247 - O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) emitiu um alerta nesta quarta-feira (26) sobre o potencial de inundação no Lago Guaíba. Segundo a instituição, os níveis do lago podem ultrapassar a cota de inundação de 3,60 metros caso as previsões de chuvas intensas e ventos fortes se concretizem nos próximos dias, informa o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/sos-rio-grande-do-sul/noticia/2024/06/27/guaiba-pode-atingir-cota-de-inundacao-neste-fim-de-semana-diz-iph.ghtml">O Globo</a>.
O aviso surge em um momento crítico, com o Guaíba já mostrando sinais de elevação preocupante. Às 7h desta quinta-feira (27), a régua da Usina do Gasômetro registrou um nível de 3,34 metros, o que representa 19 centímetros acima da cota de alerta e apenas 26 centímetros abaixo do ponto de inundação. Este aumento pode ser exacerbado por oscilações causadas pelos ventos previstos para o final de semana.
As previsões meteorológicas indicam um período de tempo chuvoso contínuo pelos próximos 10 dias, com um acúmulo de precipitações que pode variar de 30 mm a 50 mm no norte do estado nas próximas 24 horas e alcançar até 100 mm em um horizonte de 10 dias.&nbsp;

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

360x640

320x320

thumbnail

viewImage

Alerta de inundação: nível do Guaíba ameaça ultrapassar cota de 3,60 metros

247 - A Defesa Civil de Guaíba, município na região metropolitana de Porto Alegre, divulgou um alerta na madrugada desta segunda-feira (24) pedindo para que pessoas que vivem nas margens do rio que batiza a cidade procurassem locais seguros ou abrigos. A decisão veio após o Guaíba subir 23 centímetros nas últimas 11 horas por conta das chuvas que voltaram a atingir o Rio Grande do Sul no último final de semana.
De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), a medição mais recente aponta que o nível do rio estava a 3,41 metros. Além da chuva, o vento nas direções sul e sudeste ajuda a represar as águas próximas aos municípios de Guaíba, Eldorado do Sul e Porto Alegre. Na capital, a cota de inundação é de 3,60 metros, mas alagamentos já causam transtornos em alguns pontos da cidade.&nbsp;
A situação também é de alerta na serra gaúcha, onde prefeituras já divulgaram alertas para que moradores evitassem deslocamentos em áreas próximas a encostas ou com declives, além de ficarem atentos a sinais de deslizamentos, como rachaduras nas paredes e vibrações.

Nível do Guaíba volta a subir e assusta moradores no Rio Grande do Sul

247 - Pela primeira vez em um mês, o nível do Guaíba recuou abaixo da cota de inundação na madrugada deste sábado (1), trazendo alívio aos moradores da capital gaúcha. De acordo com a régua instalada na Usina do Gasômetro, entre 4h15 e 4h30, o nível do rio caiu de 3,60 metros para 3,59 metros, e, às 6h15, estava em 3,57 metros, abaixo da cota de inundação de 3,60 metros, informa o <a href="https://www.metropoles.com/brasil/nivel-do-guaiba-fica-abaixo-da-cota-de-inundacao-pela-1a-vez-em-um-mes">Metrópoles</a>.
Este recuo marca um momento de esperança após um período de enchentes históricas que atingiram o Rio Grande do Sul. Em 5 de maio, o Guaíba atingiu sua marca mais alta em 2024, registrando 5,35 metros, superando em muito o recorde anterior de 1941, quando o nível chegou a 4,74 metros.
A diminuição do nível das águas tem permitido a drenagem das áreas alagadas, resultando na redução do número de pessoas em abrigos. No entanto, a devastação causada pelas chuvas ainda é significativa. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 473 municípios permanecem prejudicados. Ao todo, 580 mil pessoas foram desalojadas devido às enchentes. O número de mortes no estado é de 169, com 44 pessoas ainda desaparecidas.

