Por Lucas Pordeus León &nbsp;- Repórter da Agência Brasil - Brasília
O fogo que consumiu 2,4 mil hectares do Parque Nacional de Brasília e deixou parte da capital tomada pela fumaça desde o domingo (15) não está mais com chamas visíveis. O incêndio se tornou subterrâneo e consome o material combustível acumulado embaixo da terra em dois focos ainda ativos nesta terça-feira (17). Agora, o risco é que, com o período mais quente do dia, as <a href="http://xn--incndio%20no%20parque%20de%20braslia%20entra%20no%203o%20dia;%20fumaa%20se%20espalha-dhh6qql/" target="_blank">chamas voltem a se alastrar</a>.&nbsp;
Os bombeiros e brigadistas passaram a madrugada combatendo o fogo no Parque de Brasília. Com isso, a situação é bem menos crítica que a de ontem, segundo explicou o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires.
“Felizmente a gente está agora com a situação mais controlada. O fogo está extinto? Não, não está extinto. Nós agora temos um momento que é de fazer esse monitoramento, fazer o combate ainda nas áreas remanescentes. A gente vai continuar esse trabalho, mas eu diria que aquele momento mais crítico felizmente ficou para trás”, destacou.
De acordo com o ICMBio, o fogo só é controlado quando não há mais chance de ele voltar a se expandir, o que ainda não é a situação do Parque Nacional de Brasília.
O combate a esse <a href="http://xn--fogo%20avana%20e%20queima%20700%20hectares%20do%20parque%20nacional%20de%20braslia-u8g68c/" target="_blank">incêndio</a>, que era feito por 93 combatentes ontem, passou para mais de 500 nesta terça-feira (17), entre bombeiros e brigadistas, que estão monitorando a situação. Três aviões e um helicóptero também estão mobilizados no Parque de Brasília.&nbsp;
O comandante do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, coronel Pedro Anibal, disse que outros mil agentes estão de prontidão caso necessário. Ele explicou que a dificuldade do incêndio subterrâneo é que você não vê as chamas, mas apenas a fumaça.
“Você não sabe exatamente onde está queimando. Então, a técnica empregada é contornar os pontos de fumaça com aceiros [faixas onde a vegetação é retirada para evitar a propagação do fogo] e jogando bastante água no local. Nós estamos com motobombas sendo instaladas para utilizar a água do próprio córrego Bananal para fazer esses resfriamentos”, afirmou.
Com 147 dias sem chuvas este ano no Distrito Federal, o tempo quente e seco dificulta o trabalho das equipes e facilita a propagação das chamas.
<h2>Impacto gigantesco</h2>
A chefe do Parque Nacional de Brasília, Larissa Diehl, destacou que ainda não é possível fazer um balanço dos prejuízos para a fauna porque todos estão preocupados em monitorar os focos ainda ativos. Mas lamentou a queima das matas de galerias, que protegem os cursos d’água que abastecem as cidades e demoram para se recuperar. &nbsp;
“O impacto é gigantesco. A mata de galeria não tem condições de se recuperar na mesma velocidade que o Cerrado stricto sensu. Então, a mata de galeria é bastante importante água que abastece o DF. A barragem de Santa Maria abastece cerca de 45% da água do DF e pode ter impactos na quantidade e na qualidade de água para a população”, ressaltou.

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Brasília

Parque de Brasília: fogo vira subterrâneo mas pode voltar à superfície

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília
A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para investigar o incêndio que, desde domingo (15), atinge o Parque Nacional de Brasília, próximo à Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República.
Conhecido como Água Mineral, o parque nacional é uma unidade de conservação vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente.
O ICMBio confirmou à Agência Brasil que o incêndio começou em região próxima à residência oficial Granja do Torto e que, desde ontem, mantém brigadistas no local, em apoio ao Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino determinou, nesse domingo, a disponibilização de um orçamento de emergência climática para enfrentar os incêndios florestais que atingem diversas partes do país.
Na decisão, Dino determinou também o uso do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol) para mobilizar recursos e permitir que o órgão trate como prioridade os inquéritos sobre queimadas e incêndios.
Por conta do incêndio, Brasília amanheceu encoberta de fumaça nesta segunda-feira.

