 divulgou o que espera ser um acordo final para resolver as regras em torno dos mercados de carbono.
No entanto, os governos mundiais ainda trabalhavam até tarde da noite na cúpula climática da ONU para elaborar um amplo plano de financiamento para enfrentar as mudanças climáticas.
As negociações de duas semanas, realizadas na capital do Azerbaijão, Baku, foram marcadas por divisões entre os países ricos, que lutam contra custos altos, e os países em desenvolvimento, que pressionam por mais recursos.
Muitos esperavam, até o final da sexta-feira, que a proposta de 250 bilhões de dólares pudesse ainda ser maior.
"Estou muito irritado. É ridículo, simplesmente ridículo", disse o enviado climático do Panamá, Juan Carlos Monterrey Gomez, criticando a meta proposta como muito baixa.
"Parece que o mundo desenvolvido quer que o planeta queime", afirmou.
Do outro lado, um negociador europeu disse à Reuters que a mesma proposta era desconfortavelmente alta e não fazia o suficiente para aumentar o número de países que devem contribuir para o financiamento.
"Ninguém está confortável com o número, porque ele é alto e não há quase nada sobre o aumento da base de contribuintes", disse o negociador.
Analistas afirmam que, para a União Europeia e outros contribuintes, a meta de 250 bilhões de dólares exigiria apenas um aumento modesto em relação ao que já gastam com financiamento climático.
A meta final incluiria 120 bilhões de dólares prometidos por bancos multilaterais de desenvolvimento, além de 65 bilhões de dólares em investimentos privados que os bancos projetaram atrair.
"Sem muito esforço, os países desenvolvidos devem ser capazes de atingir esse valor até 2030", disse David Waskow, diretor da iniciativa climática internacional World Resources Institute.
Além da UE, os países contribuintes incluiriam Austrália, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Noruega, Canadá, Nova Zelândia e Suíça.
O texto inicial convidava os países em desenvolvimento a contribuírem voluntariamente e enfatizava que isso não afetaria seu status como nações "em desenvolvimento" na ONU, algo que é fundamental para países como China e Brasil.
"Isso ainda não significa um acordo, mas pelo menos não estamos sem nenhuma perspectiva", disse a enviada especial do clima da Alemanha, Jennifer Morgan.
Na noite desta sexta-feira, a presidência da COP29 publicou um acordo esperado para os mercados de carbono, que poderia ser aprovado no sábado, junto com um acordo final da COP29 sobre financiamento climático.
As negociações em Baku foram atrapalhadas por conta das incertezas trazidas pelo futuro papel dos Estados Unidos após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial de 5 de novembro. Trump, que assume o cargo em janeiro, prometeu retirar os EUA, o maior emissor histórico de gases de efeito estufa do mundo, dos esforços climáticos globais.
A presidência da COP29 no Azerbaijão expressou esperança de que os negociadores encontrassem logo um acordo sobre a meta de financiamento climático.
"O texto inicial não corresponde à nossa meta justa e ambiciosa, mas continuaremos a dialogar com as partes", disse o principal negociador do Azerbaijão, Yalchin Rafiyev.
O acordo preliminar também estabelece uma meta mais ampla de arrecadar 1,3 trilhão de dólares anualmente para financiamento climático até 2035, por meio de financiamento público e do investimento privado que ele pode ajudar a desbloquear.
Economistas estimam que os países em desenvolvimento precisarão de acesso a pelo menos 1 trilhão de dólares por ano até o final da década. Mas preencher a lacuna entre as promessas governamentais e as privadas pode ser complicado, alertaram negociadores.
"Essa meta precisará ser apoiada por ações bilaterais ambiciosas, contribuições dos bancos multilaterais de desenvolvimento e esforços para mobilizar melhor o financiamento privado, entre outros fatores críticos", disse um alto funcionário dos EUA.
O compromisso atual de financiamento climático de 100 bilhões de dólares por ano termina em 2025. Sem uma nova meta coletiva acordada no processo da ONU, alguns dos países mais pobres e mais vulneráveis aos impactos climáticos teriam poucas garantias do dinheiro necessário. Isso significa que tais países têm um incentivo para negociar arduamente, mas até os mais insatisfeitos têm motivos para não abandonar ou bloquear um acordo.
"Estamos muito longe de 1,3 trilhão de dólares", disse M. Riaz Hamidullah, um funcionário do Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh, que descreveu as negociações finais como um "jogo entre maximalistas e minimalistas".
Muitas COPs anteriores frequentemente foram além do prazo estimado.
O confronto sobre o financiamento para países em desenvolvimento ocorre em um ano que, segundo cientistas, está destinado a ser o mais quente já registrado. Os problemas climáticos estão se acumulando devido ao calor extremo, aumentando os apelos por mais financiamento para enfrentá-los.
Inundações mataram milhares na África este ano, enquanto deslizamentos de terra mortais soterraram vilarejos na Ásia. A seca na América do Sul dizimou rios e afetou meios de subsistência.
Os países desenvolvidos não foram poupados. Chuvas torrenciais no mês passado em Valência, na Espanha, desencadearam inundações que mataram mais de 200 pessoas, e os Estados Unidos já registraram 24 desastres de bilhões de dólares -- apenas quatro a menos que no ano passado.

