Agronegócio em alta: safra de 2025 pode crescer 11,1% e atingir 325,3 milhões de toneladas

247 - O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar um recorde de 325,3 milhões de toneladas em 2025.

O resultado representa um aumento de 11,1%, ou 32,6 milhões de toneladas, em relação à safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas) e um crescimento de 0,8% (1,7 milhão de toneladas) em relação ao prognóstico de dezembro de 2024.

A área a ser colhida deve chegar a 80,9 milhões de hectares, registrando uma alta de 2,4% em comparação à área colhida em 2024 (1,8 milhão de hectares a mais). Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida aumentou em 472.102 hectares (0,6%).

Produção de Algodão, Soja e Milho

Algodão e soja devem bater recordes de produção. A estimativa para o algodão é de 9,0 milhões de toneladas, representando um acréscimo de 1,6% tanto em relação ao terceiro prognóstico para 2025 (realizado em dezembro de 2024) quanto em relação à safra de 2024.

A produção de soja teve uma redução de 0,4% em relação ao último prognóstico, mas registrou um aumento de 14,9% em comparação à safra do ano passado, alcançando 166,5 milhões de toneladas.

A produção de milho foi estimada em 124,1 milhões de toneladas, apresentando crescimentos de 3,0% em relação ao terceiro prognóstico (dezembro de 2024) e de 8,2% em comparação ao volume produzido em 2024.

O gerente da pesquisa, Carlos Barradas, explicou esse cenário. “O clima está beneficiando as lavouras, embora as chuvas tenham demorado a chegar. Desde os meses de outubro e novembro, tem chovido bem, com exceção da Região Sul, que já apresenta algumas secas”, afirmou.

Ele ressaltou ainda que as perdas no Rio Grande do Sul ainda não foram contabilizadas neste levantamento, pois as equipes estão em campo atualizando as estimativas.

Produção por Região e Estado

As cinco regiões do Brasil aumentaram suas estimativas de produção:

• Centro-Oeste: 48,9%
• Sul: 27,8%
• Sudeste: 8,8%
• Nordeste: 8,7%
• Norte: 5,8%

Na variação mensal, houve crescimento na Região Norte (3,4%) e estabilidade no Sudeste (0,0%), enquanto as demais regiões apresentaram declínios: Nordeste (-1,6%), Sul (-2,6%) e Centro-Oeste (-0,6%).

O Mato Grosso segue como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 29,7% do total, seguido por:

• Paraná: 13,4%
• Rio Grande do Sul: 12,4%
• Goiás: 11,1%
• Mato Grosso do Sul: 7,8%
• Minas Gerais: 5,4%

Juntos, esses estados representaram 79,8% da produção nacional.

As principais variações absolutas positivas nas estimativas de produção, em relação ao mês anterior, ocorreram nos seguintes estados:

• Mato Grosso: +3.000.592 toneladas
• Goiás: +1.138.400 toneladas
• Distrito Federal: +25.062 toneladas
• Piauí: +12.764 toneladas
• Pará: +7.503 toneladas
• Tocantins: +3.802 toneladas
• Rondônia: +2.719 toneladas
• Maranhão: +1.137 toneladas
• Ceará: +660 toneladas

A variação negativa foi registrada no Paraná (-1.469.300 toneladas).