Brasil terá acordo com China para exportar miúdos de suínos e bovinos, além de frutas
Anúncio foi realizado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro
(Reuters) - Brasil e China formalizarão na quarta-feira acordos para incrementar as exportações brasileiras de produtos como miúdos de bovinos e suínos, além de frutas, disse o ministro da Agricultura brasileiro, Carlos Fávaro, a jornalistas nesta segunda-feira.
Ele revelou que anúncios com a China serão feitos após reunião com presidente chinês, Xi Jinping, em Brasília.
O ministro destacou que a China já é um dos principais mercados para carnes do Brasil, notadamente de cortes bovinos. Mas agora o Brasil deve ganhar acesso ao segmento de miúdos.
"Os protocolos que já estão prontos (para serem anunciados) são miúdos de bovinos e suínos. O Brasil ainda não exporta miúdos para China, mas os protocolos sanitários já estão prontos", disse ele a jornalistas.
Ele acrescentou que o governo brasileiro tem uma "nova lista" de habilitações de frigoríficos para exportar à China, mas isso pode ficar para depois.
"Já batemos todos os recordes de plantas frigoríficas. A nova lista vai ser anunciada, mas talvez não seja já na quarta-feira."
Em frutas, Fávaro vê alto potencial de venda de produtos de valor agregado.
"O acordo de frutas com a China vai sair e paga a conta, viu! É muito bom. Vendemos algumas frutas aos chineses e agora vamos vender mais", afirmou ele, acrescentando que um quilo de uva no mercado chinês vale muito mais do que no Brasil.
UNIÃO EUROPEIA
Em meio às reuniões do G20, no Rio de Janeiro, Fávaro afirmou que está confiante de que um acordo entre o Mercosul e a União Europeia será alcançado em breve.
"Na bilateral ontem do presidente Lula com a Ursula von der Leyen (presidente da Comissão Europeia), falamos de União Europeia e Mercosul... os avanços são bastante animadores para que se chegue a bom termo, e a expectativa continua grande para assinaturas desse acordo, que será muito bom para Brasil, Mercosul e comunidade europeia", afirmou.
"Nunca estivemos tão perto da formalização desse protocolo."
Ele lembrou da oposição da França, contudo. "Os franceses estão defendendo os interesses dos produtores locais, que certamente veem nos produtores brasileiros maior eficiência e competitividade.
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