Sede da cúpula do clima COP29 em Baku, Azerbaijão
22/11/2024

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Cúpula do clima COP29 enfrenta impasse de US$ 250 bilhões e tem prazo estourado

247 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu nesta terça-feira (12) uma transição com o objetivo de acabar com o uso de combustíveis fósseis.
"É preciso traçar o mapa do caminho para a transição para o fim do uso do combustível fóssil e que a gente faça o mapa do caminho para o fim do desmatamento", disse a ministra em discurso no pavilhão brasileiro na COP 29, em Baku, Azerbaijão, reforçando a necessidade de mecanismos viáveis de financiamento para medidas ambientais.
Sobre o cenário político dos Estados Unidos, a ministra prevê que os esforços de combate às mudanças climáticas continuarão apesar da vitória de Donald Trump nas últimas eleições presidenciais.&nbsp;
“O esforço climático que já vem andando desde 1992 não vai ser diminuído em função de determinadas sazonalidades políticas. Os EUA são um país importante, o segundo maior emissor do mundo. Mas tem estados que são independentes, as políticas não vão ser descontinuadas”, disse.&nbsp;

Marina defende "mapa para o fim dos combustíveis fósseis" em discurso na COP29

Reuters – Durante a COP29, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, realizada em Baku, Azerbaijão, os países participantes aprovaram nesta segunda-feira (11) um conjunto de normas de qualidade para créditos de carbono, um passo essencial para o lançamento de um mercado global de carbono apoiado pela ONU, que financiará projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa.
O aval foi dado logo no início da conferência de duas semanas, marcando um acordo antecipado que poderá permitir o início das operações do mercado global já no próximo ano, segundo negociadores presentes. O evento também inclui discussões sobre financiamento climático, mas expectativas de avanços significativos foram contidas pela recente vitória eleitoral de Donald Trump nos Estados Unidos. Trump já sinalizou a intenção de retirar novamente o país do Acordo de Paris, o que poderia impactar a participação americana nas iniciativas globais de combate às mudanças climáticas.
Impacto e recepção global
Juan Carlos Arredondo Brun, ex-negociador climático do México e atualmente membro da empresa Abatable, destacou a importância do endosso: “Isso nos levará mais perto de operacionalizar o mercado de carbono antes que qualquer parte decida se afastar do Acordo de Paris”.
O mercado de carbono, em teoria, permitirá que países e empresas compensem suas emissões comprando créditos de projetos que reduzem ou removem CO2 da atmosfera. Esses projetos podem incluir a plantação de manguezais, conhecidos por sua alta capacidade de absorção de CO2, ou a distribuição de fogões mais limpos para substituir métodos poluentes em comunidades rurais.
A aprovação das normas busca garantir a credibilidade dos projetos, respondendo a preocupações de que muitas iniciativas podem não fornecer os benefícios climáticos prometidos. No entanto, críticos apontaram falhas nas normas, especialmente em relação à proteção dos direitos humanos das comunidades afetadas. Rebecca Iwerks, co-diretora da organização sem fins lucrativos Namati, alertou: “A falta de um padrão robusto pode, na verdade, prejudicar o desenvolvimento do mercado”.
Controvérsias sobre o processo de aprovação
O processo de aprovação das normas também foi alvo de críticas. Kevin Conrad, diretor executivo da Coalizão para Nações de Florestas Tropicais e ex-representante climático de Papua-Nova Guiné, expressou reservas sobre a forma como a decisão foi tomada: “Apoiamos o que foi feito, mas não da maneira como foi feito”, afirmou, referindo-se ao fato de que as regras foram estabelecidas por um pequeno grupo de especialistas técnicos, deixando alguns países sem voz no processo.
Futuro do mercado global de carbono
Espera-se que a criação de um mercado global robusto aumente o interesse de investidores e possibilite uma transação estimada de US$ 250 bilhões por ano até 2030, com uma potencial redução de 5 bilhões de toneladas métricas de emissões de carbono anualmente, de acordo com a International Emissions Trading Association.
O desdobramento dessas discussões em Baku pode ser decisivo para o futuro do combate global às mudanças climáticas, mas os desafios permanecem, tanto na proteção de comunidades locais quanto na garantia de participação equitativa no processo de desenvolvimento das normas.