Nível do Guaíba recua abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês

Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O nível das águas do Lago Guaíba chegou a 3,77 metros (m) às 15h desta quinta-feira (30), na estação de medição instalada emergencialmente na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, em 4 de maio. O nível atual ainda está 17 centímetros acima da nova cota de inundação do Guaíba, atualizada na terça-feira (28), em 3,6 m, pelo governo do Rio Grande do Sul. A nova referência de alerta passou a ser o nível de 3,15 m.
<h2>Limpeza pós-enchente</h2>
O recuo lento e gradual das águas na capital gaúcha, verificado nos últimos dias, permitiu que a prefeitura de Porto Alegre realizasse nesta quinta-feira a limpeza em 28 locais da cidade onde a água baixou. A prefeitura calcula que, desde 6 de maio, quando o serviço de limpeza começou nos pontos de resgate, até a noite de quarta-feira (29), foram retiradas mais de 17,7 mil toneladas de resíduos das ruas, como restos de móveis estragados. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos ainda aguarda o recuo da água em áreas inundadas para dar início ao serviço nessas outras localidades.
Cerca de 800 garis das seções Centro, Extremo-Sul, Norte, Sul e Leste estão atuando nos serviços de limpeza dos bairros mais afetados pela cheia do Guaíba, conforme as águas vão baixando em cada local. Os trabalhadores são auxiliados por mais de 250 equipamentos entre caminhões e retroescavadeiras.
<h2>Descartes</h2>
Moradores e empresas podem fazer o descarte de resíduos pós-enchente nos chamados pontos bota-espera, que são áreas próximas das regiões inundadas, onde o departamento de limpeza urbana recolhe os materiais desprezados. Depois, os resíduos serão direcionados para o aterro de Gravataí. Os dois terrenos no centro histórico de Porto Alegre ficam na Avenida Loureiro da Silva, ao lado da Receita Federal (nº 678); e ao lado do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), nº 104. O terceiro terreno fica na Avenida da Serraria, nº 2.517.

Nível do Guaíba continua acima da cota de inundação

247 - O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) reabriu nesta terça-feira (28), cinco comportas do sistema de proteção contra cheias de Porto Alegre. Os portões haviam sido fechados no dia 2 de maio, em resposta a uma enchente na cidade. Com o nível do Guaíba atualmente abaixo dos 4 metros, a decisão foi tomada para facilitar o escoamento de água da cidade.
As comportas reabertas são a número 1 (próxima ao Gasômetro), 4 (portão principal de acesso ao cais Mauá), 11 (avenida Voluntários da Pátria com São Pedro), 12 (acesso à subida para a avenida Castelo Branco, pela Voluntários da Pátria) e 14 (próxima ao DC Navegantes). As três últimas localizam-se na região da avenida Sertório, contribuindo significativamente para o escoamento da água urbana em direção ao Guaíba, destaca o jornal <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/05/prefeitura-reabre-cinco-comportas-do-cais-maua-em-porto-alegre.shtml">Folha de S. Paulo</a>.
Porto Alegre possui 14 comportas entre a ponte do Guaíba e a Usina do Gasômetro. Destas, sete estão permanentemente bloqueadas e as demais são operadas conforme a necessidade. O sistema de proteção contra cheias da cidade inclui ainda 23 estações de bombeamento de águas pluviais e diques, essenciais para controlar os níveis de água e prevenir inundações.

Prefeitura de Porto Alegre reabre comportas do Cais Mauá com redução do nível do Guaíba

247 - O nível do Guaíba atingiu na manhã desta terça-feira (28) valores próximos à cota de inundação, que é de 3 metros. Segundo o MetSul Meteorologia, a régua TideSat apontou que as águas estão a 3,06 m, enquanto a régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) marcou 3,7m. Com a melhora na situação, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) anunciou que será possível reabrir as comportas 1 e 4 do sistema anti-cheias da cidade para auxiliar o escoamento da água de volta para o leito.
As marcações de hoje apontam que as águas atingiram o menor nível desde o início do mês, quando a enchente começou em Porto Alegre. Segundo a SEMA, o maior nível foi registrado no dia 6, quando o Guaíba atingiu 5,33 metros. Já a régua TideSat apontou que o pico foi de 5,15 metros. Ambas as marcações apontam que a cheia supera a enchente histórica de 1941, quando as águas chegaram ao nível de 4,71 metros.
A queda no nível do Guaíba já tem efeitos em alguns bairros de Porto Alegre. No Centro, ruas com a Júlio de Castilhos, que estava completamente inundada, amanheceram secas. O cenário tende a melhorar nos próximos dias com a previsão de tempo seco ao longo do mês de junho.
<div class="embed-block"><div style="max-width: 550px;"><div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 100%;"><iframe src="//cdn.iframe.ly/api/iframe?app=1&url=https%3A%2F%2Fx.com%2Fmetsul%2Fstatus%2F1795433509064221023&key=87ca3314a9fa775b5c3a7726100694b0" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute; border: 0;" allowfullscreen></iframe></div></div></div>

