<p><b>247 - </b>O Carnaval de Belo Horizonte registrou cerca de 6,05 milhões de foliões durante os dias de evento, gerando impacto econômico acima do previsto na cidade. As informações foram coletadas pelo Observatório do Turismo de Belo Horizonte e divulgadas pela Prefeitura Municipal.</p>
<p>A capital mineira recebeu nota média de 8,8 na avaliação dos participantes, e a movimentação econômica registrada foi de cerca de R$ 1,2 bilhão no período. O evento também gerou mais de 20 mil empregos diretos e indiretos, reforçando seu impacto econômico e social.&nbsp;</p>
<p>O vereador Bruno Miranda (PDT), líder de governo na Câmara Municipal, &nbsp;comemorou o sucesso da edição e destacou a importância da festa para a cidade. “A liderança de governo parabeniza a Prefeitura de Belo Horizonte pela excelente organização do evento. O planejamento antecipado e a gestão integrada garantiram uma festa segura e bem-estruturada, refletindo o compromisso da administração municipal com a valorização de nossas manifestações culturais”, afirmou.</p>
<p>Ele também agradeceu a todos os envolvidos na realização da festa. “Agradecemos a organizadores, artistas, blocos, forças de segurança e, principalmente, aos foliões, por tornarem o Carnaval de Belo Horizonte de 2025 um evento inesquecível. Seguimos trabalhando para que nossa cidade continue sendo referência em cultura, alegria e inclusão.”</p>
<h3>Carnaval diverso e seguro</h3>
<p>A pesquisa também revelou que 83,8% dos foliões tiveram suas expectativas atendidas plenamente ou superadas. Entre os entrevistados, 70,4% afirmaram que o evento melhorou em relação a anos anteriores, com destaque para organização (37,9%), segurança (26,2%) e infraestrutura geral (21,6%).</p>
<p>A edição de 2025 também reforçou a diversidade e a inclusão. A pesquisa mostrou que 30,4% dos entrevistados pertencem à comunidade LGBTQIAPN+, e os foliões atribuíram nota 9,6 à importância de promover respeito à diversidade sexual e de gênero nos eventos públicos. Além disso, a responsabilidade ambiental também foi um aspecto valorizado: 78,5% se declararam defensores da temática ambiental, e a avaliação do compromisso com a pauta foi de 8,6.</p>
<p>A cidade recebeu aproximadamente 270,5 mil visitantes entre 28 de fevereiro e 4 de março. Destes, 94,4% declararam que o evento foi o principal motivo da viagem. Entre os turistas, 58,9% vieram do interior de Minas Gerais, enquanto São Paulo (17,8%), Distrito Federal (5,9%) e Rio de Janeiro (3%) também foram estados com grande presença no evento.</p>
<p>O bloco “Então, Brilha!”, um dos mais tradicionais da cidade, completou 15 anos e novamente abriu o sábado de Carnaval com sua explosão de cores e alegria. A programação também contou com dezenas de outros blocos que movimentaram diferentes regiões da cidade.</p>
<h3>Impacto econômico e tendências para o futuro</h3>
<p>O impacto financeiro do Carnaval de Belo Horizonte foi significativo. O gasto médio individual dos foliões visitantes foi de R$ 1.856,44, um aumento em relação aos R$ 1.474,34 de 2024. Para os moradores, o gasto total foi de R$ 567,47, também acima do registrado no ano passado. Os turistas permaneceram, em média, 3,9 dias na cidade, e a maioria optou por se hospedar em casas de parentes e amigos (53%), seguidos por hotéis e pousadas (25,9%) e Airbnb (10,4%).</p>

Luis Mauro Filho

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Geral

Carnaval de Belo Horizonte supera expectativas e movimenta R$ 1,2 bilhão na economia

<p><b>Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil</b></p>
<p>Ao longo dos seis dias de Operação Carnaval, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou redução no número de mortos e feridos e também de sinistros de trânsito quando comparados ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) na sede da corporação, em Brasília.&nbsp;</p>
<p>Entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março, foram contabilizados 83 óbitos em rodovias federais contra 88 no carnaval de 2024 - uma redução de 5,7%. Em relação ao número de feridos, foram 1.315 este ano contra 1.552 no ano passado - uma queda de 15,3%. Já os sinistros somaram 1.150 em 2025 e 1.243 em 2024 - uma redução de 7,5%.</p>
<p><b>Álcool e direção</b></p>
<p>Apesar das campanhas de conscientização e do reforço na fiscalização, 2.732 condutores foram autuados no carnaval deste ano por misturar álcool e direção. Ao todo, 128 foram detidos por embriaguez ao volante - 10,34% a mais que em 2024, quando 116 motoristas foram flagrados dirigindo após ingerir bebida alcoólica.&nbsp;</p>
<p><b>Condutas irregulares</b></p>
<p>Outras condutas irregulares também foram alvo da operação, incluindo a falta do uso do cinto de segurança (6.818 infrações), a falta do uso de cadeirinha ou dispositivo para retenção de crianças (1.089 autuações), ultrapassagens indevidas (7.704) e veículos em excesso de velocidade (53.676).&nbsp;</p>
<p><b>Mudança de comportamento</b></p>
<p>De acordo com o diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira, cerca de 3 mil policiais atuaram, por dia, em rodovias federais durante o período de carnaval deste ano. Segundo ele, foi feito um estudo prévio para determinar pontos de maior ocorrência de acidentes em todo o país - cerca de 150 foram identificados.&nbsp;</p>
<p>“Dentro deles, fizemos o que a gente chama de mobiliar o trecho”, disse, ao explicar que a estratégia consiste em ampliar o número de policiais nessas localidades. Oliveira destacou, entretanto, a necessidade de mudança de comportamento dos condutores, já que, nos trechos onde não há polícia presente, as infrações voltam a acontecer.</p>
<p>“A responsabilidade no trânsito não é exclusiva de nenhum órgão que trabalha com fiscalização. Ela é necessariamente compartilhada”, avaliou.</p>
<p>“Enquanto a gente não tiver uma real mudança de comportamento dos condutores, esse número de letalidade no trânsito não vai ter uma mudança real”, concluiu.&nbsp;</p>

Leonardo Lucena

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PRF termina Operação Carnaval com redução de mortos e feridos

