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Amorim reforça cobrança por atas das eleições e sugere acordo se impasse continuar

Segundo Amorim, o Brasil tem insistido na publicação desses documentos, mesmo sem saber se “isso agrada ou não o presidente Nicolás Maduro”

Lula e Celso Amorim (Foto: Fabio Pozzebom / Agência Brasil)

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247 – Ao ser questionado nesta quinta-feira (15) pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, o assessor-chefe para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não reconhecerá o governo do venezuelano Nicolás Maduro, caso as atas das eleições presidenciais da Venezuela não sejam divulgadas.

“Não creio que, se não houver algum acordo que não possibilite avançar, nós não vamos reconhecer um governo se essas atas não aparecerem”, disse ele.

Segundo Amorim, o Brasil tem insistido na publicação desses documentos, mesmo sem saber se “isso agrada ou não o presidente Nicolás Maduro”. Durante a audiência, ele também afirmou que o governo brasileiro não irá definir uma data limite para que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgue as atas, necessárias para validar os resultados da eleição.

“Colocar uma data fixa, um ultimato, eu acho que isso não é produtivo. A minha experiência, para o que ela possa valer, indica que isso não traz bons resultados, mas seguiremos atentos”, disse.

Ele ainda destacou que a solução para a crise na Venezuela deve ser construída pelos próprios venezuelanos, dizendo que o papel do Brasil é apenas "ajudar no diálogo" para apaziguar a situação.

Novas eleições 

Em outra ocasião, conforme foi relatado pelo jornal O Globo, o assessor chegou a sugerir ao presidente Lula a possibilidade de realizar uma nova eleição na Venezuela como uma maneira de contribuir para a resolução da crise no país. Ao Valor Econômico, por sua vez, Amorim enfatizou que essa ideia era ainda "embrionária" e que não havia sido discutida com a Colômbia e o México, que também tentam construir um diálogo com Maduro.

Ao Senado, nesta quinta-feira, o assessor afirmou que o Brasil nunca apresentou essa “proposta de novas eleições" para a Venezuela.

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