Comportas serão reabertas após Guaíba atingir menor nível desde o início das cheias

247 - Medições da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) apontaram que o nível do lago Guaíba alcançou 4,27 metros nesta sexta-feira (24) em Porto Alegre (RS). A cota de inundação do rio é de 3m no centro e 2,1m nas ilhas. A partir dos 2m, dependendo da região no RS, a água avança para as cidades. Nesta quinta (23), o nível do rio aumentou 14 centímetros em cinco horas. Os sistemas de medição marcaram 3,82 metros às 1h15 da madrugada. Às 5h o rio chegou em seu pico das últimas 24h, marcando 3,96 metros.
A prefeitura da capital chegou a colocar sacos de areia para conter o avanço do lago no mesmo lugar onde foi derrubada uma comporta para o escoamento de água acumulada na rua.
De acordo com o governo estadual, existem cerca de 145,8 mil imóveis sem energia elétrica. Os números também apontaram que 1.063 escolas foram impactadas. Na rede estadual, 588 escolas não retornaram. Há 141 colégios que haviam retomado as atividades tiveram as aulas suspensas na região metropolitana, no Vale do Taquari e na região da fronteira até a próxima semana.
A Defesa Civil informou que os moradores de 469 das 497 cidades gaúchas tiveram problemas por causa das enchentes. Mais de 2,3 milhões de pessoas foram diretamente impactadas - 581,6 estão desalojadas (morando com familiares ou amigos) e 63,9 mil em abrigos. Mais de 160 pessoas morreram no estado desde o dia 29 de abril.

Guaíba volta a superar os 4 metros e preocupa os moradores de Porto Alegre

247 - O nível do lago Guaíba voltou à marca de 4 metros no Cais Mauá, em Porto Alegre (RS), pela primeira vez desde a madrugada do dia 3 de maio. De acordo com a prefeitura da capital gaúcha, a altura foi atingida às 17h10 desta terça-feira (21), mas a Agência Nacional de Águas (ANA) corrigiu o horário para 19h15. A altura do rio continua está 1 metro acima da cota de inundação, que é de 3 metros - a partir deste nível, a água avança para as cidades. A marca ficou em 4 metros por 45 minutos.
Segundo a prefeitura, a prioridade é a reconstrução da Capital e cuidar das mais de 12 mil pessoas que estão em abrigos provisórios e sem suas casas. Serão canceladas as parcelas de maio e junho para quem optou pelo parcelamento do IPTU 2024 e prorrogados, por dois meses, os vencimentos de maio, junho e julho do ISSQN. As medidas valem para contribuintes de áreas alagadas.
Em uma nova rodada do programa RecuperaPOA, será concedido desconto de até 95% para pagamento à vista de tributos municipais em atraso, com validade até 31 de julho.
O Executivo municipal afirmou que chega a R$ 240 milhões o valor destinado pela prefeitura para o enfrentamento aos danos da enchente. Para a limpeza, são R$ 80 milhões destinados, dos quais R$ 10 milhões já foram liberados para as medidas emergenciais. São 800 garis atuando exclusivamente na força-tarefa para limpar ruas e áreas públicas.&nbsp;
O DMLU contratou mais 18 carretas, 30 retroescavadeiras e 68 caminhões truk, atuando em frentes simultâneas de limpeza nos 20 bairros atingidos pela enchente. Até esta terça-feira, 21, foram recolhidas 2.405 toneladas de entulhos.
Estão em operação cinco (Moinhos de Vento, Belém Novo, Menino Deus, São João e Tristeza) Estações de Tratamento de Água, conforme explicou na coletiva Mauricio Loss, diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). A ETA Moinhos de Vento continua funcionando com capacidade reduzida (com informações divulgadas pela prefeitura).&nbsp;

