247 - O vice-prefeito de São Paulo, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), atacou o padre Júlio Lancellotti nas redes sociais e o culpou pela formação de uma nova Cracolândia no bairro do Belenzinho, na zona leste da capital. O pároco, que coordena a Pastoral do Povo da Rua, rebateu as acusações e afirmou temer por sua segurança.“Ele está me colocando em risco”, disse o religioso à coluna da jornalista <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2025/03/vice-de-nunes-culpa-padre-julio-por-cracolandia-e-paroco-teme-ser-alvo-de-violencia.shtml">Mônica Bergamo</a>, da Folha de S. Paulo.&nbsp;
Ex-comandante da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Mello Araújo publicou um vídeo defendendo as ações da gestão municipal no combate ao tráfico de drogas. Na gravação, feita na rua dos Gusmões, no centro da cidade, onde há intensa circulação de usuários de drogas, ele mostra imóveis que serão demolidos.
Nos comentários da publicação, uma internauta questionou: “venha para a nova Cracolândia que fica no Belenzinho”. Em resposta, o vice-prefeito atacou diretamente o religioso: “culpa do Lancelot [sic], está fazendo um desserviço”, escreveu.
Em entrevista à coluna, o padre Júlio Lancellotti criticou a postura do vice-prefeito e demonstrou preocupação com possíveis desdobramentos da acusação. “Ele está me colocando em risco. Ao dizer que a responsabilidade é minha, ele autoriza grupos radicais a atacarem a minha casa. Coloca em risco a Pastoral [do Povo da Rua]”, alertou o pároco.&nbsp;
O religioso também destacou o peso institucional do ataque. “Ele é um coronel, ex-comandante da Rota, e uma autoridade constituída. Tudo o que ele fala tem peso”, ressaltou. Segundo a reportagem, a prefeitura de São Paulo não se pronunciou sobre o caso.
Padre Júlio Lancellotti tem sido alvo frequente de ataques de políticos bolsonaristas e de extrema direita por causa de seu trabalho social com a população em situação de rua. Além da acusação de Mello Araújo, ele já foi responsabilizado pela suposta falta de segurança na Mooca, também na zona leste, devido à presença de pessoas vulneráveis atendidas pela Pastoral.
Em 2023, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) tentou criar uma CPI na Câmara Municipal para investigar ONGs que atuam na Cracolândia e que prestam assistência a dependentes químicos. O parlamentar mirava diretamente a atuação do padre.
Na ocasião, a Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para apurar possível abuso de autoridade por parte do vereador contra o religioso.&nbsp;

Paulo Emilio

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Vice-prefeito de São Paulo ataca padre Júlio Lancellotti e o responsabiliza por nova Cracolândia

247 - O coach Pablo Marçal, pré-candidato à prefeitura de São Paulo, desafiou o coronel bolsonarista Ricardo Mello Araújo a abandonar a indicação para ser vice-prefeito na chapa de Ricardo Nunes e juntar-se à sua pré-campanha. Ele expressou confiança de que Nunes chegará em terceiro lugar nas eleições e convidou o coronel a ser secretário de Segurança em uma eventual administração.&nbsp;
"Parabéns ao Nunes por indicar o Mello como Vice. Conheço o que ele fez na CEAGESP e ele é um bom homem. Como eu sei que Nunes chegará em terceiro lugar nessa eleição, então já divulgo, com a bênção de Deus e a confiança do paulistano no projeto de futuro para São Paulo, que eu farei o convite formal ao Mello pra ser o nosso futuro secretário de Segurança Pública. Nesta função ele terá um papel ainda mais relevante, porque o vice não desenvolve nenhuma atividade em um governo e duvido muito que ele tivesse qualquer espaço se o Nunes fosse eleito", escreveu o coach em sua conta no X.&nbsp;
Mello Araújo foi indicado por Jair Bolsonaro como pré-candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Nunes. Bolsonarista raiz, ele defendeu uma intervenção militar durante as eleições de 2022.&nbsp;

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Pablo Marçal desafia coronel Mello Araújo a deixar chapa de Nunes e juntar-se à sua pré-campanha

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Vice-prefeito de São Paulo ataca padre Júlio Lancellotti e o responsabiliza por nova Cracolândia

Pablo Marçal desafia coronel Mello Araújo a deixar chapa de Nunes e juntar-se à sua pré-campanha