<p><b>Agência Brasília –</b> O DF Folia 2025, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e pelo Instituto Rosa dos Ventos, consolidou-se como um dos maiores carnavais já realizados na capital, reunindo 45 blocos em 11 regiões administrativas e movimentando mais de R$ 320 milhões, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).</p>
<p>Os dados, divulgados pela Secec-DF e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), apontam para um evento seguro e bem estruturado. O investimento na descentralização da festa permitiu que os foliões pudessem curtir perto de casa, evitando tumultos no Plano Piloto e garantindo maior acessibilidade. Os Territórios Folia, principais espaços organizados para os blocos, chegaram a receber até 150 mil pessoas por dia na Gran Folia e 25 mil no Setor Carnavalesco Sul.</p>
<h3>Segurança e logística elogiadas</h3>
<p>A operação especial da SSP-DF demonstrou eficiência na contenção de incidentes, registrando uma redução significativa de ocorrências em comparação ao ano passado. Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, o sucesso da festa é resultado de um planejamento detalhado que envolveu forças de segurança e logística eficiente.</p>
<blockquote>“A descentralização da folia – com dezenas de blocos espalhados pelas cidades e três territórios carnavalescos estruturados – garantiu que a população pudesse celebrar com conforto e segurança, perto de casa”, afirmou Abrantes.</blockquote>
<p>A gratuidade do transporte público e a presença ostensiva da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil foram apontadas como fatores determinantes para o baixo índice de ocorrências.</p>
<h3>Um carnaval diverso e inclusivo</h3>
<p>O evento também se destacou por sua programação inclusiva, com atrações para todas as idades e ações voltadas para grupos vulneráveis. Blocos infantis como Sustentável do Patubatê, Brincantes do Gama, Pintinho de Brasília e As Leis de Gaga Kids garantiram diversão para as crianças.</p>
<p>Além disso, uma das iniciativas mais elogiadas foi a adoção do protocolo Por Todas Elas, que garantiu atendimento especializado a mulheres vítimas de assédio ou violência. Em cada um dos Territórios Folia, foram montadas tendas com suporte psicológico e espaços de acolhimento, como detalhou a coordenadora da equipe, Theresa Raquel Borges de Miranda:</p>
<blockquote>“Nossa equipe prestou apoio desde o acolhimento inicial até o acompanhamento para garantir segurança às pessoas vulneráveis, seja por situações de violência, saúde mental ou desorientação.”</blockquote>
<p>A presidente do Instituto Rosa dos Ventos, Stéffanie Oliveira, celebrou o resultado do evento:</p>
<blockquote>“O brasiliense pôde curtir com conforto, com boas apresentações artísticas e em diversas regiões administrativas. O Carnaval deste ano foi plural, diverso, democrático e seguro.”</blockquote>
<h3>Impacto econômico e desafios futuros</h3>
<p>A estimativa da CNC, que calcula um impacto de R$ 320 milhões no setor de turismo e serviços, demonstra o crescimento do carnaval brasiliense. No entanto, o DF ainda busca se consolidar como um grande polo carnavalesco no Brasil, enfrentando desafios como a falta de apoio estrutural para blocos menores e a resistência de setores contrários à expansão da festa.</p>
<p>Segundo Claudio Abrantes, o investimento cultural fortalece a economia local e gera empregos:</p>
<blockquote>“Além de impulsionar a cena artística, o Carnaval movimentou setores como moda, gastronomia, turismo e produção audiovisual, beneficiando milhares de profissionais.”</blockquote>
<h3>A festa continua até março</h3>
<p>Para quem perdeu a folia principal, o DF Folia 2025 segue com programação até o dia 16 de março. Confira os destaques dos próximos eventos:</p>
<h4>Sábado (8/3)</h4>
<ul>
  <li>Bloco Vamos Fullgil – 15h às 22h | Estacionamento Eixo Cultural Ibero-Americano, Plano Piloto</li>
  <li>Carnapati (infantil) – 10h às 14h | Eixo Cultural Ibero-Americano</li>
  <li>Vai com as Profanas – 14h às 22h | Galeria dos Estados, Plano Piloto</li>
</ul>
<h4>Domingo (9/3)</h4>
<ul>
  <li>CarnaFamília – 16h às 23h | São Sebastião (Rua 1, Quadra 7, Lote 20, Residencial do Bosque)</li>
  <li>Bloco Carnaval Delas – 15h às 22h | Praça São Sebastião, Planaltina</li>
  <li>Manga Botânica – 14h às 22h | Parque Vivencial Jardim Botânico</li>
</ul>
<p><b>Dia 15/3</b></p>
<ul>
  <li>Bloco Praga de Baiano – A Bahia é Aqui! – 10h às 16h | CLN 205/206 Norte – Estacionamento do Bloco D, Asa Norte</li>
  <li>Ressaca STZ, Não Acaba Nem Quando Termina – 14h às 20h | Vila Planalto (Av. Rabelo, entre Rua Ceará e Rua Maranhão)</li>
</ul>
<h4>Dia 16/3</h4>
<ul>
  <li>CarnaFlash – 16h às 21h | Praça da Bíblia, Ceilândia (Setor P, QNP 19E)</li>
  <li>Bora Coisar – 16h às 22h | Galeria dos Estados, Plano Piloto</li>
</ul>
<p>Com uma organização robusta e números positivos, o DF Folia 2025 reforça Brasília como um importante destino para o Carnaval. No entanto, o desafio para os próximos anos será garantir um crescimento sustentável, evitando burocracias que impeçam a expansão dos blocos e melhorando ainda mais a infraestrutura para os foliões.</p>

Redação Brasil 247

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Brasília

Com estrutura e segurança, Carnaval de Brasília movimenta R$ 320 milhões

<p><b>Agência Brasil -</b> A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que a cada dois minutos um celular foi roubado ou furtado durante o carnaval.&nbsp;</p>
<p>Entre 28 de fevereiro e 4 de março, foram furtados 2.395 aparelhos e 1.283 roubados nas cidades paulistas. No carnaval de 2024, foram 3.339 ocorrências de furto e outras 2.052 de roubo.&nbsp;</p>
<p>Na comparação, houve uma queda aproximada de 32% nos roubos e furtos de celular.</p>
<h3>Policiais fantasiados</h3>
<p>Segundo a pasta, a melhoria nos índices reflete o uso de tecnologias, como câmeras e drones, e ações de policiais disfarçados dentro dos blocos de rua.&nbsp;</p>
<p>No período, foram recuperados 140 celulares e 167 cartões de banco.</p>
<h3>Boletins de ocorrência</h3>
<p>Os boletins de ocorrência podem ser registrados por prazo indeterminado após o evento, sendo recomendado que seja feito o mais breve possível.</p>
<p>O cidadão devem informar dados, como o IMEI (registro individual do aparelho presente na caixa). Este número também pode ser usado para bloquear o aparelho junto à operadora, o que evita golpes.</p>
<p>A secretaria recomenda ainda algumas medidas de prevenção, como o uso de &nbsp;ferramentas de localização em tempo real nos aparelhos, que podem ser compartilhadas com as forças de segurança em situações de extravio; o bloqueio temporário de contas e cartões digitais ligados ao aparelho junto ao(s) banco(s) e o uso do aplicativo Celular Seguro.</p>

