247 - A desigualdade socioeconômica na América Latina e no Caribe se agravou desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020, conforme revela um relatório da Oxfam divulgado nesta sexta-feira (5). Segundo o estudo, a riqueza dos mais ricos na região aumentou 70% até o final de 2023, enquanto a pobreza e a extrema pobreza cresceram, afetando 40,5% da população.&nbsp;
Os dados do relatório destacam que apenas 1% da população concentra 43,5% da riqueza total da região, enquanto a metade mais pobre possui apenas 0,79%. Além disso, 2,9 milhões de pessoas entraram em condições de pobreza e extrema pobreza desde 2020. A desigualdade é particularmente aguda entre as mulheres latinas e caribenhas, com 23,9% vivendo em situação de pobreza em janeiro de 2024. A riqueza dos 98 bilionários da região chega a US$ 480,8 bilhões, com 57 desses bilionários residindo no Brasil, acumulando US$ 196 bilhões.
Os pesquisadores da Oxfam identificaram dois fatores principais que agravam a desigualdade na região: os sistemas tributários ineficazes e a dependência econômica de matérias-primas como petróleo e gás. O estudo aponta que políticas fiscais progressivas e eficientes são essenciais para corrigir os desequilíbrios, promovendo a redistribuição da riqueza e reduzindo a desigualdade. Além disso, a dependência de matérias-primas, que não criou bases sólidas para o desenvolvimento sustentável, expõe a região à volatilidade dos preços internacionais, dificultando a redução da pobreza e da desigualdade a médio e longo prazo. (Com informações do<a href="https://sbtnews.sbt.com.br/noticia/economia/riqueza-esta-concentrada-nas-maos-de-98-pessoas-na-america-latina-diz-oxfam-veja-numeros-da-desigualdade"> SBT News</a>).&nbsp;

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América Latina

Renda dos mais ricos cresce 70% na América Latina enquanto pobreza aumenta, diz Oxfam

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um duro recado, nesta segunda-feira (1), aos ultra-ricos, afirmando que não deve prestar contas a essa classe social, e sim à população mais humilde.&nbsp;
"Não tenho que prestar contas a nenhum ricaço ou banqueiro nesse país. Tenho que prestar contas ao povo pobre desse país", disse ele durante a cerimônia de anúncios de investimentos do governo federal em Salvador (BA).
Lula também lamentou em seu discurso que, desde o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016, "esse país entrou num processo de retrocesso de conquistas sociais".&nbsp;
"Inventaram mentiras, me prenderam, disseram que agora acabou, mas não vão acabar comigo, porque eu não sou eu, eu sou vocês", afirmou o presidente, acrescentando: "O que deixa meus adversários nervosos são vocês".&nbsp;

Presidente Lula em cerimônia de anúncios de investimentos do governo federal para o estado da Bahia

Tag: desigualdade-social

Renda dos mais ricos cresce 70% na América Latina enquanto pobreza aumenta, diz Oxfam

"Não tenho que prestar contas a nenhum ricaço ou banqueiro", diz Lula