Reuters - O Ministério das Relações Exteriores da Rússia foi alvo de um grave ataque cibernético na quarta-feira, coincidindo com a importante cúpula do Brics que está sendo realizada no país, disse a porta-voz Maria Zakharova.
Anteriormente, Zakharova afirmou que o ministério havia sido alvo de um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) em grande escala.
"Um ataque cibernético maciço do exterior começou esta manhã na infraestrutura do site oficial, do portal do Ministério das Relações Exteriores da Rússia", disse Zakharova.
Ela observou que o ministério se depara regularmente com ataques semelhantes, mas o ataque desta quarta foi "sem precedentes em escala".
A cúpula do Brics acontece em Kazan, na Rússia, de 22 a 24 de outubro.

Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa

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Mundo

Rússia relata ataque cibernético "sem precedentes" em meio à cúpula do Brics

247 – O Kremlin esclareceu que, apesar do conflito na Ucrânia não constar na agenda oficial da próxima cúpula do BRICS, os participantes têm total liberdade para discutir o tema. A informação foi confirmada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista ao jornal Izvestia, <a href="https://tass.com/politics/1858835">reportada pela agência Tass</a>. "Isso não está na agenda da cúpula, mas cada participante pode discutir o tema como achar adequado", afirmou Peskov, reiterando que o fórum está aberto ao diálogo sobre questões relevantes para seus membros.
A cúpula do BRICS, que ocorrerá em Kazan entre os dias 22 e 24 de outubro, marcará um momento importante para a presidência russa do grupo em 2024. Segundo o presidente Vladimir Putin, o principal foco de seu país no comando será promover uma maior cooperação em áreas estratégicas, como política, segurança, economia e cultura.
Cooperação ampliada e prioridades da presidência russa
Putin, que discursou recentemente sobre os objetivos da presidência russa, destacou que entre as prioridades estarão o incentivo à colaboração em tecnologia, ciência, saúde, proteção ambiental, esportes e intercâmbio juvenil. "O lema da presidência russa do BRICS será 'Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento e a Segurança Global Equitativos'," disse o presidente, enfatizando a importância de um desenvolvimento global mais justo e seguro.
Embora a guerra na Ucrânia seja um tema delicado nas relações internacionais, a abertura para que o assunto seja abordado, mesmo sem formalidade na agenda, demonstra o caráter flexível da cúpula em acolher discussões que os líderes considerem urgentes. Isso também reflete o papel que o BRICS busca desempenhar como um espaço de multilateralismo, onde diferentes vozes podem ser ouvidas.

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Cúpula de Kazan permitirá discussões sobre a Ucrânia, apesar de não estar na agenda, afirma Kremlin

Nesta terça-feira (11), o ministro russo Sergei Lavrov discursou na reunião de chanceleres do BRICS na cidade russa de Nizhny Novgorod. A correspondente da Sputnik Brasil no local relatou as principais declarações do chefe da diplomacia russa.
Sergei Lavrov ressaltou que o encontro de hoje reflete o desejo dos membros do BRICS de desenvolver as suas relações com países interessados do Sul e Leste Global, dos países da Maioria Global, "para debatermos os temas mais prementes com os quais todos os membros da comunidade internacional devem invariavelmente lidar".
"Somos testemunhas de transformações profundas nas relações internacionais, relacionadas ao estabelecimento de uma ordem global mais justa, policêntrica que reflita toda a diversidade cultural e civilizacional do mundo contemporâneo, que atente aos direitos de cada nação de definir seu destino e modelo de desenvolvimento de maneira autônoma."
A tendência principal, conforme o alto diplomata, é de fortalecimento da voz da Maioria Global, dos países que não fazem parte do Ocidente coletivo, na Ásia, África, no Oriente Médio, na América Latina e Caribe. "Unindo nossos esforços, podemos promover de forma efetiva um futuro considerado por todos nós como justo."
Nesse contexto, é importante fortalecer o papel das organizações internacionais que assegurem uma abordagem equilibrada e igualitária para o desenvolvimento internacional, afirmou o ministro. Entre elas, estão o BRICS, a Organização para Cooperação de Xangai, a União Africana, a União Econômica Eurasiática, a Comunidade dos Estados Independentes, a ASEAN, a Liga Árabe, a CELAC, Organização de Cooperação do Golfo, Associação dos Países da Orla do Oceano Índico, e muitas outras, cujos representantes estão presentes no evento em Nizhny Novgorod.
"Consideramos essa presença um fator muito importante, assim como a manutenção de contatos entre as organizações que operam no nível regional, por um lado, e no nível global, como o BRICS, por outro lado", destacou Lavrov, acrescentando que isso permitirá "a gradual harmonização das abordagens" em relação àqueles problemas que estão na agenda de todas essas organizações.
Em primeiro plano está a necessidade de fortalecer a base jurídica das relações internacionais e o processo coletivo de tomada de decisões sobre questões globais, porque somente dessa forma essas decisões serão eficientes e estarão dotadas de legitimidade, segundo o chanceler russo.
Ele aponta que este princípio está previsto na Carta da ONU, mas, infelizmente, muitas decisões tomadas pelo Ocidente coletivo, seja na esfera financeira, econômica, comercial, mas não só, frequentemente não se coadunam com os princípios básicos da Carta da ONU.
"Nossos países têm abordagens coincidentes sobre a necessidade de reformar o sistema multilateral, inclusive das Nações Unidas e o seu Conselho de Segurança, assim como a recuperação econômica global pós-pandemia e atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável, aprovados pela Assembleia Geral da ONU", concluiu.

Lavrov: BRICS quer desenvolver laços com países da Maioria Global, reunião na Rússia é prova disso

Sputnik - Se os países ocidentais quiserem resolver a crise ucraniana no campo de batalha, a Rússia está pronta para isso, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, nesta segunda-feira (13).
"Este é o direito deles [dos países ocidentais], se quiserem [resolver o conflito] no campo de batalha, será no campo de batalha", disse Lavrov durante consultas na câmara alta do parlamento.
Moscou disse repetidamente que está pronta para negociações a fim de resolver a crise ucraniana, mas tendo em conta a realidade atual, acrescentou Lavrov.
Falando sobre a conferência sobre a Ucrânia na Suíça, planejada para junho, sem a Rússia ter sido convidada, Lavrov comparou a situação a "dar uma reprimenda a um estudante".
"A conferência [...] se resume a formular um ultimato à Rússia mais uma vez", acrescentou.
A Suíça vai sediar a conferência de alto nível sobre a crise ucraniana em um resort alpino no cantão de Nidwalden, nos arredores de Lucerna, de 15 a 16 de junho. A Suíça disse ter convidado mais de 160 delegações de todo o mundo para participar do evento. A Rússia não foi incluída na lista de convidados.
Em abril, o embaixador russo em Berna, Sergei Garmonin, disse à Sputnik que a Rússia não participaria da conferência de paz da Ucrânia na Suíça em qualquer formato.

Chanceler russo, Sergey Lavrov, participa de reunião do G20 no Rio de Janeiro 21/02/2024

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