Bianca Penteado

Carnaval de SP tem mais de 3,6 mil furtos e roubos de celulares

Sudeste

<p><b>Agência Brasil - </b>Quatro escolas de samba do Grupo Especial foram multadas por infringirem artigos do regulamento do Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). As multas arbitradas serão pagas em dinheiro pelas agremiações e nenhuma delas foi penalizada com a perda de pontos na apuração.</p>
<p>A Unidos da Tijuca foi multada em R$ 89 mil por não retirar suas alegorias na área de dispersão da Passarela do Samba no prazo legal.</p>
<p>Já a Mocidade Independente ide Padre Miguel foi penalizada em R$ 250 mil por desfilar com mais de 30 componentes na diretoria, num total de 44 pessoas.</p>
<p>A Acadêmicos do Salgueiro também foi multada em R$ 250 mil pelo mesmo motivo: desfilar com 56 componentes na diretoria, quando o regulamento permite apenas 30.</p>
<p>A Portela também recebeu multa no valor de R$ 250 mil por desfilar com mais de 100 componentes no final da escola.</p>
<p>O anúncio foi feito pelo locutor oficial das notas da Liesa, Jorge Perlingeiro, antes da abertura dos envelopes com a nota dos 36 jurados que analisaram nove quesitos de julgamento.</p>