COP29 lança estrutura para mercado global de créditos de carbono

247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse em entrevista à <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/10/brasil-e-azerbaijao-vao-propor-fundo-para-transicao-energetica-com-recursos-do-petroleo-diz-silveira.shtml">Folha de S. Paulo</a> que Brasil e Azerbaijão vão apresentar uma proposta para a criação de um fundo global para a transição energética com recursos do petróleo. A parceria foi acertada durante reunião do G20 da área de energia em Foz do Iguaçu, no Paraná, durante esta semana.
Segundo Silveira, a criação desse fundo vai permitir a diminuição de desigualdades na transição energética. "O fundo do petróleo para promover uma transição energética justa e inclusiva é quase uma unanimidade internacional", disse. O ministro defendeu a utilização desses recursos para sustentar o auxílio gás no Brasil. “Nós apontamos fonte juridicamente adequada de financiamento para o programa, na minha compreensão. Agora, naturalmente, a liderança do ministro Haddad, respeitada por todos nós como o condutor da área econômica, saberá o que é melhor", afirmou.
Alexandre Silveira também falou sobre a redução da exploração de petróleo no contexto de transição energética. Na opinião do ministro, o fim da exploração petrolífera pelo Brasil, neste momento, seria um crime de lesa-pátria. “Sem dúvida, isso seria um crime lesa-pátria contra o Brasil. Não é algo que cabe a um país em desenvolvimento, com tudo por fazer, com a necessidade de promover inclusão social, combater a fome, gerar emprego e renda, de arrecadar recursos. A própria palavra já responde essa questão. Estamos numa transição”, opinou sobre a recomendação da Agência Internacional de Energia para que o mundo pare de perfurar novos poços de petróleo.

Alexandre Silveira, lançamento da Política Nacional da Transição Energética, 26 de agosto de 2024

Brasil

Brasil e Azerbaijão vão propor fundo global para transição energética com recursos do petróleo

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta sexta-feira (30) que participará da 16ª Cúpula do BRICS, que será realizada na cidade russa de Kazan, de 22 a 24 de outubro.
"Vou agora para a Rússia nos BRICS", disse Lula durante cerimônia de investimentos do governo federal para o estado da Paraíba, ao comentar a reinserção do Brasil no cenário global após o último governo, que isolou diplomaticamente o país.&nbsp;
O presidente também confirmou que irá à COP 29 (Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), no Azerbaijão, que será realizada entre os dias 11 e 22 de novembro.&nbsp;

Mundo

Lula confirma visita à Rússia para cúpula do BRICS em outubro

(Sputnik) - O Azerbaijão apresentou oficialmente seu pedido de adesão aos BRICS, informou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Azerbaijão, Aykhan Hajizada, nesta terça-feira.
"O Azerbaijão já enviou uma solicitação oficial para se juntar ao BRICS", disse Hajizada.
Os BRICS foram estabelecidos em 2009 como uma plataforma de cooperação para as maiores economias emergentes, unindo Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul juntou-se ao grupo em 2010. A Rússia assumiu a presidência rotativa do bloco em 1º de janeiro. No mesmo dia, os BRICS expandiram sua membresia para incluir Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos. A Arábia Saudita ainda não formalizou sua participação, mas tem participado das reuniões dos BRICS.

