Renda dos mais ricos cresce 70% na América Latina enquanto pobreza aumenta, diz Oxfam
Riqueza dos 98 bilionários da região chega a US$ 480,8 bilhões, com 57 desses bilionários residindo no Brasil
247 - A desigualdade socioeconômica na América Latina e no Caribe se agravou desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020, conforme revela um relatório da Oxfam divulgado nesta sexta-feira (5). Segundo o estudo, a riqueza dos mais ricos na região aumentou 70% até o final de 2023, enquanto a pobreza e a extrema pobreza cresceram, afetando 40,5% da população.
Os dados do relatório destacam que apenas 1% da população concentra 43,5% da riqueza total da região, enquanto a metade mais pobre possui apenas 0,79%. Além disso, 2,9 milhões de pessoas entraram em condições de pobreza e extrema pobreza desde 2020. A desigualdade é particularmente aguda entre as mulheres latinas e caribenhas, com 23,9% vivendo em situação de pobreza em janeiro de 2024. A riqueza dos 98 bilionários da região chega a US$ 480,8 bilhões, com 57 desses bilionários residindo no Brasil, acumulando US$ 196 bilhões.
Os pesquisadores da Oxfam identificaram dois fatores principais que agravam a desigualdade na região: os sistemas tributários ineficazes e a dependência econômica de matérias-primas como petróleo e gás. O estudo aponta que políticas fiscais progressivas e eficientes são essenciais para corrigir os desequilíbrios, promovendo a redistribuição da riqueza e reduzindo a desigualdade. Além disso, a dependência de matérias-primas, que não criou bases sólidas para o desenvolvimento sustentável, expõe a região à volatilidade dos preços internacionais, dificultando a redução da pobreza e da desigualdade a médio e longo prazo. (Com informações do SBT News).
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