Grupo Especial: 4 escolas são multadas no Rio por desrespeito a regras

<p><a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2025-03/Escola-campe%C3%A3-do-carnaval-do-Rio-ser%C3%A1-conhecida-hoje-">Agência &nbsp;Brasil -</a> O final da terceira noite de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro foi emocionante. Antes mesmo de começar o seu desfile, já no esquenta, o intérprete da Portela, Gilsinho, começou a cantar <i>Maria, Maria</i>, uma das mais representativas músicas de Milton Nascimento, e foi acompanhado por todo o público presente no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.</p>
<h2>Portela</h2>
<p>O enredo da Portela neste carnaval foi <i>Cantar será buscar o caminho que vai dar no Sol</i>. Uma homenagem a Milton Nascimento, o cantor e compositor que entrou na avenida na última alegoria. Durante a travessia na madrugada desta quarta-feira (5), foi saudado pelo público que lotava o Sambódromo. O desfile terminou perto das 5h da manhã.</p>
<p>No desfile desenvolvido pelos carnavalescos André Rodrigues e Antonio Gonzaga, não faltaram referências às músicas que o artista compôs ao longo da sua carreira e às memórias de vida. Tudo estava nas fantasias e alegorias.</p>
<p>“É uma emoção que eu me sinto também homenageada como mineira, sou contemporânea de Milton, é uma homenagem justa, porque ele marca o cancioneiro brasileiro. É uma homenagem necessária”, disse à Agência Brasil a escritora Conceição Evaristo, que participou do desfile no alto de uma das alegorias.</p>
<p>Portela homenageou Milton Nascimento na Marquês de Sapucaí. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil</p>
<p>Como a azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira, bairros da zona norte da cidade, já esperava, ao fim da sua passagem pela Passarela do Samba o público seguiu atrás da escola até a Praça da Apoteose e transformou tudo em uma grande celebração ao cantor e compositor.</p>
<p>Depois do desfile, Milton não conversou com a imprensa, mas Augusto Nascimento, filho dele fez um vídeo, enquanto o pai aguardava o guindaste para sair do carro alegórico. Nele, o artista agradece a homenagem. “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Obrigado, Portela. Obrigado todo mundo. Um beijão”, afirmou na postagem no seu perfil do Instagram.</p>
<p>A noite de terça-feira foi a última das três com desfiles do Grupo Especial, considerado a elite do carnaval carioca, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Essa foi uma inovação criada pela Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) neste carnaval. Até o ano passado eram duas noites.</p>
<h2>Mocidade Independente de Padre Miguel</h2>
<p>As apresentações dessa terça-feira foram abertas pela Mocidade Independente de Padre Miguel, que levou para a avenida o enredo <i>Voltando para o Futuro, Não Há Limites pra Sonhar</i>. A escola foi uma das poucas que não escolheram temas relacionados à cultura negra ou à religiosidade para 2025.</p>
<p>A carnavalesca Márcia Lage, que desde o início dos anos 90 atuava com o marido Renato Lage, passando a assinar enredos com ele em 2002, foi homenageada pela verde e branco da zona oeste no fim do desfile. Márcia morreu vítima de leucemia, em janeiro deste ano, quando mais uma vez participou do desenvolvimento de um enredo com Renato.</p>
<p>Mocidade Independente de Padre Miguel abriu os desfiles no terceiro dia de carnaval na Marquês de Sapucaí. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil</p>
<p>Marco Porto, que trabalhou no barracão na equipe de confecção de esculturas, estava bastante emocionado com o desfile e, principalmente, por participar da homenagem à carnavalesca junto a outros integrantes que, como ele, trabalharam nos preparativos do carnaval.</p>
<p>Eles vestiam camisas e balançavam bandeiras com a foto de Márcia. “Ela era muito presente com a gente no dia a dia. Muito honrado com o trabalho de todos no barracão e fora dele. Todo projeto que ela desenvolveu junto com o marido está aqui. A presença dela está aqui”, explicou.</p>
<p>Não foi a primeira vez que a Mocidade trouxe o futuro para o presente. Em 1985, <i>Ziriguidum 2001, Um Carnaval nas Estrelas</i>, e, em 1987, <i>Tupinicópolis</i> já eram enredos futuristas. Para o carnavalesco Renato Lage, a escola cumpriu a proposta e a estrela, que é símbolo da Mocidade, renasceu.</p>
<p>“A gente pegou o renascimento de uma estrela e por incrível que pareça o símbolo da escola é uma estrela. A gente foi buscar nos astros”, revelou.</p>
<p>O samba cresceu na avenida e, para o intérprete Zé Paulo Sierra, foi resultado do trabalho forte feito na escola. “Foi legal, né? Eu gostei muito. Foi um grande trabalho com a harmonia, pessoal da bateria, a comunidade. É fruto de muito trabalho na Vila Vintém [comunidade referência da escola]. Fizemos um desfile histórico”, afirmou.</p>
<p>Tia Nilda, matriarca da Mocidade, 82 anos, ao terminar o desfile agradeceu a Deus por estar mais um ano na sua escola de coração depois de ter passado tantos problemas de saúde.</p>
<p>“O mago voltou e a estrela renasceu. Temos que agradecer todos os momentos de nossa vida. Não é só pedir, a gente tem que agradecer também e fazer por onde merecer a graça. Estou feliz, tive depressão e problemas no joelho, mas consegui estar aqui”, revelou, lembrando que tem 46 anos de Mocidade Independente, entre eles como baiana.</p>
<p>Um dos pontos fortes do desfile foi a comissão de frente que levantou o público cada vez que misturava os componentes com os quatro robôs, dois tipos humanoides e dois como cachorros. O coreógrafo Marcelo Misailidis disse que o desenvolvimento da comissão de frente seguiu a tecnologia e o tema futurista do enredo.</p>
<p>“Acho que tem espaço para a gente dialogar com a narrativa, com o efeito e a tecnologia e fazer um espetáculo com identidade e as características do carnaval”, opinou.</p>
<h2>Paraíso do Tuiuti</h2>
<p>Em seguida, com o enredo <i>Quem tem medo de Xica Manicongo?</i>, a Paraíso do Tuiuti contou a vida da considerada primeira mulher trans do Brasil e seus percalços. Logo no abre alas indicou o que vinha depois: alegorias com destaque para a pessoa escravizada no Congo, que foi levada para Salvador, na Bahia, onde sofreu perseguições por suas manifestações religiosas e foi obrigada a se vestir com roupas identificadas como masculinas.</p>
<p>A intenção da Tuiuti foi mostrar o ser humano por trás da personagem e assim a agremiação do bairro de São Cristóvão, na zona norte do &nbsp;Rio, conseguiu o seu propósito de aproveitar a visibilidade do desfile para combater o preconceito e dar luz à figura até então pouco conhecida.</p>
<p>Durante a passagem da escola, o público recebia a escola ao som de movimentos de abrir e fechar grandes leques, como costuma usar a população LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e intersexo). Na Praça da Apoteose, a recepção das arquibancadas populares e frisas foi ainda mais calorosa.</p>
<p>Paraíso do Tuiuti apresentou o enredo <i>Quem tem medo de Xica Manicongo?</i> Foto - Tomaz Silva/Agência Brasil</p>
<p>A cantora <i>trans</i> Hud Burk, que foi uma das quatro representações de Xica Manicongo, agradeceu a personagem por ter aberto os caminhos das pessoas <i>trans</i>. “Estou muito emocionada. É muito importante para mim esse momento; 40 anos de Sapucaí, quem diria que uma mulher <i>trans</i>, Xica Manicongo, a primeira mulher <i>trans</i> não indígena no Brasil, representada no maior espetáculo da Terra. Estou muito feliz . Hoje é dia de vitória, me sinto grata porque ela abriu esse caminho para que eu estivesse aqui” avaliou.</p>
<p>No fim do desfile houve correria para não ultrapassar o limite máximo de 80 minutos. O presidente da Tuiuti, Renato Thor, reconheceu que isso pode descontar pontos, mas está confiante.</p>
<p>“Foi um desfile com um nível tão alto, que, de repente, não vai ser um ou dois décimos que vão ofuscar o que estamos almejando”, afirmou, acrescentando que, quando a equipe de harmonia acelerou a saída de componentes, eles já estavam fora da área dos jurados, mas, no caso da bateria não foi possível fazer apresentação na última cabine de jurados do quesito.</p>
<p>Thor destacou a linha de enredos que a escola vem apresentando. “A Tuiuti sempre vem fazendo enredos culturais e históricos, sempre na luta contra o preconceito. Esse foi mais um desses enredos que abraçamos com unhas e dentes para desenvolver e alcançar o que se tem presenciado”, destacou.</p>
<p>“O público abraçou o enredo, abraçou o samba da escola em um enredo corajoso e, na atual conjuntura, é um enredo muito necessário. Foi avassalador, foi a prova total. O público abraçou e vamos embora. É isso aí”, destacou Pixulé, intérprete da Tuiuti.</p>
<h2>Grande Rio</h2>
<p>Na busca por mais um título - a escola foi campeã pela primeira vez em 2022 - a Grande Rio mexeu com o público ao apresentar o enredo <i>Pororocas Parawaras: as Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós.</i> É uma história transmitida de geração a geração nos terreiros de tambor de Mina da Amazônia paraense. O início já causou impacto com a chegada de três princesas turcas à Amazônia em busca de cura.</p>
<p>As princesas Mariana, Herondina e Jarina foram representadas pela cantora Fafá de Belém, pela atriz Dira Paes e pela cantora Naieme.</p>
<p>A Acadêmicos do Grande Rio levou para o Sambódromo o enredo <i>Pororocas Parawaras: as Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós</i> &nbsp;Foto - Tomaz Silva/Agência Brasil</p>
<p>Rio de Janeiro (RJ), 05/03/2025 – Acadêmicos do Grande Rio desfila no terceiro dia de carnaval do grupo Especial na Marquês de Sapucaí, na região central do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil - Tomaz Silva/Agência Brasil</p>
<p>“Foi muito bom. Eu estou com o joelho completamente estourado, mas segui até o final. Foi lindo o povo todo cantando o samba”, relatou a cantora Fafá de Belém, lembrando que representou Mariana. “É a minha cabocla”, completou.</p>
<p>“Foi indescritível. Foi lindo, potente, profundo um samba enredo de primeira e os paraenses devolvendo todo o carinho durante todo o percurso”, comentou a atriz Dira Paes”</p>
<p>“Foi lindo, maravilhoso e uma honra imensa. Foi emocionante”, revelou a cantora Naieme.</p>
<p>Governador do Pará, Helder Barbalho atravessou a avenida à frente da escola junto com a família. “Não tenho palavras de orgulho e emoção de ver nosso estado e podendo mostrar o que é o Pará, o que é a Amazônia nesse que é o maior espetáculo do planeta - o carnaval. Que o mundo possa conhecer o Pará e a Amazônia, neste ano tão especial de COP 30 e ter responsabilidade ambiental”, externou.</p>
<p>A atriz Paola Oliveira, que, como anunciou, seria a última vez que ocuparia o posto de rainha de bateria da Grande Rio, estava realizada após um desfile considerado excelente. “Caramba, menina, é uma torcida que nem vou embora. Foi lindo demais. É difícil a gente ter a noção lá de dentro da avenida, mas deu para sentir, deu para sentir”, contou à Agência Brasil.</p>
<p>A cantora paraense Dona Onete estava presente. A música dela <i>Quatro Contas</i> serviu de inspiração para os carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora elaborarem o enredo <i>Pororocas Parawaras: as águas dos meus encantos nas contas dos curimbós</i>. Terminada a apresentação, Dona Onete comentou sobre a emoção de ver as histórias do Pará no Sambódromo do Rio.</p>
<p>“Foi maravilhoso, maravilhoso. [E ainda teve] uma música minha. Eu achei muito lindo”, opinou.</p>
<h2>Tempo</h2>
<p>As escolas tiveram entre 70 e 80 minutos para se apresentar. Essa também foi uma inovação deste ano, com a ampliação em 10 minutos para a exibição das agremiações.</p>
<p>De acordo com o regulamento, a agremiação com tempo inferior a 70 minutos tem perda de 0,1 (um décimo) de ponto para cada minuto não utilizado. Já as que ultrapassam também têm perda de 0,1 (um décimo) de ponto para cada minuto excedente. Nenhuma escola da última noite ultrapassou o tempo limite.</p>
<h2>Desfiles</h2>
<p>Na primeira noite do carnaval 2025 passaram pela Sapucaí a Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, a atual campeã Unidos do Viradouro e a Mangueira. Na noite seguinte foram para a avenida Unidos da Tijuca, Beija-Flor, Salgueiro e Vila Isabel.</p>
<p>Os 36 jurados analisaram as apresentações em módulos localizados ao longo do Sambódromo. Este ano, em cada cabine ficaram quatro deles para julgar os quesitos bateria, samba-enredo, harmonia, evolução, enredo, alegorias e adereços, fantasias, comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira.</p>
<p>A ordem da leitura dos quesitos vai ser conhecida nesta quarta-feira de cinzas (5), entre 12h e 13h30, durante reunião na sede da Liesa - Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Neste momento, também será decidido qual quesito servirá de desempate para o caso de resultados com totais iguais.</p>
<h2>Apuração será hoje</h2>
<p>As notas serão anunciadas na tarde desta quarta-feira de cinzas (5), a partir das 15h. A cerimônia será na Cidade do Samba, na região portuária do Rio, onde também estão localizados os barracões das agremiações.</p>
<p>No ano que vem, um deles vai ter nova ocupante. Será a escola vencedora da Séria A, que terá direito de integrar o Grupo Especial. A escola que ficar em último lugar no Grupo Especial será rebaixada para a Série Ouro. As seis escolas mais bem classificadas voltarão a desfilar no Sábado das Campeãs (8) na Marquês de Sapucaí.</p>