Azerbaijão apresenta pedido formal para aderir aos BRICS

247 - A Rússia confirmou sua prontidão para facilitar a normalização das relações entre Azerbaijão e Armênia, de acordo com uma declaração conjunta dos líderes russos e azerbaijanos divulgada nesta segunda-feira (19). O presidente russo, Vladimir Putin, chegou à capital do Azerbaijão, Baku, para uma visita de Estado de dois dias no último domingo (18).&nbsp;
Em novembro do ano passado, o Azerbaijão retomou uma ofensiva, capturando a região de Nagorno-Karabakh e forçando dezenas de milhares de armênios étnicos a fugirem. Os dois vizinhos estão envolvidos em um processo de delimitação e demarcação de fronteiras.
"As partes enfatizaram a importância da declaração trilateral de novembro de 2020, bem como dos acordos subsequentes alcançados no mais alto nível, para garantir segurança e desenvolvimento sustentável no Cáucaso do Sul. A Rússia confirmou sua prontidão para continuar facilitando a normalização das relações entre Azerbaijão e Armênia", diz a declaração, citada pelo Kremlin.
Além disso, o presidente Putin afirmou após conversas com seu homólogo azerbaijano, Ilham Aliyev, que a Rússia está pronta para facilitar a delimitação e demarcação das fronteiras entre Azerbaijão e Armênia.
Durante as conversas, Putin afirmou que Moscou ficaria feliz se pudesse ajudar a assinar um acordo de paz sobre Nagorno-Karabakh. &nbsp;"Se pudermos fazer algo para avançar na assinatura de um acordo de paz, para promover a desmilitarização e a demarcação da fronteira... ficaríamos muito satisfeitos com isso", afirmou Putin.
Putin destacou que o Azerbaijão busca resolver a situação em Nagorno-Karabakh e acrescentou que pretende informar o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, sobre os resultados das negociações em Baku.
Da sua parte, Aliyev disse que o Azerbaijão está satisfeito com o nível de interação com a Rússia. "Hoje... continuamos nossa comunicação. Na verdade, começamos ontem, com uma troca detalhada de opiniões sobre questões importantes da agenda bilateral e da segurança regional. Hoje, continuaremos tanto em formato restrito quanto em formato ampliado. Estou muito satisfeito com o nível de interação entre os países, e a declaração sobre cooperação aliada que assinamos em fevereiro de 2022 está sendo implementada com sucesso", disse Aliyev na reunião.&nbsp;
Mais cedo nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, afirmou que a Rússia defende a rápida conclusão de um tratado de paz, bem como o desbloqueio das comunicações entre a Armênia e o Azerbaijão.&nbsp;
"Defendemos a rápida conclusão de um tratado de paz e o desbloqueio das comunicações. Infelizmente, no que diz respeito às comunicações pela região de Syunik, na Armênia, é a liderança armênia que está sabotando o acordo assinado pelo primeiro-ministro Nikol Pashinyan. É difícil entender o sentido de tal posição", disse Lavrov ao Canal Um.
O mais importante hoje é seguir o espírito de uma série de acordos trilaterais alcançados pelos líderes da Rússia, Azerbaijão e Armênia entre 2020 e 2022, acrescentou o ministro.
"A base estabelecida no âmbito das reuniões e documentos trilaterais continua totalmente relevante", afirmou o ministro.
A Armênia e o Azerbaijão travaram várias guerras pelo Nagorno-Karabakh após o colapso da União Soviética. A escalada de 2020 terminou com uma trégua mediada pela Rússia, que resultou no controle de partes do enclave pelo Azerbaijão. (Com informações da Sputnik).&nbsp;

