Priscilla Mazenotti - repórter da Rádio Nacional
Quarta-feira de instalação de comissões permanentes na Câmara. Isso um mês e meio depois do início do ano legislativo. O atraso se deve à falta de acordo e às disputas internas. Na prática, a instalação é a escolha do presidente do colegiado. Ela é feita com base na proporcionalidade e no resultado da última eleição. Quanto maior o bloco, maior é a preferência na escolha.
Uma das mais disputadas - considerada a mais importante - é a Comissão de Constituição e Justiça, que ficou com o União Brasil. Será presidida por Paulo Azi, deputado da Bahia. Com isso, o MDB deve assumir a Comissão Mista do Orçamento. É que há um acordo entre os dois partidos para se alternarem no comando das duas comissões. O União Brasil ficou também com as comissões - Educação e Integração e Desenvolvimento Regional.
O PL, que é o maior partido da Casa e é do ex-presidente Jair Bolsonaro, ficou com cinco comissões. Entre elas, a de Relações Exteriores - alvo de disputa nas últimas semanas. Eduardo Bolsonaro era o indicado, mas ao entrar de licença e ir para os Estados Unidos, a presidênca da comissão caberá ao deputado Zucco. Além disso, o partido ficou com as comissões de Saúde, Segurança Pública, Agricultura e Turismo.
A segunda maior bancada da Casa, o PT, ficou com três: Cultura; Direitos Humanos e de Finanças e Tributação. MDB e Republicanos ficaram com duas comissões cada. O restante dos partidos ficou com uma comissão cada um.
O presidente é eleito para um mandato de dois anos.

Camila França

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Poder

Câmara dos Deputados define partidos que assumirão comando das comissões permanentes

247 - O Partido Liberal (PL) iniciou, nesta segunda-feira (10), articulações com Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, para definir suas indicações nas comissões parlamentares da Casa. A informação foi divulgada pelo jornal <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2025/03/pl-se-reune-com-motta-para-discutir-eduardo-bolsonaro-na-comissao-de-relacoes-exteriores-e-ccj.ghtml">O Globo</a>.
Líder do maior partido da Casa, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) será o primeiro a se reunir com Motta, que está conduzindo a rodada de conversas entre as legendas para a definição dos comandos das comissões. O PL não abre mão da presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (Creden), esta última com a intenção de ser presidida pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Ainda de acordo com a reportagem, a movimentação do partido acontece em meio à ofensiva do PT, que solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes ainda aguarda um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de decidir sobre o pedido. Diante desse cenário, lideranças do PL consideram a indicação do parlamentar para a Creden uma forma de retaliação.
"Se Alexandre de Moraes tirar o passaporte dele, aí é que vamos colocá-lo mesmo no comando da Comissão de Relações Exteriores. Só de pirraça", teria dito um deputado à coluna de Lauro Jardim. 
Após a conversa com Cavalcante, Hugo Motta seguirá com as negociações com o PT, que terá a segunda escolha na distribuição das comissões, e posteriormente com os demais partidos. A decisão final sobre os comandos das comissões está prevista para ser tomada na próxima quinta-feira.

Brasília (DF) 04/02/2025  Presidente da Câmara dos Deputados deputado, Hugo Motta, durante entrevista a uma emissora de TV. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

PL articula com Hugo Motta indicação de Eduardo Bolsonaro para comissões-chave na Câmara

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