Laís Gouveia

Desfile da escola de samba Salgueiro, do Grupo Especial do carnaval carioca, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí

Cultura

Escola campeã do carnaval do Rio será conhecida nesta quarta

<p><b>247 - </b>A madrugada desta terça-feira (4) foi marcada por um desentendimento entre os artistas Daniela Mercury e Tony Salles no circuito Dodô (Barra-Ondina), um dos principais do Carnaval de Salvador. O <a href="https://g1.globo.com/ba/bahia/carnavalnabahia/noticia/2025/03/04/daniela-mercury-reclama-com-tony-salles-sobre-aproximacao-de-trio-no-carnaval-de-salvador.ghtml">g1 </a>noticiou o episódio, que ocorreu quando o trio de Tony se aproximou demasiadamente do de Daniela, interferindo na qualidade do som da cantora e provocando sua imediata reação.</p>
<p>Por volta da 1h, ao perceber a aproximação, Daniela interrompeu a execução de "Maimbe Danda" e, visivelmente incomodada, confrontou o artista. "Muito feio encostar na gente assim, viu? Carnaval não pode ser assim não, viu Tony? Respeite que não sou moleca, rapaz. Ficou feio, viu bicho", disparou a cantora, evidenciando seu descontentamento com a situação.</p>
<p>Tony Salles, por sua vez, respondeu à crítica sem mencionar diretamente o nome de Daniela. O cantor justificou que seu trio precisou acelerar o percurso devido a um atraso. "A gente está um pouco corrido hoje. Eu peço mil desculpas a vocês, porque atrasou muito a saída lá e vocês precisam de uma explicação. O percurso é para ser feito dentro de um tempo e as pessoas, às vezes, acabam segurando o percurso e atrasa", declarou ao público.</p>
<p>Ainda em sua justificativa, Tony disse que precisava cumprir outro compromisso na noite. "O trio precisa andar. Foi feito para andar. A gente precisa se respeitar, não é porque sou uma banda de pagode, que sou periférico, suburbano, que é para me desrespeitar", completou o cantor, dando um tom mais crítico à discussão.</p>
<p>Apesar da troca de farpas, os dois artistas seguiram com suas apresentações, mas a tensão se manteve até o fim do desfile de Daniela Mercury. A cantora encerrou sua participação com um último recado ao público: "tchau, gente, acabou. Vão curtir Tony aí".</p>
<p><b>Resposta das assessorias - </b>O g1 entrou em contato com a equipe de Daniela Mercury, que enviou uma nota assinada por sua empresária e esposa: "Sou da época do encontro de trios, da festa da música no carnaval de Salvador, da magia da percussão e da nossa cultura. Mas a cena que vi no desfile dessa segunda no circuito Barra Ondina foi de desrespeito, principalmente com o público, mas também com a minha artista. O cantor Tony Salles chegou atrasadíssimo no Farol da Barra e nos pediram para passar na frente já que estávamos prontos. Aliás é assim que tem que ser para o carnaval não parar e não atrasar o desfile. Registre-se que seguimos o fluxo do desfile respeitando a distância do trio da nossa frente. O trio do cantor Tony Salles veio colado no nosso trio a partir do Cristo da Barra até Ondina, atrapalhando o desfile ao ponto de fazer Daniela parar de cantar em alguns momentos. Ao ponto da Band noticiar isso (que vergonha). E ele justifica dizendo que estava atrasado pro show no camarote. Chegasse no horário então. Quem tem compromisso, não atrasa. Coisa feia. E sabe o que é pior? Encerramos o desfile e ele, que estava atrasado, ainda ficou mais meia hora cantando. Respeite a rainha, Tony Salles".</p>
<p>A reportagem também buscou contato com a assessoria de Tony Salles para ouvir seu posicionamento sobre o caso, mas até a última atualização desta matéria, não obteve resposta.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">😬 A cantora Daniela Mercury protagonizou uma situação um tanto inusitada, na madrugada desta terça-feira (4), durante a chegada do trio elétrico dela no circuito Dodô, em Salvador. <a href="https://twitter.com/hashtag/DanielaMercury?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#DanielaMercury</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/TonySalles?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#TonySalles</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/carnavaldesalvador?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#carnavaldesalvador</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/bnewsfolia2025?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#bnewsfolia2025</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/bnews?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#bnews</a><a href="https://t.co/4MkBguwNG9">https://t.co/4MkBguwNG9</a> <a href="https://t.co/4Lsazimxk3">pic.twitter.com/4Lsazimxk3</a></p>&mdash; BNews (@bnews_oficial) <a href="https://twitter.com/bnews_oficial/status/1896788557542600939?ref_src=twsrc%5Etfw">March 4, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p>&nbsp;</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">Daniela Mercury e Tony Salles trocam farpas após aproximação de trios em Salvador. <a href="https://twitter.com/hashtag/BandFolia2025?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#BandFolia2025</a> <a href="https://t.co/UEpLC0hU2b">pic.twitter.com/UEpLC0hU2b</a></p>&mdash; Band Folia (@bandfolia) <a href="https://twitter.com/bandfolia/status/1896784420524138736?ref_src=twsrc%5Etfw">March 4, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Guilherme Levorato

Nordeste

Daniela Mercury e Tony Salles trocam farpas no Carnaval de Salvador após confusão entre trios (vídeo)