Em Baku, Putin busca solução para conflito entre Azerbaijão e Armênia

CMG – O presidente da China, Xi Jinping, reuniu-se na quarta-feira (3) com seu homólogo do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Astana, capital do Cazaquistão, na véspera da Cúpula da Organização de Cooperação de Shanghai. Durante o encontro, os dois líderes decidiram elevar o relacionamento bilateral para uma parceria estratégica.
Link para assistir ao vídeo: <a href="https://portuguese.cri.cn/2024/07/04/ARTIwXiEaOgdV93LM5u1WD9a240704.shtml">https://portuguese.cri.cn/2024/07/04/ARTIwXiEaOgdV93LM5u1WD9a240704.shtml</a>
O líder chinês apontou que os dois países mantêm uma amizade sincera e confiança mútua, assim como são parceiros com igualdade e benefício recíproco. As relações bilaterais sempre tiveram uma evolução sadia e estável, com resultados frutíferos no âmbito da cooperação bilateral e enriquecimento contínuo de sua conotação estratégica.
A elevação dos laços China-Azerbaijão para o nível de parceria estratégica é um novo ponto de partida. As duas partes continuarão reforçando o apoio recíproco para beneficiar cada vez mais os seus povos.
O presidente chinês reiterou o apoio ao Azerbaijão na defesa da soberania nacional, da independência e da integridade territorial, além de selecionar o caminho de desenvolvimento correspondente às situações do próprio país. A China e o Azerbaijão devem promover a construção conjunta da Iniciativa Cinturão e Rota de alta qualidade, aprofundar as cooperações no comércio, investimento, petróleo e gás e indústria fotovoltaica, reforçar a interconectividade de infraestruturas, construir bem o corredor de transporte internacional pelo Mar Cáspio, assim como garantir a operação estável do trem de carga China-Europa. Além disso, os dois países devem efetuar mais intercâmbios nos setores de educação, cultura, turismo, juventude e &nbsp;subnacional para consolidar o fundamento da amizade China-Azerbaijão nos povos.&nbsp;
Xi Jinping ainda manifestou o apoio chinês ao país na realização da 29ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), acrescentando que quer promover em conjunto a multipolarização mundial com equidade e ordem, a globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva, assim como a paz, a estabilidade e o desenvolvimento do mundo.&nbsp;
Tradução: Xia Ren
Revisão: Diego Goulart&nbsp;

China

Relacionamento China-Azerbaijão é elevado para parceria estratégica

(Reuters) - O Brasil pretende chegar à conferência das Nações Unidas sobre o clima, a COP29, marcada para novembro deste ano no Azerbaijão, com metas "robustas" de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa que permitam ao país liderar pelo exemplo, disse nesta quarta-feira a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Em entrevista coletiva em Brasília após anunciar medidas para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, ela acrescentou que o Brasil tem a ambição de ter um mercado de créditos de carbono confiável e que tenha transparência, e saudou uma operação realizada pela Polícia Federal nesta quarta para combater fraudes no mercado de negociação de créditos de carbono.

Marina diz que Brasil quer chegar à conferência climática no Azerbaijão com meta "robusta" de redução de emissões

(Reuters) - A Armênia concordou em devolver várias vilas ao Azerbaijão, o que ambos os lados disseram nesta sexta-feira (19) ser um marco importante à medida que avançam em direção a um acordo de paz após lutarem duas guerras desde o colapso da União Soviética. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Azerbaijão, Aykhan Hajizada, postou no X que a Armênia devolveria quatro vilas perto da fronteira compartilhada que estavam "sob ocupação" desde o início dos anos 1990, e chamou isso de "evento histórico muito esperado".
Na Armênia, a agência de notícias estatal citou o gabinete do primeiro-ministro dizendo: "Neste processo, a República da Armênia recebe uma redução nos riscos associados à delimitação de fronteiras e segurança." Foi dito que a transferência na prática envolvia apenas "duas vilas e meia" porque o Azerbaijão já controlava parcialmente os assentamentos envolvidos, mas acrescentou que a demarcação da fronteira era um "evento significativo".
As vilas estão desertas, mas são estrategicamente importantes, pois ficam próximas à principal rodovia da Armênia em direção ao norte, na fronteira com a Geórgia, por onde se realiza grande parte do seu comércio, e ao gasoduto pelo qual recebe gás da Rússia. O acordo foi alcançado em uma reunião na fronteira dos dois países, presidida por seus vice-primeiros-ministros.
O Azerbaijão tem exigido a devolução das vilas como pré-condição para um acordo de paz após mais de três décadas de conflito, centrado principalmente na região de Nagorno-Karabakh. O ímpeto mudou dramaticamente a favor do Azerbaijão em setembro passado, quando suas forças realizaram uma ofensiva relâmpago para retomar o controle de Karabakh, onde os armênios étnicos desfrutavam de independência de facto desde meados da década de 1990. Praticamente toda a população de 100.000 pessoas fugiu para a Armênia em poucos dias.
A Rússia posicionou tropas de paz em Nagorno-Karabakh após a última guerra importante entre Armênia e Azerbaijão em 2020, mas disse esta semana que havia começado a retirá-las. O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, tem um encontro marcado com o presidente russo Vladimir Putin na segunda-feira. A Rússia, distraída por sua guerra na Ucrânia, corre o risco de perder influência na região do Cáucaso, que vê como sua esfera de influência histórica. Os Estados Unidos e a União Europeia também têm pressionado ambos os lados a alcançar um acordo de paz.

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