Nível do lago Guaíba volta aos 4 metros pela primeira vez desde o dia 3

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-05/nivel-do-guaiba-cai-17-cm-em-porto-alegre-e-segue-baixando#">Agência Brasil -</a> O nível da água do Guaíba em Porto Alegre (RS) continua baixando e atingiu 4,38 metros às 11h da manhã deste domingo (19), segundo o medidor do Cais Mauá. O nível está 17 centímetros (cm) abaixo do registrado na noite de sábado (18), quando <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-05/nivel-das-aguas-do-guaiba-continuam-baixando" target="_blank">estava em 4,55 metros</a>.
“A retomada da curva de baixa ocorre depois de três dias de recuo entre a quarta-feira (15) e sexta-feira (17) e estabilidade no dia de ontem, quando as águas praticamente não baixaram ao longo do dia com pequenas oscilações para cima e para baixo”, informou a MetSul, empresa de monitoramento meteorológico.
Apesar do recuo, o nível do Guaíba segue 1,38 metro acima da cota de transbordamento do Centro Histórico, o que faz com que parte da capital gaúcha ainda permaneça alagada.
Está é a maior cheia do lago Guaíba já documentada em 150 anos de medições, com o pico registrado sendo meio metro superior à cheia de 1941 que, até então, tinha sido a maior do estado.
<h2>Defesa Civil</h2>
De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do estado, publicado às 12h de hoje, 155 pessoas morreram por causa das fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul. Outras 89 pessoas seguem desaparecidas.
O número de municípios afetados também aumentou de 461 para 463 (do total de 497) de ontem para hoje. Ao todo, as chuvas afetaram 2,321 milhões de pessoas, forçando 617 mil pessoas a abandonarem suas casas, sendo 540 mil desalojados e outras 76,9 mil pessoas morando em abrigos.

Nível do Guaíba cai 17 cm em Porto Alegre e segue baixando

Agência Brasil - Este sábado (18) começou sem chuva e com sol em Porto Alegre. A água das ruas já baixou em boa parte da zona sul da cidade. Foi a senha para quem foi atingido começar a limpeza das casas. No bairro Menino Deus, as calçadas ficaram cheias de móveis, colchões, eletrodomésticos, livros e todo o tipo de objeto que algum dia já teve valor, mas que agora vai para o lixo.
“Eu tinha vários livros em casa e eu esqueci de levantá-los quando saí daqui. Quando eu fui lembrar, já não tinha como entrar”, disse o geólogo Evandro Oliveira. O motorista Joel Vargas não escondeu sua frustração diante dos prejuízos. “Tudo é lixo. Tudo quebrado, tudo demolido. Não se aproveita nada”.
A aposentada Marlene de Souza também lamentou a perda de seus pertences. “Está tudo com gosto, cheiro de esgoto, tudo podre”.
Com a redução no nível da água, um novo exército entra em operação. São centenas de homens e mulheres com uma única missão: retirar das ruas toneladas de lixo e de lama.
Segundo o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), 3.500 pessoas estão envolvidas no trabalho de limpeza e recuperação da cidade. Do dia 6 de maio para cá, somente onde não estava alagado, já foram recolhidas 910 toneladas de entulhos. Esse número vai aumentar muito conforme as ruas forem secando. Nesta primeira etapa, estão sendo utilizados 300 veículos pesados, incluindo retroescavadeiras, pás carregadeiras e caminhões basculantes. Mas o trabalho principal, como varrição e raspagem das ruas, retirando manualmente a lama que se acumulou, é feito pelos garis.
“Temos 3.500 garis trabalhando em três turnos e um maquinário muito pesado sendo usado na remoção dos resíduos”, explicou o diretor-geral da DMLU.

Baixa do Guaíba revela destruição e prejuízo em Porto Alegre

247 - O nível do Guaíba, no Rio Grande do Sul, permanece abaixo dos 5 metros, segundo a medição feita pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), nesta sexta-feira (17). A medição, realizada às 7h15, mostra que o rio diminuiu para 4,72 metros, já menor do que o pico da cheia de 1941 (4,76 m).&nbsp;
De acordo com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Guaíba deve permanecer acima da cota de inundação, isto é, acima dos 3 metros, ao menos até o fim de maio.
Saiba mais - &nbsp;Com um aviso de "perigo potencial", &nbsp;uma nova frente fria deve aumentar as áreas de instabilidade sobre o Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (17) e as tempestades devem se intensificar principalmente no norte do estado, informa o ClimaTempo.
Os maiores acumulados são esperados para as cabeceiras de rios importantes da região que integram as bacias do Taquari, Alto Jacuí e Uruguai, informam os meteorologistas.&nbsp;
Segundo a especialista em meteorologia, Maria Clara Sassaki, <a href="https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2024/05/17/nova-frente-fria-intensifica-chuvas-no-rs-sudeste-volta-a-registrar-altas-temperaturas-com-nova-onda-de-calor.ghtml">ao G1,</a> o leste de Santa Catarina e do Paraná também devem registrar grandes volumes de chuva. No Rio Grande do Sul, os temporais devem ser mais isolados, se concentrando no norte.