<p><b>Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil</b></p>
<p>Há 13 anos, a historiadora Lurdinha Danezy Piantino utiliza o carnaval como meio de mobilizar as pessoas com deficiência (PCDs) para saírem de casa nos dias de folia em Brasília. É o carnaval também a forma que ela encontrou para chamar atenção da sociedade em favor das PCDs e contra o preconceito que as trata como fora do padrão tido como normal, inferiores e incapazes – o chamado “capacitismo”.</p>
<p>“A gente costuma dizer que a deficiência da pessoa é apenas uma das características dela”, ressalta Lurdinha.</p>
<p>Com humor, ela tenta reverter comportamentos. O nome do bloco é “Deficiente é a mãe.” Segundo Lurdinha, trazer pessoas com deficiência para brincar carnaval exige um trabalho bem grande. Isso porque os espaços sociais costumam ser excludentes e por isso são pouco frequentados por PCDs.</p>
<p>Para um cadeirante, por exemplo, deslocar-se no carnaval pode significar esperar por muito tempo um ônibus que pare e acione o elevador hidráulico para subir, ou ter a sorte de conseguir um motorista de aplicativo que tenha boa vontade de transportar a pessoa com deficiência no banco da frente, no banco de trás é mais difícil a entrada e conforto.</p>
<p>Ao chegar no local, o cadeirante poderá perceber que o piso, sem conservação, é irregular e esburacado, e ainda faltam rampas de acesso. Se a PCD é cega, também terá dificuldades como a ausência de piso tátil ou placas em braile. Se um surdo estiver sozinho, talvez não encontre quem possa auxiliar comunicando-se em libras.</p>
<h2>Nós existimos&nbsp;</h2>
<p>Para o advogado Gerson Wilder de Sousa Melo, as cidades brasileiras – mesmo Brasília, que foi planejada - padecem de algum “capacitismo arquitetônico” e de certo “capacitismo atitudicional”, que no carnaval afugenta foliões com deficiência.</p>
<p>“Nós somos alegres. O carnaval é uma forma de expressão cultural muito peculiar no nosso país. Estamos aqui para dizer que ‘nós existimos’, que ‘nós queremos conviver’ e que ‘nós temos a capacidade e eficiência de estarmos na rua’”, diz Gerson.</p>
<p>“O carnaval é um momento festivo em que as pessoas com deficiência também querem um instante de diversão e prazer”, diz Gabriela Passos, professora no Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais que funciona na quadra 612 Sul. O centro, que é uma escola pública, é considerado uma referência em Brasília. Mais de 3 mil pessoas aguardam na fila a oportunidade para poder estudar lá e potencializar a comunicação e o convívio social.</p>
<p>O cadeirante Carlos Augusto Lopes de Souza também é da rede pública de ensino do Distrito Federal e aproveita a experiência de lidar com estudantes como secretário escolar para participar de papos, aulas e palestras com crianças e jovens para falar dos direitos dos deficientes. “Inclusão nunca é demais”, resume em suas conversas.</p>
<h2>Trabalho e negócio</h2>
<p>O empresário Joaquim Manoel Leitão Barbosa é surdo. Fez de sua indignação com a exclusão social e de sua percepção dos direitos como PCD, uma oportunidade de trabalho e negócio.</p>
<p>“Eu vivia reclamando que não tinha acessibilidade nos lugares, que eu não conseguia acessar as coisas. Eu percebi que eu também posso oferecer isso, então eu comecei a trabalhar com acessibilidade. Tem bastante mercado”, revela, ao comentar a possibilidade de atuação como tradutor de libras, intérprete de livros, produtor de legendagem e de audiodescrição.</p>
<p>Para Joaquim Manoel, o carnaval sempre foi “maravilhoso”, mesmo antes do implante coclear para uso de aparelho auditivo retroauricular. “A gente percebe o som pela vibração. O carnaval tem muita percussão.”</p>
<p>De acordo com o IBGE (Pnad Contínua 2022), há cerca de 18,6 milhões de brasileiros de 2 anos ou mais de idade diagnosticados como pessoas com deficiência, 8,9% dessa população. Quase a metade dessas pessoas tem mais de 60 anos (47,2%).As pessoas com deficiência trabalham mais na informalidade do que as demais, 55% no primeiro caso e 38,7% das pessoas sem deficiência ocupadas. As PCDs também ganham menos. Conforme o IBGE, o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas com deficiência foi de R$ 1.860, enquanto o rendimento das pessoas ocupadas sem deficiência era de R$ 2.690.</p>

Bloco carnavalesco, Deficiente é a Mãe, na ruas de Brasília



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Bloco em Brasília critica capacitismo e reforça direitos das pessoas com deficiência

<p><b>247</b> <b>-</b> Um homem estrangeiro foi agredido nesta segunda-feira (3) por foliões em um bloco de carnaval no Centro do Rio de Janeiro após ter suas tatuagens com símbolos nazistas identificados por foliões, informa<a href="https://oglobo.globo.com/rio/carnaval/noticia/2025/03/03/estrangeiro-com-tatuagens-de-suastica-e-outros-simbolos-nazistas-e-agredido-em-bloco-no-rio.ghtml"> O Globo</a>. De acordo com informações de testemunhas, o homem, cuja nacionalidade ainda não foi identificada, ostentava no corpo dois símbolos suásticas, a sigla SS, usada pela polícia do Estado alemão durante a era nazista, além de um Sol negro, outro emblema frequentemente ligado à ideologia de Adolf Hitler.</p>
<p>O incidente ocorreu no bloco "Marimbondo Não Respeita", que se concentrava na Avenida Franklin Roosevelt, onde os foliões estavam celebrando o carnaval. Durante a concentração do bloco, as tatuagens do estrangeiro começaram a despertar desconforto entre os participantes, que perceberam os símbolos nazistas. "Eu fui até ele e disse que não era bem-vindo no bloco. Ele respondeu que não era nazista, mas a tensão já estava no ar", contou um folião, que preferiu não se identificar. A situação rapidamente se agravou e, segundo relatos, uma briga foi iniciada.</p>
<p>De acordo com testemunhas, o homem possuía uma suástica tatuada na nuca e outra na testa, além do símbolo SS visível em seu rosto. A sigla representa o Schutzstaffel, organização paramilitar que operava sob as ordens de Hitler e do Partido Nazista. Outro símbolo observado foi o Sol negro, que é uma junção de três símbolos associados à ideologia nazista: a roda solar, a suástica e a runa da vitória, utilizada pelas antigas tribos germânicas.</p>
<p>O Sol negro, cujo design é composto por dois círculos concêntricos e linhas tortas que se estendem do círculo interno para o externo, possui uma forte conotação histórica vinculada ao nazismo. Embora seja encontrado em diversas culturas, sua apropriação pelo regime de Hitler visava criar uma conexão com os antigos vikings, reforçando a ideia de uma herança "racial" nórdica.</p>
<p>Após a confusão, os foliões pediram que o estrangeiro fosse retirado do cortejo, e ele foi removido do local. A Polícia Militar foi acionada, mas informou que nenhuma ocorrência foi registrada na área. A Secretaria Municipal de Saúde também foi consultada, mas, sem a identificação do indivíduo, não foi possível confirmar se ele recebeu atendimento médico em alguma das unidades de emergência.</p>