Brasil

PF abre inquérito para investigar incêndio em área próxima à residência oficial de Lula

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, sobrevoaram neste domingo (15) o Parque Nacional de Brasília, que enfrenta um incêndio de grandes proporções. A ação do governo federal, em conjunto com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, foi destacada pelo presidente em uma publicação na rede social BlueSky.
“Juntamente com a Janja, sobrevoei o Parque Nacional afetado por um incêndio de grandes proporções, como tantos que têm ocorrido por todo o país. O governo federal está atuando junto com o Corpo de Bombeiros do DF para ajudar no combate às chamas”, escreveu Lula.
"A PF tem hoje 52 inquéritos abertos contra os responsáveis por esses crimes. O Ministério da Saúde tem dado orientações para nos protegermos da fumaça, e amanhã irei me reunir com a ministra Marina Silva, e o núcleo de governo para discutirmos mais ações para lidarmos com essa emergência climática", complementou o presidente.
<div class="embed-block"><blockquote class="bluesky-embed" data-bluesky-uri="at://did:plc:a5o5pa6imrd52s627zq63zgz/app.bsky.feed.post/3l4a2vp4x2x2d" data-bluesky-cid="bafyreiel6ljmfrucowobr64pyll5gdn6sjmmmuczndgcwby2ol5ggdb4ve">Neste domingo, juntamente com a Janja, sobrevoei o Parque Nacional afetado por um incêndio de grandes proporções, como tantos que têm ocorrido por todo o país. O governo federal está atuando junto com o Corpo de Bombeiros do DF para ajudar no combate às chamas. 🎥 Ricardo Stuckert <a href="https://bsky.app/profile/did:plc:a5o5pa6imrd52s627zq63zgz/post/3l4a2vp4x2x2d?ref_src=embed">[image or embed]</a>&mdash; Lula (<a href="https://bsky.app/profile/did:plc:a5o5pa6imrd52s627zq63zgz?ref_src=embed">@lula.com.br</a>) <a href="https://bsky.app/profile/did:plc:a5o5pa6imrd52s627zq63zgz/post/3l4a2vp4x2x2d?ref_src=embed">September 16, 2024 at 6:45 AM</a></blockquote><script async src="https://embed.bsky.app/static/embed.js" charset="utf-8"></script></div>
O incêndio, que teve início no fim da manhã, foi reportado ao Corpo de Bombeiros às 11h24. Sete caminhões de combate ao fogo e uma aeronave de asa fixa estão sendo utilizadas na tentativa de controlar as chamas, que começaram nas proximidades da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), entre a Granja do Torto e a região da Água Mineral. Vídeos circulando nas redes sociais mostram a rápida propagação das chamas, alimentadas pelo clima seco e os fortes ventos.
Ainda não há uma estimativa oficial da área afetada, mas as autoridades confirmam que o incêndio é de grande porte. A situação é crítica em um ano que tem registrado uma série de eventos similares em unidades de conservação da região. Na semana anterior, a Floresta Nacional de Brasília (Flona) também sofreu um grande incêndio, que consumiu quase 50% de sua área em cinco dias. Este foi considerado o pior incêndio na área em uma década, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O último grande incêndio no parque ocorreu em 2022, quando as chamas devastaram 7,7 mil hectares, cerca de 20% de sua área total. Na ocasião, o fogo chegou próximo ao reservatório de Santa Maria, o segundo maior do Distrito Federal, que abastece o Plano Piloto e outras áreas centrais de Brasília.
[Com informações da Agência Brasil]

Guilherme Paladino

Lula sobrevoa Parque Nacional de Brasília

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Lula sobrevoa Parque Nacional de Brasília, atingido por incêndio de grandes proporções

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