Guaíba segue abaixo dos 5m, mesmo com continuidade das chuvas

Reuters - As ruas de Porto Alegre ainda devem continuar a sofrer com enchentes por semanas, disseram especialistas, agravando as dificuldades em um Rio Grande do Sul onde mais de meio milhão de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas inundadas por chuvas recordes no Estado.
As águas do lago Guaíba, que transbordou e inundou a capital gaúcha, subiram a 5,22 metros na terça-feira, bem acima do nível de enchente de 3 metros e perto do pico histórico de 5,33 metros alcançado na semana passada. O lago recebe as águas de diversos rios da região que foram sobrecarregados por temporais.
Especialistas e pesquisadores climáticos do Instituto de Pesquisas Hidráulica (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirmaram que as águas podem se estabilizar ou continuar a subir, dependendo da chuva. Mas eles concordam que o nível das águas levará cerca de um mês para baixar.
As enchentes devastaram dezenas de cidades do interior do Rio Grande do Sul e alagaram diversos pontos de Porto Alegre, onde a região central permanece debaixo de água. O número de mortos na tragédia subiu na terça-feira para 149, e 112 pessoas permanecem desaparecidas.
Uma previsão inicial do IPH dizia que as águas do Guaíba demorarão 35 dias para voltar aos níveis normais, com base na pior enchente anterior, em 1941, quando atingiram 4,76 metros. Rio acima, as águas podem recuar mais cedo nos cinco afluentes.
O Guaíba deve voltar lentamente a ficar abaixo dos níveis de enchentes dentro de semanas ou mesmo até meados de junho, afirmou o professor do IPH Rodrigo Paiva, mas ele acrescentou que isso dependerá de chover mais ou não.
Segundo Fernando Fan, hidrólogo e pesquisador do IPH, o Guaíba deve voltar a 4 metros entre 19 e 21 de maio. Ele acrescentou, no entanto, “que isso pode atrasar, se chover mais".
"Em 1941 nós não tivemos o rebote que temos agora”, disse ele à Reuters.
Novas chuvas nos últimos dias levaram a um novo aumento do nível das águas do Guaíba, aumentando o medo de que o lago ultrapassará recordes anteriores e levando as autoridades a alertarem os moradores a não retornarem para suas casas em áreas inundadas.
Às margens da estrada RS-448, a comunidade de pescadores da praia do Paquetá observa de perto cada movimento das águas que tomou conta do local e acabou com o sustento das famílias.
“Estamos esperando baixar. A gente estava contente que estava baixando, agora começou a subir de novo... vai levar dois meses pelo menos”, disse Cristiano André Pastoriza, de 45 anos.
A comunidade vive da pesca no rio Jacuí, um dos principais afluentes do Guaíba. No dia 1º de maio, depois de dois dias de chuvas intensas, uma barreira se rompeu e a água chegou de uma vez só na região.
“Só deu para sair com a roupa do corpo e os documentos”, contou Cristiano.
No que parece ser agora um enorme rio, só se vê os telhados das casas. A estrada que levava à comunidade termina na água.
Moacir Oliveira Lopes, de 58 anos, disse que nunca viu o rio assim durante toda sua vida passada na localidade.
“Vai demorar muito para voltar, dois, três meses. E o peixe volta quando a água voltar para o leito. Tem que escoar essa água ruim toda, aí vem a nova e aí os peixes voltam”, disse "Seu Cira", como é conhecido.
Os pescadores da comunidade também usaram seus barcos para resgatar moradores na cidade vizinha de Canoas, que ficou gravemente inundada.
“Quando falaram que invadiu Mathias (Velho, bairro de Canoas mais afetado pela enchente) saí por aqui por dentro correndo de barco. Quando cheguei lá me desesperei. Quando eu vi aquele povo em cima do telhado, criança pequena, eu chorei, me cortou o coração. A gente está pegando uns e outros pedindo socorro”, contou.

Tag: guaiba