Otávio Rosso

Nazista com tatuagem de suástica é agredido em bloco de carnaval no Rio

<p><a href="https://www.rfi.fr/br/cultura/20250303-carnaval-brasileiro-parou-para-assistir-vit%C3%B3ria-do-pa%C3%ADs-no-oscar-diz-imprensa-internacional"><b>RFI </b></a><b>- </b>As imagens dos brasileiros comemorando a vitória de “Ainda Estou Aqui” na categoria de melhor filme internacional do Oscar chamaram a atenção da imprensa pelo mundo. Jornais e sites repercutiram a celebração no país, que parou, em pleno carnaval, para acompanhar o anúncio do prêmio na noite de domingo (2).</p>
<p>"O Oscar é nosso!" O momento do anúncio feito nos alto-falantes durante os desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro foi filmado pela agência de notícias americana Associated Press e as imagens foram retomadas em seguida pela imprensa internacional.</p>
<p>“Uma tela ecoou a boa notícia e nas arquibancadas luzes coloridas se acenderam. A vitória alimentou o frenesi da festa preferida dos brasileiros, que ganharam mais um motivo para tomar as ruas”, resume a agência de notícias. Na sequência, jornais e sites relataram como, naquele momento, as 70.000 que estavam no sambódromo pararam para celebrar o prêmio conquistado.</p>
<p>“O Brasil, que nunca havia ganhado um Oscar antes, deixou sua alegria explodir em pleno carnaval quando foi anunciado que um filme brasileiro havia levado o troféu pela primeira vez em Hollywood”, relatou em seu site a rádio francesa FranceInfo. Segundo a emissora, o país foi tomado por um fervor comparável ao das noites de Copa do Mundo.</p>
<p>O canal de televisão France 24, que pertence ao mesmo grupo que a RFI, também noticiou a vitória do filme brasileiro. Em seu site, a emissora reproduziu a postagem do presidente Lula parabenizando a produção cinematográfica nacional e afirmou que “samba e cinema se uniram em uma tremenda explosão de alegria (...) enquanto dançarinos de carnaval desfilavam pelo Rio ao ritmo frenético da percussão no sambódromo”.</p>
<p>O jornal Le Figaro ilustrou uma de suas reportagens com fotografias que mostram a torcida por “Ainda Estou Aqui” nas ruas do Rio de Janeiro, com foliões usando máscaras com os rostos de Fernanda Torres e Selton Mello, ou ainda fantasiados de Oscar em uma mesa de bar.</p>
<p><b>França espera Oscar de melhor filme há 32 anos - </b>Em outra reportagem, Le Figaro lembra ainda que, mais uma vez, a França volta para casa sem o Oscar de Melhor Filme Internacional, 32 anos após a vitória de “Indochina”, obra dirigida por Régis Wargnier com Catherine Deneuve no elenco, que levou em 1992 a cobiçada estatueta, mas também o Golden Globe. “O filme [francês] 'Emilia Pérez' viu a estatueta ser arrebatada pelo drama brasileiro ‘Ainda Estou Aqui’”, diz o texto, explicando que a produção dirigida por Jacques Audiard certamente pagou o preço da controvérsia em torno dos tweets da protagonista, a atriz espanhola Karla Sofía Gascón.</p>
<p>O mesmo comentário foi feito pelo jornal britânico The Guardian, que diz que o filme brasileiro pode “ter se beneficiado das dificuldades enfrentadas” pela produção francesa, depois que publicações preconceituosas foram descobertas no feed de mídia social de Karla Sofía Gascón, além de reclamações sobre a representação do México e sua história.</p>
<p><b>Orgulho nacional - </b>Em um texto intitulado “Por que esse Oscar significa tanto para o Brasil”, o correspondente do New York Times no Rio de Janeiro explicou, antes mesmo do anúncio do prêmio, que as indicações de melhor filme e melhor atriz “inspiraram o orgulho nacional em um país cuja cultura há muito tempo é ignorada”.</p>
<p>O jornalista explica que por gerações, o Brasil esteve na origem de muitas produções culturais “amplamente celebradas dentro dessa imensa nação e pouco conhecida fora dela”. E que mesmo se o país exportou imagens como Carmen Miranda, Bossa Nova e, mais recentemente, a cantora Anitta, “a cultura brasileira tem sido frequentemente definida no exterior pelo futebol, samba e carnaval - apesar de ser muito, muito mais”, conclui o texto do New York Times.&nbsp;</p>

Paulo Emilio

Atores de ‘Ainda Estou Aqui’ celebram o Oscar na Sapucaí

Mídia

Carnaval brasileiro parou para assistir vitória do país no Oscar, diz imprensa internacional

<p><b>247 - </b>O Brasil fez história no Oscar na noite deste domingo (2), ao conquistar, pela primeira vez, a estatueta de Melhor Filme Internacional com "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles. A vitória inédita provocou uma onda de comemorações pelo país, especialmente em meio às festividades de Carnaval, transformando a premiação em um motivo a mais para celebrar. </p>
<p>Ao receber o prêmio, Salles dedicou a conquista a Eunice Paiva, personagem central do filme, que enfrentou a brutalidade da ditadura militar após o desaparecimento forçado e o assassinato de seu marido, Rubens Paiva. "Uma honra tão grande. Isso vai para uma mulher que teve uma perda tão grande. Esse prêmio vai para ela, Eunice Paiva, e para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro", declarou o cineasta, emocionado. </p>
<p>A vitória foi celebrada em diversas cidades, em blocos de rua e até na Sapucaí, no Rio de Janeiro. Confira:</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">Simplesmente Ivete Sangalo dando a notícia de que o Oscar de Melhor Filme Internacional é do Brasil! 🇧🇷🏆<br/><br/><a href="https://t.co/e7pzP5shOW">pic.twitter.com/e7pzP5shOW</a></p>— Acesso Sangalo (@AcessoSangalo) <a href="https://twitter.com/AcessoSangalo/status/1896407106254999926?ref_src=twsrc%5Etfw">March 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p> </p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">É nosso! É do Brasil! Ganhamos o <a href="https://twitter.com/hashtag/Oscar?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Oscar</a> de “Melhor Filme Estrangeiro”. Comemoramos na rua, no carnaval! Viva 🏆🇧🇷 <a href="https://twitter.com/hashtag/AindaEstouAqui?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AindaEstouAqui</a>! <a href="https://t.co/QXQtYt6Yxg">pic.twitter.com/QXQtYt6Yxg</a></p>— Daniela Mercury (@danielamercury) <a href="https://twitter.com/danielamercury/status/1896399546407936266?ref_src=twsrc%5Etfw">March 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p> </p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">Os atores de "Ainda Estou Aqui" que acompanhavam a premiação do Oscar na Marquês de Sapucaí vibraram com a vitória do filme, que trouxe uma estatueta inédita para o Brasil. A obra de Walter Salles conquistou o prêmio na categoria de melhor filme internacional.<br/><br/>🎦 Karina… <a href="https://t.co/7TfgEE27Lh">pic.twitter.com/7TfgEE27Lh</a></p>— Folha de S.Paulo (@folha) <a href="https://twitter.com/folha/status/1896400505464668173?ref_src=twsrc%5Etfw">March 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p> </p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">pararam uma sapucaí inteira pra avisar que ainda estou aqui levou o oscar de melhor filme internacional não existirá nada mais brasil que isso por um bom tempo <a href="https://t.co/pgyVW6T3et">pic.twitter.com/pgyVW6T3et</a></p>— moo (@flertefatale) <a href="https://twitter.com/flertefatale/status/1896413563545362600?ref_src=twsrc%5Etfw">March 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p> </p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">Confira o momento em que a Sapucaí recebe a notícia de que 'Ainda Estou Aqui' ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional. <a href="https://t.co/DJATOLVNd2">pic.twitter.com/DJATOLVNd2</a></p>— Riotur (@riodejaneiro) <a href="https://twitter.com/riodejaneiro/status/1896411680676147444?ref_src=twsrc%5Etfw">March 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p> </p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">🇧🇷 COMOÇÃO NACIONAL: Moradores do centro de São Paulo comemoram o <a href="https://twitter.com/hashtag/Oscar?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Oscar</a> de “Melhor Filme Internacional” para Ainda Estou Aqui.<a href="https://t.co/sC2YxVmOFM">pic.twitter.com/sC2YxVmOFM</a></p>— Eixo Político (@eixopolitico) <a href="https://twitter.com/eixopolitico/status/1896396154310729950?ref_src=twsrc%5Etfw">March 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p> </p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">🇧🇷 Brasileiros interrompem bloco de carnaval para acompanhar a premiação de “Ainda Estou Aqui” na categoria de “Melhor Filme Internacional” no <a href="https://twitter.com/hashtag/Oscar?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Oscar</a><br/><br/><a href="https://t.co/9Ti8Imr6rp">pic.twitter.com/9Ti8Imr6rp</a></p>— Eixo Político (@eixopolitico) <a href="https://twitter.com/eixopolitico/status/1896396760144347443?ref_src=twsrc%5Etfw">March 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Oscar em pleno Carnaval: veja as reações pela vitória de 'Ainda Estou Aqui' (vídeos)

