247 - O Banco do Nordeste (BNB) deverá fechar o ano de 2024 com um lucro de cerca de 2,1 bilhões. O volume, segundo o presidente do banco de fomento, Paulo Câmara,é 5% maior que o registrado no exercício de 2023. Ainda segundo ele, a instituição deverá fechar o ano com um teto de invetsimentos de cerca de R$ 63 bilhões, ante R$ 57 bilhões registrado no ano passado.
“Para 2025, estimamos que o teto de investimentos deverá chegar a cerca de R$ 70 bilhões”, afirmou Câmara durante evento com jornalistas nesta sexta-feira (20), no Recife. Ainda segundo ele, o volume previsto está atrelado ao aumento dos repasses por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que deve ser 18% maior que o registrado em 2024. “Isso deverá resultar em um crescimento total do banco de até 25%”, ressaltou.
Em 2024, o orçamento do FNE foi de cerca de R$ 40 bilhões, sedo que o chamado “dinheiro novo” é algo em torno de 30% deste valor (cerca de R$ 12 bilhões). O restante do valor é composto pelo retorno dos desembolsos e contratações. Câmara destacou, ainda, que parte da expectativa de crescimento está atrelada ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que deverá direcionar 42% dos recursos para a Região Nordeste. 
Em uma entrevista anterior feita ao 247, Câmara havia destacado que a meta é “ter mais recursos externos para juntar ao FNE, com juros mais compatíveis com a taxa que a gente atua”. Nesta linha, está inserida a captação de recursos externos junto a instituições internacionais como Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e o New Development Bank (NDB - o “Banco dos BRICS), que tem forte atuação no setor de infraestrutura, especialmente no segmento de energias renováveis. A expectativa, segundo Câmara, é que os valores destinados à infraestrutura em 2025 fiquem entre R$ 10 e R$ 15 bilhões.

Paulo Emilio

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Nordeste

BNB estima lucro de R$ 2,1 bilhões em 2024 e prevê aumento de investimentos para 2025

247 - A economia da região Nordeste se destacou como a de maior crescimento no país ao longo do primeiro trimestre de 2024, conforme o índice de atividade econômica IBCR-NE do Banco Central do Brasil (Bacen). O índice avançou 3,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, superando a média nacional de 1% de crescimento. Este resultado não era observado desde março de 2015.
A análise do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), uma área de pesquisa do Banco do Nordeste, revelou que o desempenho da economia nordestina foi impulsionado principalmente pelos setores de Comércio e Serviços. O aumento de 47% no volume de recursos aplicados pela instituição em ambos os setores econômicos confirma este cenário, passando de R$ 1,9 bilhão no 1° trimestre de 2023 para R$ 2,8 bilhões no mesmo período de 2024
“Considero que a atuação recente do Banco do Nordeste, com recorde de contratações, colaborou com a evolução da atividade econômica na região. O Nordeste tem perspectiva de manter essa tendência de crescimento pelos próximos dez anos, e o BNB permanece apto para impulsionar o desenvolvimento regional com crédito oportuno e de qualidade para todos os setores da economia”, disse o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara.
O economista Allisson Martins, gerente executivo de estudos e pesquisas macroeconômicas do Etene, acrescentou que outros fatores contribuíram para o crescimento econômico do Nordeste. A melhora na oferta de empregos, o aumento do rendimento médio real e o processo de desinflação também influenciaram o desempenho positivo.
Dentro do Nordeste, o Ceará foi o estado com maior crescimento no índice de atividade econômica, registrando um aumento de 4,4% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Segundo o Etene, este crescimento foi puxado principalmente pelo avanço de 9,1% no volume de vendas do comércio varejista. A Bahia e Pernambuco também apresentaram desempenhos positivos, com crescimentos de 3,1% e 2,5%, respectivamente, de acordo com o índice de atividade econômica do Bacen.
As regiões Norte e Sudeste seguiram o Nordeste no ranking de crescimento, ambas com um índice de 3,1%, enquanto a região Sul teve uma elevação de 1,4%. O Centro-Oeste, por sua vez, não apresentou aumento na atividade econômica durante o período analisado.

Economia

Região Nordeste registra maior índice de atividade econômica do Brasil no primeiro trimestre

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