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    Lavrov: BRICS quer desenvolver laços com países da Maioria Global, reunião na Rússia é prova disso

    "Nossos países têm abordagens coincidentes sobre a necessidade de reformar o sistema multilateral, inclusive das Nações Unidas e o seu Conselho de Segurança", disse o chanceler

    Sergey Lavrov (Foto: TASS/Chancelaria russa)

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    Nesta terça-feira (11), o ministro russo Sergei Lavrov discursou na reunião de chanceleres do BRICS na cidade russa de Nizhny Novgorod. A correspondente da Sputnik Brasil no local relatou as principais declarações do chefe da diplomacia russa.

    Sergei Lavrov ressaltou que o encontro de hoje reflete o desejo dos membros do BRICS de desenvolver as suas relações com países interessados do Sul e Leste Global, dos países da Maioria Global, "para debatermos os temas mais prementes com os quais todos os membros da comunidade internacional devem invariavelmente lidar".

    "Somos testemunhas de transformações profundas nas relações internacionais, relacionadas ao estabelecimento de uma ordem global mais justa, policêntrica que reflita toda a diversidade cultural e civilizacional do mundo contemporâneo, que atente aos direitos de cada nação de definir seu destino e modelo de desenvolvimento de maneira autônoma."

    A tendência principal, conforme o alto diplomata, é de fortalecimento da voz da Maioria Global, dos países que não fazem parte do Ocidente coletivo, na Ásia, África, no Oriente Médio, na América Latina e Caribe. "Unindo nossos esforços, podemos promover de forma efetiva um futuro considerado por todos nós como justo."

    Nesse contexto, é importante fortalecer o papel das organizações internacionais que assegurem uma abordagem equilibrada e igualitária para o desenvolvimento internacional, afirmou o ministro. Entre elas, estão o BRICS, a Organização para Cooperação de Xangai, a União Africana, a União Econômica Eurasiática, a Comunidade dos Estados Independentes, a ASEAN, a Liga Árabe, a CELAC, Organização de Cooperação do Golfo, Associação dos Países da Orla do Oceano Índico, e muitas outras, cujos representantes estão presentes no evento em Nizhny Novgorod.

    "Consideramos essa presença um fator muito importante, assim como a manutenção de contatos entre as organizações que operam no nível regional, por um lado, e no nível global, como o BRICS, por outro lado", destacou Lavrov, acrescentando que isso permitirá "a gradual harmonização das abordagens" em relação àqueles problemas que estão na agenda de todas essas organizações.

    Em primeiro plano está a necessidade de fortalecer a base jurídica das relações internacionais e o processo coletivo de tomada de decisões sobre questões globais, porque somente dessa forma essas decisões serão eficientes e estarão dotadas de legitimidade, segundo o chanceler russo.

    Ele aponta que este princípio está previsto na Carta da ONU, mas, infelizmente, muitas decisões tomadas pelo Ocidente coletivo, seja na esfera financeira, econômica, comercial, mas não só, frequentemente não se coadunam com os princípios básicos da Carta da ONU.

    "Nossos países têm abordagens coincidentes sobre a necessidade de reformar o sistema multilateral, inclusive das Nações Unidas e o seu Conselho de Segurança, assim como a recuperação econômica global pós-pandemia e atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável, aprovados pela Assembleia Geral da ONU", concluiu.

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