<p><b>Por Thaís Miranda, da Agência Brasília</b> - No primeiro dia de implementação do programa Vai de Graça, o transporte público do Distrito Federal registrou um aumento significativo no número de passageiros. No sábado (1º), 782.108 viagens gratuitas foram feitas pelos ônibus e metrô, o que representa um crescimento de 23% em relação ao mesmo dia do ano passado, quando foram registradas 633.473.</p>
<p>A iniciativa instituída pelo governador Ibaneis Rocha garante a gratuidade no transporte público aos domingos e feriados. O programa começou a valer no Carnaval, proporcionando deslocamento gratuito para a população desde sábado até as 23h59 de terça-feira (4). A medida tem o objetivo de beneficiar os moradores do DF, além de impulsionar o comércio, a economia e o turismo na capital.</p>
<p>De acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, a quantidade de ônibus e vagões disponibilizados foi o suficiente para atender os foliões. “O primeiro dia do Vai de Graça foi um verdadeiro sucesso”, afirmou. “A frota disponível foi mais do que suficiente; não tivemos nenhuma ocorrência de vandalismo, e, por volta de 1h30 da manhã, a Rodoviária do Plano já estava completamente vazia, todos já haviam voltado para casa. Tivemos um dos melhores inícios de Carnaval de todos os tempos, mais seguro e com transporte acessível gratuito”.</p>
<p>As empresas Piracicabana, Pioneira, Urbi, Marechal e BsBus registraram 546.245 viagens no sábado de Carnaval — um aumento de 21% em comparação com o mesmo dia do ano passado, quando o número foi de 449.781. O restante contabilizado em viagens de ônibus foi registrado por cooperativas e empresas de transporte rural.</p>
<p>Já o Metrô-DF &nbsp;transportou gratuitamente 67.868 pessoas no primeiro dia do programa. No mesmo dia do ano passado, o número foi de 65.965.&nbsp;</p>
<p>Com a gratuidade, a expectativa é que mais pessoas utilizem o transporte coletivo, facilitando o acesso aos eventos carnavalescos e promovendo uma cidade mais acessível e sustentável. Para implementar o Vai de Graça, o Governo do Distrito Federal (GDF) subsidiará o valor aproximado de R$ 56 milhões por ano.</p>
<h2><b>Vai de Graça</b></h2>
<p>Além das linhas regulares de ônibus que atendem a capital, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) reforçou a frota e a quantidade de viagens, especialmente nos horários de dispersão, após o encerramento dos eventos carnavalescos. Vale lembrar que, por não haver cobrança de passagem nos ônibus e no metrô, não serão aceitos cartões de débito e crédito.</p>
<h2><b>Como funciona</b></h2>
<p>Para garantir o transporte gratuito, o passageiro poderá utilizar o Cartão Mobilidade, Vale-Transporte, carteirinha de PcD ou de Idoso ou Passe Livre Estudantil, para a liberação automática na catraca. Já os cartões de crédito e débito e a modalidade Pix não serão aceitos.</p>
<p>Quando o cidadão não possuir um desses cartões, basta avisar ao cobrador e solicitar a liberação da catraca. O acesso será mantido pela porta frontal, e o desembarque, pelas demais. Assim, será possível medir o número de usuários da gratuidade.</p>
<h2><b>Programação dos ônibus</b></h2>
<p>Para atender a demanda carnavalesca, a Semob-DF elaborou uma programação especial de horários e itinerários que facilita o deslocamento dos passageiros até blocos e festas. Haverá reforço na frota e na quantidade de viagens, especialmente nos horários de dispersão dos blocos, após o encerramento dos eventos. Veja, abaixo, o cronograma.&nbsp;</p>
<p>→ Segunda (3) – Programação de dia útil com reforço ao longo do dia e no encerramento dos eventos (conforme demanda)</p>
<p>→ Terça (4) – Tabela horária de sábado com reforço de viagens ao longo do dia e no encerramento dos eventos (conforme demanda)</p>
<p>→ Quarta (5) – Programação de dia útil com reforço no período das 11h às 13h, em função do início de expediente às 14h nas repartições públicas locais e federais.</p>
<p>A Semob-DF lembra que os ônibus do Entorno não entram na programação da gratuidade, por serem controlados pelo governo federal.</p>
<h2><b>Programação do Metrô-DF</b></h2>
<p>Durante todo o período de Carnaval, o acesso ao Metrô-DF também será gratuito, com período de funcionamento estendido até terça-feira (4).</p>
<p>→ Segunda (3) – Das 5h30 à 1h do dia seguinte</p>
<p>→ Terça-feira (4) – Das 5h30 à 1h do dia seguinte.</p>
<p>Todas as estações estarão abertas para embarque e desembarque até as 23h30. Após esse horário, entre às 23h30 e a 1h, apenas a Estação Central funciona para embarque e desembarque; as demais, apenas para desembarque.</p>

Passageiros descendo de ônibus no Distrito Federal

Tag: carnaval